Em um bate-papo multicultural, estiveram presentes na plenária principal do primeiro dia do LC Summit, a companhia de origem japonesa, Mitsui Sumitomo, a de origem israelense, Ituran Brasil e as brasileiras Seguros Unimed e Maxpar Grupo Autoglass para falar sobre o tema: Tendências do mercado de seguros sob mediação da jornalista Júlia Senna.
Wilson Leal, diretor-executivo de mercado e tecnologia da Seguros Unimed, abordou sobre cooperação e como as mais de 340 operadoras trabalham com inovação os mais de 50 produtos durante os 34 anos de atuação da companhia. “A inovação é cultural. Faz parte da cooperação em que todos devem inovar ao mesmo tempo, melhorando o mix de carteira para vender mais e diminuir custo operacional”, explica. Leal também fala da transformação que trouxe o podcast Stormia Talks, que veio este ano trazendo um novo cenário de comunicação para a rede. “Reforça e promove um debate sobre as mudanças, a cultura e as necessidades da competência transformadora e efetiva da inovação do mercado segurador”, defende.
Já o CEO da Ituran Brasil, Amit Louzon, Ituran trouxe um debate em torno das novas tendências do seguro auto. Para ele, há obstáculos a serem vencidos. “Hoje 70% da população não faz seguros auto, porque são carros populares. E isso deixa uma lacuna no mercado segurador. Uma parte não faz, devido ao preço alto do seguro para esse tipo de carro e outra parte da população, simplesmente não faz nada e deixa seus veículos exposto ao risco”, fala. Dessa forma, Amit, aponta que essa parte da população, que não consegue investir, acaba optando por seguros alternativos. “Fazem com seguro pirata, sem SUSEP, sem a interferência do corretor”, explica.
Durante sua fala o CEO da Ituran explica que para mudar o cenário é preciso o corretor oferecer o produto, definir soluções, sem perder a venda. “Tem demanda, mas não tem oportunidade. Com isso a Ituran abre as portas sem a necessidade do cliente adquirir o seguro mensal ou por assinatura, mas que seja acessível por preço justo”, defende. Entre a abordagem da seguradora na inovação está a ligação triangular: cliente, seguradora e o corretor, onde todos saem ganhando. Por fim, explica ainda como a tecnologia de Inteligência Artificial (IA) vem ganhando espaço. ‘Temos que usar análises a nosso favor. Um exemplo é que também queremos que o cliente não se exponha ao risco. Uma inovação, comentada por ele, é poder mapear onde ocorre mais furto de tal veículo e o cliente se estacionar nesta área, receber o alerta no celular de sugestão para ele estacionar em outra.
O Vice-presidente de Serviços do Grupo Autoglass, Eduardo Borges, abordou toda a evolução da companhia ao longo dos anos, desde a assistência somente em vidros, depois em farol de lanterna, parachoques, farol de motos e caminhões, pintura e agora lançando roda, pneu e suspensão. Para ele a “inovação só tem sentido se gera valor”, defendeu. Uma das estratégias abordadas pelo Eduardo é atender aquele cliente que, na maioria das vezes, não seria atendido.”Temos que adaptar para o cliente soluções funcionais para que o segurado seja protegido a qualquer momento”, explica.
Sobre a Maxpar – Grupo Autoglass, ele ainda explica que vem ao mercado ser diferente no que faz. “Somos muito mais uma empresa de tecnologia que troca vidros e faz reparos do que uma empresa que faz reparos e troca vidros com tecnologia”, finaliza ele.
Por fim, Flavio Zoppello, diretor comercial da Mitsui Sumitomo Seguros, com mais de 400 anos de expertise no mercado, abordou o diferencial da companhia em que, culturalmente asiática, prioriza ações de cooperação e a importância de parceria como a Fairfax e Porto Seguros que usa como base de precificação para os seus produtos.