Sou especialista em seguros massificados e cada vez mais percebo o valor do seguro de vida. Entre os muitos benefícios deste produto está o poder de escolha. Isso porque de 12 coberturas, em média, contratadas nas apólices, apenas duas cobrem o falecimento do segurado. As demais podem ser usadas em vida, incluindo a diária de internação hospitalar e o recebimento de uma indenização no caso de doenças graves. Essas que proporcionam ao segurado a opção de fazer exames complementares e opcionais que ele entender necessários no tratamento da sua doença. Isso é poder proporcionar dignidade financeira.
O seguro de vida está entre os poucos produtos de proteção que te dão a opção de escolher em que destinar os recursos que você receberá da apólice. Isso inclui exames, medicação e terapias que, por ventura, não sejam cobertos pelo plano de saúde.
Há duas questões importantes que preciso levantar neste conteúdo. A primeira delas é que a maioria da população que possui seguro de vida tem o seguro de vida empresarial. Aquele que a empresa contrata para proteção dos seus funcionários. Trata-se de um ótimo produto para a empresa e empregado. Muitos colaboradores, inclusive, valorizam os benefícios que a empresa concede além do salário. Entretanto, não é um produto do colaborador, mas sim da empresa. Isso quer dizer que se a pessoa sai do emprego, perde, automaticamente, a cobertura do seguro.
Além disso, as empresas costumam contratar seguros de vida limitados e sem uma cobertura personalizada. São valores, muitas vezes, menores do que a real necessidade e o padrão do funcionário. Outro problema é que em diversos casos, quando a pessoa sai da empresa não tem mais idade ou condição de saúde para contratar um seguro de vida individual. Importante ressaltar: o seguro de vida empresarial é valoroso, mas não pode ser a única proteção do segurado.
Quando o seguro de vida faz falta
O segundo ponto é justamente só possuir plano/seguro saúde e não ter o seguro de vida. Isso porque se você não se programar, pode passar dificuldade financeira caso necessite de atendimento médico amplo e complexo. Infelizmente, minha própria família é um exemplo disso.
Meu irmão mais velho, Caio, de 44 anos, é diabético e, em 10 de janeiro deste ano teve uma parada cardíaca, ficou 12 minutos sem respirar, muitos dias em coma, dois meses de UTI e mais um mês internado.
Ele tinha plano de saúde pela empresa em que trabalhava, mas não tinha seguro de vida. Os gastos do hospital foram pagos pelo plano. Entretanto, agora, já em casa, os recursos são limitados. Assim como o acesso a terapias e profissionais capacitados. Sem contar nos gastos com adaptação da casa como: maca especial, cadeiras de roda, entre outros. O problema é que a recuperação é lenta e, mesmo com o salário do INSS (menor do que o salário recebido anteriormente), os recursos ainda são menores que as despesas.
Benefícios do seguro de vida
Um exemplo de como o seguro de vida poderia ter ajudado nesta situação da minha família é o transporte e alimentação dos acompanhantes durante sua internação. Os gastos diários que minha família teve para acompanhá-lo no hospital pelos 3 meses que ele ficou internado foram de cerca de R$100,00.
Uma das coberturas do seguro de vida é a ‘diária por internação hospitalar’. No caso de internação, o segurado, sem necessidade de comprovação do gasto deste valor, receberia um valor diário. Poderia ser um valor utilizado por mim ou algum outro membro da família para auxiliar nos gastos que tivemos acompanhando-o no hospital. Sem este auxílio, o estresse financeiro acaba sendo mais um problema para a família.
Dessa maneira, tenho cada vez mais me dedicado a entender o seguro de vida. Conscientizar as pessoas ao meu redor da sua importância e, principalmente, que podemos usá-lo muito mais em vida do que na morte.
O estresse do problema enfrentado estará presente, mas se você puder minimizar um pouco a questão financeira, facilitará a caminhada. É uma tranquilidade ter o seguro de vida.
