Os fatores ESG estão intrínsecos à explicação sobre esse conceito. Sigla para os termos em inglês environmental, social and governance, ESG pode ser definido como um fomento às empresas na adoção de condutas mais sustentáveis.
A ideia por trás dos fatores ambiental, social e de governança, aos quais se referem esses pilares, tem por objetivo impulsionar as organizações a reduzirem, ou mesmo eliminar, o impacto negativo que suas atividades podem causar nesses três cenários.
Em outras palavras, é uma espécie de chamamento à revisão e à implementação de práticas de produção, entrega e comercialização de produtos e/ou serviços com o menor dano que for possível ao meio ambiente, às pessoas de forma geral, e até mesmo à gestão do negócio.
O economista e diretor da Rating de Seguros, Francisco Galiza, especialista em estudar e analisar tendências, explica que o termo em si foi cunhado em 2004 em uma publicação do Pacto Global em parceria com o Banco Mundial.
“Os critérios ESG estão relacionados aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecidos pelo Pacto Global, iniciativa mundial que envolve a ONU e várias entidades internacionais”, explica.
Mercado brasileiro
No Brasil, em português, é também conhecido como ASG (Ambiental, Social e Governança). “O mercado segurador brasileiro tem se preocupado muito com esse assunto, como orientação às empresas, emissão de relatórios etc”, afirma.
Ele comenta sobre um estudo divulgado no fim do ano passado, feito pela empresa de consultoria WTW – “as conclusões ainda permanecem bem válidas”, frisa.
O estudo é o resultado da opinião de 312 empresas, na área de gerência de riscos, com dados da América Latina.
Quem desejar mais detalhes, aí está: https://www.wtwco.com/pt-br/insights/2022/10/2022-esg-global-risk-managers-survey
E traz as principais conclusões: “Três quartos dos entrevistados disseram que melhorar a pontuação ESG de sua organização é um foco central para o negócio atualmente. No entanto, apenas 17% têm objetivos documentados com marcos claros para riscos ESG”.
Um gráfico relevante do estudo:
“Ou seja, em resumo, há um consenso que esse é um assunto importante, vai crescer ao longo do tempo, mas, algumas vezes, as metas precisam ficar mais claras. Pelo menos, essa é a opinião das empresas”, finaliza o especialista em tendências.
