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Dados do setor

Seguro de automóvel evolui em mercado e faturamento

O consultor econômico Francisco Galiza trouxe uma análise sobre as tendências do seguro de automóvel no programa Panorama do Seguro

Seguro de automóvel evolui em mercado e faturamento

A edição 230 do programa Panorama do Seguro, realizado pelo Sindseg SP, com apresentação de Paulo Alexandre e informações do consultor econômico Francisco Galiza, trouxe uma análise sobre as tendências do seguro de automóvel. Confira na íntegra em https://www.youtube.com/watch?v=-lZ7WzdirMk

Francisco Galiza destacou a importância desse segmento no mercado. “O seguro de automóvel é o ramo mais relevante para as corretoras de seguros. Em muitas dessas empresas, ele representa mais de 50% do faturamento”, disse.

O primeiro tópico a abordar sobre este ramo é sobre o seu faturamento, como observamos no gráfico. O especialista mostrou que o mercado passou de um patamar de R$ 35 bilhões em 2017 para um pouco mais de R$ 55 bilhões em 2024.

“Em 2017, há sete anos, o faturamento era de R$ 35 bilhões. Até 2020, influenciado muito pela crise sanitária e por aspectos econômicos, esse número ficou praticamente parado. Em 2021, já houve uma primeira descontinuidade, mas o grande salto mesmo aconteceu em 2022. O valor tinha sido quase que ‘represado’. Em 2024, ano passado, o valor chegou a R$ 58 bilhões”, apontou Galiza.

Seguindo com sua análise, alguns pontos chamaram a atenção do consultor. O primeiro é que, embora esse crescimento não tenha sido uniforme ao longo do período, quando comparamos de 2017 a 2024, vemos uma variação de 66% no seguro de automóvel, frente a uma inflação acumulada de 43% pelo IPCA. “Ou seja, tivemos um crescimento real de cerca de 15% em sete anos, embora de forma não uniforme”, disse.

Segundo, é importante reconhecer que, nesse período, houve a extinção do seguro DPVAT, por isso não está incluído nesses números. “Embora o DPVAT não apareça na conta que estamos fazendo, para se ter uma referência, esse valor era, em 2017, uns R$ 6 bilhões. Se fossemos corrigir pela inflação, esse número seria uns R$ 10 bilhões hoje, de 15% a 20% do número atual, não é um valor pequeno”.

Terceiro, o último comentário se refere ao número de seguradoras que atuam nesse segmento. “Nos últimos anos, algumas empresas passaram a entrar nesse segmento, como novas insurtechs. Entretanto, houve aquisições de carteiras nas grandes companhias. Então, os efeitos finais foram contraditórios. Efeitos interessantes e difíceis de medir. Concentração nas empresas de cima; desconcentração nas empresas de baixo”, apresentou.

“Enfim, esse é um ramo importante, que, em muitas corretoras de seguros, representam mais do que 50% da sua carteira. Então, a sua análise detalhada se justifica”, concluiu.

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