Em palestra com muita perspectiva de mercado e dados do setor de seguros, o presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg), Dyogo de Oliveira, participou do segundo dia da 7ª Convenção Nacional Lojacorr – LC Summit, apresentando dados do setor de seguros focado no estado do Paraná em que um dos levantamentos apresentado, demonstrou que o estado é o 5º no ranking de participação da arrecadação estadual do total nacional do setor, registrando 6,4% arrecadado. Para Dyogo, o estado acompanha bem a média nacional e têm se destacado constantemente.
Em seguida, Dyogo apontou as principais preocupações sobre o desenvolvimento econômico brasileiro. “Temos um cenário macroeconômico muito desafiador. Desde a década de 80 o Brasil perdeu a rota de crescimento. Em 100 anos a taxa média de crescimento do Brasil é de 5%, em 50 anos é de 3% e de 10 anos é 0%. Não consigo explicar o desempenho econômico do Brasil. Temos tesouro independe, contas públicas transparentes, inflação baixa e por que não conseguimos decolar esse país? Olhando os dados vemos que o Brasil cresceu 1,5% ao ano, abaixo da média mundial. E olhando pra frente, mesmo melhorando, ainda vamos crescer 0,75% abaixo da média global. O grande problema do Brasil é a percepção de risco do país ser muito elevada. Vemos autoridades falando coisas que depois não fazem, mas gera a percepção que estamos em colapso a beira de uma grande crise, atrapalhando esse desenvolvimento”, defende.
Em contrapartida a esse baixo crescimento, Dyogo abordou o quanto o mercado de seguros é uma dos poucos que nos últimos 20 anos cresceu constantemente acima da média do PIB nacional. Com isso apresentou à todos presentes, o Plano de Desenvolvimento do Mercado de Seguros (PDMS), lançado pela em março deste ano.Com o objetivo de, por meio de metas claras, gerar mudanças do ecossistema do seguro com impacto no desenvolvimento sustentável do setor e, consequentemente, na sociedade brasileira.
Para falar do setor, o presidente da CNSeg abordou que 67% dos trabalhadores ganham menos de dois salários mínimos e só temos 25% da população com planos e saúde. “Precisamos olhar para os outros 70% e ver o que eles precisam, o que consomem, onde consomem e como falar com eles”, explica. Ainda defende a necessidade de falar a linguagem direta, coloquial e acessível. “Não falar com eles a linguagem ‘segurequês’, mas com esse público precisamos falar o português simplificado. Eles não sabem o que é apólice, prêmio, sinistro. Temos que começar a falar com essas pessoas que totalizam 160 milhões de brasileiros que hoje estão fora do público alvo direto do mercado de seguros. Temos potencial de crescimento e canais de distribuição e corretores qualificados”, defende.
Portanto, Dyogo explica na sequência a proposta do PDMS na íntegra e que é baseado em 4 principais eixos: o primeiro é trabalhar a imagem do seguro, para que ele reflita adequadamente á todos. “Temos que: falar, falar falar. Comunicar, comunicar e comunicar. Ampliamos os canais de comunicação e estamos levando a mensagem para as pessoas de que seguro é algo que faz bem. Afinal, é o único produto da face de terra que podemos falar: quanto mais melhor Não podemos falar o mesmo de comida, remédios. Mas o seguro sim! Quanto mais puder ter seguro, melhor para a pessoa”.
O segundo é aprimorar os canais de distribuição, reconhecendo o papel fundamental e qualificando o corretor, aplicando inteligência artificial e priorizar segmentos. Já o terceiro eixo a ser desenvolvido pelo plano, Dyogo destacou que é trabalhar os produtos de capitalização, seguros de modo geral (Responsabilidade Civil,identidifcar barreiras para alavancar produtos de baixa renda, assegurar o cumprimento da lei de seguros obrigatórios e incluir seguros para mitigação de risco de crédio das instituições financeiras)´, a previdência e a saúde.
Por fim, um eixo destacado é priorizara eficiência regulatória junto à SUSEP, regular medidca anticíclicas, atender requisitos regulatórios, autorregular a atividade de corretor, transformar associações e cooperativas em seguradoras.