Gartner, Forbes, The Wall Street Journal, MIT e CNBC estão entre os canais de comunicação que divulgaram essa frase. Sim, o mundo está entrando em uma nova era em que todas as indústrias são também empresas de tecnologia e aquelas que não possuem essa mentalidade, como ficarão? Independentemente do porte da empresa, setor, número de funcionários e mercado, todas as organizações são empresas de tecnologia, e tecnologia não é mais um mercado. Essa é a maior lição recente, segundo Tiago Mattos, co-fundador da Aerolito, expert em futuros e palestrante do Conec 2023.
De acordo com o especialista, o que vem ocorrendo é uma transversalização da tecnologia. Ela foi para o lado e vem influenciando todos os mercados. Esse é o caso da Tempo Home Gym. A empresa criou um sensor 3D que acompanha o corpo do cliente para observar o treinamento feito por ele, se está adequado ou não para a eficácia do treino. Dessa maneira, Mattos questiona se a empresa é uma academia ou uma empresa de tecnologia? E a resposta é: as duas coisas. Sem a academia a empresa não é nada, mas sem a tecnologia também não.
Da mesma forma que os outros cases citados por Tiago Mattos como a MTailor e a HealBe Gobe. A primeira escaneia o corpo do cliente pelo celular dele para obter as medidas de vestimenta customizadas para aquele corpo, excluindo a necessidade de padronizar os tamanhos P, M, G, GG, entre outros. Isso quer dizer que o cliente escolhe o que precisa e recebe em casa as roupas adequadas ao seu biotipo. Já a segunda empresa desenvolveu um smartwatch que consegue armazenar a quantidade de calorias ingeridas e o tipo de alimento. A solução vem ao encontro de uma revolução na saúde da população, que poderá acompanhar os níveis de vitaminas e deficiências do corpo.
Legado da tecnologia x propósito
Definitivamente, a maioria das pessoas só vê o que é e não o que pode ser, segundo Tiago Mattos. “Tudo isso pode transformar o cálculo de seguro de vida, por exemplo. Uma indústria como essas citadas acima estão diretamente ligadas ao mercado de seguro”, afirma o futurista.
Entretanto, é importante lembrar o que o seguro faz pela sociedade: ele traz paz. “Nada nada traz algo mais benéfico. Da mesma forma que quando a pessoa tem uma experiência como as citadas acima, entre outras tantas em que a tecnologia muda o valor do que é oferecido e as percepções de um produto, o consumidor muda o padrão e nunca mais quer diferente. Isso movimenta a economia da expectativa, gera novas experiências de compra e a hiper personalização, em que o cliente não aceita mais os produtos de prateleira”, ressalta o especialista.
Dessa maneira, Tiago Mattos acrescenta que para mudar uma empresa, o melhor jeito é aplicar inovação. “Fazer inovação nas empresas é ter um ambiente vivo com colaboradores engajados e brilho nos olhos, porque o jeito que vemos o futuro muda o nosso presente. Um exemplo simples é que se eu acho que vai chover, saio de guarda-chuva. Numa empresa a gente fala muito pouco sobre o futuro. Inovação é um grande legado e o legado é o propósito realizado”, finaliza.