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Visão

Pesquisa sobre Open Insurance apresenta raio-x do momento, expectativas e perspectivas do mercado

Confira a 3ª edição do estudo “Análise de Mercado do Open Insurance: Desafios, Oportunidades e Estratégias”

Imagem: Freepik
Imagem: Freepik

A Capgemini divulgou, no fim de fevereiro, o 3º Estudo sobre Open Insurance, produzido sob a coordenação de Francisco Galiza, Francisco Galiza, consultor de economia e diretor da Rating de Seguros. Nesta edição, a pesquisa foi mais robusta, o número de respondentes mais que dobrou e – pela primeira vez – foram ouvidos os corretores, que como os principais agentes do mercado de seguros, trazem uma visão abrangente sobre o assunto.

Personalidades de destaque do setor dão sua visão sobre o Open Insurance (OPIN) no estudo, como Dirceu Tiegs, CEO da Lojacorr, que comenta: “O segurado precisa dar uma aprovação para cada apólice que ele tem; isso é ruim. Deveria haver uma busca automática de tudo o que ele tem. Se não houver facilidade e entrega de valor o cliente não dará o consentimento. O mesmo vale para o corretor; ele precisa ver vantagem também para aderir ao OPIN”.

O 1º vice-presidente da Fenacor, Manuel Matos, analisa a atuação das Sociedades Processadoras de Ordem do Cliente (SPOC), que inserem os corretores de seguros no movimento do Open Insurance. “2024 será decisivo para as SPOCs. No OPIN é o corretor de seguros quem desempenhará um papel fundamental na promoção e gestão dos consentimentos, sendo o elo com o cliente final. Sem elas, o Open Insurance, que ganhará impulso a partir de 2024, não fará sentido.


Clique aqui para acessar o relatório completo.

Métodos de pesquisa

A terceira edição do estudo apresenta uma visão atualizada e completa do mercado brasileiro de seguros sobre o tema e demonstra uma significativa evolução do conceito de Open Insurance (OPIN) no país.

Apesar de sua evolução ser inevitável e trazer um forte impacto para o mercado de seguros local, o assunto ainda apresenta pontos de atenção, dado que divide o setor e permanece pouco compreendido, principalmente pelos corretores e pela sociedade em geral — conforme a visão dos participantes.

Com um universo de pesquisa ampliado, a parte quantitativa da pesquisa deste ano contou com uma participação 161% superior comparada à versão anterior, totalizando 204 entrevistados.

Para garantir um cenário mais diversificado de respondentes, foram incluídos novos participantes com atuação direta no setor, como os corretores de seguros, que corresponderam a 46%, respectivamente. Em relação aos cargos ocupados pelos entrevistados, 50% correspondem aos proprietários ou presidentes de empresas do setor de seguros e 16% é composto por diretores.

Em mais uma inovação, a edição inclui um levantamento qualitativo realizado por meio de 19 entrevistas individuais com executivos líderes de seguradoras, resseguradoras, corretoras, insurtechs e dirigentes de entidades de seguros do país, o que conferiu uma abordagem analítica e mais estratégica ao material. Entre os entrevistados individualmente, 42% correspondem às seguradoras, seguidos por representantes de entidades com 26%, executivos de corretoras com 21% e, finalmente, insurtechs e resseguradoras representadas por 5% cada.

Ferramenta estratégica

“Essa série de estudos sobre OPIN, que agora se encontra na sua 3ª edição, foi inteiramente realizada no país pelo time de especialistas da Capgemini Brasil, foi iniciada em 2022 e já se tornou uma ferramenta estratégica essencial para tomada de decisão dos líderes brasileiros desse segmento”, comemora Renata Ramos, Vice-presidente para Seguros da empresa. “Nossa recente pesquisa constata que o crescimento das iniciativas rumo à implementação do OPIN é inevitável e, portanto, deve passar a fazer parte da agenda estratégica dos executivos tomadores de decisão do setor”, complementa Renata.

“Temos registrado esse movimento desde o seu surgimento, em 2021, e seguimos com a realização de estudos anuais, cada vez mais abrangentes, que oferecem ao mercado um cenário claro no tange o desenvolvimento, desafios e oportunidades dessa iniciativa. Nossos estudos nos conferem uma expertise de mercado ímpar e reforça nosso posicionamento como parceiro estratégico de negócios para nossos clientes na região”, conclui a executiva.

Otimismo e ceticismo

Os dados do estudo revelam uma percepção otimista em relação ao impacto causado pelo OPIN no mercado e os resultados mostram que o desenvolvimento da iniciativa é inevitável, principalmente devido ao alinhamento existente com o movimento de Open Finance, que atualmente se encontra em franco desenvolvimento.

No entanto, uma parte importante dos executivos pesquisados continuam céticos a respeito do potencial de negócios esperado para Open Insurance e, apesar de estarem bastante ciente de suas obrigações regulatórias, ainda receiam incorrer em investimentos e movimentos mais significativos nessa direção.

“Juntamente com o OPIN, o formato e o conteúdo de nossos estudos vêm evoluindo ao longo dos anos. A nova edição traz importantes melhoramentos tanto em seu formato como no conteúdo, já que registrou um importante aumento no número de respondentes e contou com a valiosa participação de corretores, além da análise individual de importantes líderes nacionais do setor”, analisa Gustavo Leança, diretor de Soluções para Seguros na Capgemini Brasil. 

“Apesar de ainda ser pouco compreendido, principalmente pelo universo de corretores e pelos consumidores finais, (conforme percepção dos respondentes), o OPIN é uma iniciativa que veio para ficar e seguramente viabilizará parte do imenso potencial de crescimento do setor por meio de transformações como a criação de ofertas hiperpersonalizadas, precificações mais eficientes, processos otimizados (ex.: onbording e portabilidade) e a transformação no papel do corretor ”, avalia Leança.


“O OPIN precisa ser visto como um meio e não como um fim; ele nada mais é do que uma “plataforma” onde os dados dos clientes terão espaço para serem transacionados e lidos, e isso permitirá chegar aos fins desejados, que são, melhores ofertas, satisfação do cliente e crescimento do mercado de seguros”, conclui o executivo.

Temas abordados

Em sequência às edições anteriores, a pesquisa atual destacou nove temas considerados os mais relevantes para os profissionais que atuam no segmento de seguros nacional, que são:


1. A situação atual da iniciativa e as expectativas do mercado;

2. O início dos primeiros efeitos práticos;

3. Os desafios e as oportunidades;

4. O grau de conhecimento do mercado sobre a iniciativa;

5. Os seguros mais afetados pelo OPIN;

6. Os impactos do OPIN nos agentes do setor;

7. Como aprimorar o modelo de OPIN;

8. A relação de OPIN com Open Finance;

9. Os indicadores operacionais de OPIN.