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Coberturas do seguro residencial em caso de enchentes

Tragédia no Rio Grande do Sul amplia consciência sobre a importância da proteção

Imagem: Envato Elements
Imagem: Envato Elements

Por Amilcar Alves Saraiva, diretor da Padlock Corretora de Seguros, Unidade Leste São Paulo

O seguro de residência é um dos produtos que trabalhamos muito fortemente em nossa corretora junto à Lojacorr. Temos cultura de oferecer bastante o produto e isso converte em bons negócios, especialmente com nossa parceira Bradesco.

Localizados em São Paulo, temos clientes em todo o Brasil, inclusive no Rio Grande do Sul, que vive essa grande tragédia de enchentes. Com isso, temos esclarecido dúvidas de seguros e não segurados, que agora percebem mais a importância da contratação.

A falta de cultura de contratação do seguro também está ligada à baixa percepção de risco, pelo fato de o Brasil ser um país que não apresentava eventos climáticos. Infelizmente as coisas estão mudando, e os brasileiros começam a sentir a necessidade de mais este seguro, assim como houve aumento de contratação de seguros de saúde e de vida após a pandemia de Covid.

Os seguros residenciais apresentam cobertura para enchentes, mas é preciso ter atenção em relação ao que está contemplado. Além de todas as coberturas básicas, como incêndio, explosão, fumaça, roubo, cobertura de vidros, fora as assistências 24 horas, onde a mão de obra é toda da seguradora, incluindo reparo de geladeira, fogão, micro-ondas, chaveira, eletricista, há outras opcionais.

Se o segurado mora em área de risco de alagamentos e enchentes, precisa incluir cobertura que cubra esse tipo de problema. Quando a seguradora cobre problema de inundações, no geral, isso é contratado como um serviço adicional, ou seja, além do plano básico, e será cobrada mais uma taxa para que o bem fique coberto em caso de inundações.

Além do valor do seguro que cobre alagamento ser maior, é necessário ficar atento quanto aos termos. Se o seguro residencial cobrir apenas enchente, por exemplo, e a casa for acometida por uma inundação, não terá direito à apólice. Por isso, é fundamental o trabalho de consultoria do corretor de seguros para sanar todas as dúvidas do segurado antes de assinar.

Outro ponto importante é que o ressarcimento feito, quando o seguro cobrir o dano, será de no máximo o valor da apólice. Por exemplo, se a pessoa tiver R$ 40 mil em prejuízo, mas a apólice dela for de R$ 20 mil, ela só receberá até R$ 20 mil.

É preciso sempre avaliar junto ao segurado quais são as suas dores na região onde ele mora, porque nesse caso que nós estamos tendo no Rio Grande do Sul, se as casas tivessem um seguro residencial com a cobertura de alagamento e inundação, eles teriam cobertura tanto do imóvel como dos seus bens.

Em muitas regiões a própria seguradora pode colocar uma restrição para uma cobertura como essa, ainda mais depois de um sinistro como este, ou de uma elevação de risco. Tudo será apresentado no sistema de cotação. Por isso, é muito importante o segurado sentar com seu corretor, colocar o seu CEP na cotação, ver as coberturas a que tem direito, porque se o sistema liberar a cobertura de enchente, alagamento e inundação, é porque a seguradora vai dar a cobertura naquele CEP. Agora se não aparecer esse tipo de cobertura é porque para aquele CEP a seguradora está excluindo.

E também é fundamental lembrar aos segurados que o seguro de residência é um produto muito barato, pelo valor do bem que ele cobre e todas as assistências, irrisório se comparado com um seguro de automóvel, por exemplo.

Para conhecer as coberturas contratadas para o seguro residencial ou outros, como automóvel, o consumidor deve verificar em suas apólices, caso tenha dúvidas o corretor de seguros poderá o orientar sobre todo o passo a passo de cobertura, cláusulas, riscos excluídos. É para isso que o corretor está à disposição e atua num trabalho consultivo como legítimo representante do consumidor.