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Colaboração

Sistema de rede fortalece empreendedor e pequenas empresas

Redes, franquias e colaboração são tendências que continuam em 2024 e apoiam o desenvolvimento do empreendedorismo brasileiro. Veja como compartilhar para crescer.

rede
Imagem: Envato Elements

Com o desejo de ser o seu próprio chefe, flexibilidade de horários, as incertezas do emprego CLT, falta de oportunidades no mercado e dificuldades de passar em concursos públicos, o empreendedorismo brasileiro cresceu exponencialmente nos últimos 20 anos. Um exemplo é que de 2000 para 2020, o número foi sete vezes maior, segundo dados do Ministério da Economia.

Sendo assim, inúmeras possibilidades de desenvolvimento do empreendedorismo foram sendo criadas no país. Desde cursos e conteúdos on-line, para serem feitos a qualquer momento, até consultorias especializadas do Sebrae e da Endeavor, por exemplo. Da mesma forma, outros estímulos, como investidores, coworkings e ecossistemas formaram, nesses últimos anos, redes de apoio ao empreendedor, que passou a não se sentir mais sozinho em sua jornada.

Para quem deseja abrir seu próprio negócio, os números são inspiradores. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o Brasil teve 2,7 milhões de novas empresas abertas apenas no ano de 2023. Assim como as franquias, que apresentaram alta de 13,8% de 2022 para 2023, de acordo com a Associação Brasileira de Franchising (ABF). 

Sistema de rede

Da mesma maneira, as redes de parcerias têm construído sólidos mercados de trabalho, que antes eram desempenhados praticamente individualmente. Esse é o caso dos corretores de seguros que, há 27 anos, contam com a Lojacorr, maior rede de corretores do país. Trata-se de um ecossistema vivo, que fornece backoffice, consultoria jurídica, contábil, acesso a companhias e inúmeros produtos. 

Contudo, entre os diferenciais está a colaboração e o compartilhamento de expertises. Isso porque o corretor especialista ‘empresta’ seu conhecimento para que colegas possam atender clientes em qualquer região do Brasil e o ganho é dividido entre ambos. A empresa está empenhada em ajudar a formar e apoiar empreendedores deste segmento, valorizando a indústria do seguro. E o intuito é proteger mais e melhor o brasileiro. 

A Torre Forte Corretora de Seguros do Mato Grosso está entre as empresas que realizam negócios compartilhados. De 2022 para 2023, teve um crescimento de 179% em negócios compartilhados. O sócio Loris Menon, que possui mais de 40 anos de mercado segurador, explica que o compartilhamento de negócios é uma excelente opção pela segurança e conhecimento, que o impulsionou rapidamente ao ramo de negócio. 

Já Gerson Andrighetti, sócio administrador da RG Corretagem de Seguros do Mato Grosso, possui cerca de 45% da sua produção com negócios compartilhados. O crescimento desta empresa de Este também é um caso de 2022 para 2023 foi de 660% em negócios compartilhados. “Os negócios compartilhados agregam valor e crescimento da carteira, pois ajuda-nos a fechar mais negócios, diversificando a carteira, com o apoio de especialistas na área de atuação, o que torna nosso atendimento mais ágil e efetivo”, explica.

Gerson Andrighetti

Esse também é o caso da Alecrim Corretora de Seguros, que teve um crescimento no último ano de 897% em negócios compartilhados. Jusara Fátima Dariz, sócia da empresa, fala que a solução é uma oportunidade de desenvolvimento que, além de tudo, oferece segurança devido à plataforma de Lojacorr e portfólio de seguradoras. A corretora atua nos ramos de auto, saúde, empresarial, equipamentos e agrícola.   

Jusara Fátima Dariz

Economia colaborativa

A modalidade tem como um dos principais benefícios a oportunidade das empresas e dos profissionais enxergarem além da competitividade e conseguirem ampliar seu nicho de atuação para adentrar em diferentes mercados para alcançar novos segmentos. Essa forma compartilhada seguirá ainda mais em alta nos próximos anos, devido ao crescimento do interesse por temas como solidariedade, colaboração e sustentabilidade. Segundo dados da PwC, a economia colaborativa deverá alcançar 30% do PIB de serviços até o ano de 2025.

Segundo Amanda Gouveia, analista de Negócios da Lojacorr, na estratégia dos negócios compartilhados, os corretores parceiros fazem o compartilhamento de suas operações, podendo associar seus negócios por diferentes razões como: falta de tempo, afinidade ou conhecimento técnico em determinados ramos. Eles também podem colaborar mesmo quando estão ausentes, como durante as férias. “Os corretores têm liberdade para procurar um Hub/Especialista (facilitadores, que oferecem suporte e orientação aos corretores interessados, garantindo o sucesso das transações), para realizar parcerias, dividindo a comissão entre eles”, exemplifica.

Amanda ainda explica que essa modalidade faz parte da cultura da empresa. “Os corretores colaboraram entre si, compartilhando seus negócios e, em vez de competirem diretamente, apoiam uns aos outros”. Inclusive, ela destaca os inúmeros benefícios deste modelo de parcerias, como a ampliação do mix de carteira (diversidade de produtos ou serviços que um corretor oferece aos seus clientes), o aumento da produção e lucratividade, a redução dos riscos devido à confiabilidade e transparência da operação, a troca de conhecimentos, entre outros”, fala.