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Gestão

5 dicas de sucessão para corretores de seguros

Saiba como começar a organizar a sucessão da sua corretora e até mesmo sucessão de carteira

sucessão
Imagem: Envato Elements

Toda empresa que busca a perenidade na sua operação deve se preocupar com a sucessão empresarial. Isso não é diferente para as corretoras de seguros que, ao se profissionalizar e abrir um CNPJ, necessitam pensar no futuro do seu negócio. 

Não basta apenas saber executar a função de corretor, mas tão importante quanto é ser um empreendedor. Isso porque o corretor de seguros protege vidas e patrimônios. Na sua ausência, a corretora deve continuar o atendimento aos segurados que mantém uma relação de confiança com esse profissional. Saiba mais como abrir um CNPJ AQUI!

No final do ano passado, uma pesquisa da Talenses Executive divulgou que apenas 3 em cada 10 empresas brasileiras sobrevivem ao processo de sucessão. No Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 90% das empresas têm perfil familiar e empregam cerca de 75% da mão de obra no país. 

Da mesma forma, o Banco Mundial mostra que 30% das empresas familiares chegam até a 3ª geração. Entre os motivos apontados estão que nem sempre as novas gerações querem assumir os negócios da família, mas há também poucas empresas que realizam um planejamento sucessório adequado. Outro fator encontrado é que ao mudar o gestor é preciso adotar condutas de gestão profissionais, de acordo com os cenários e tendências da operação. Esse último fator inclusive deve ser colocado como prática de inovação constante em todas as organizações. Saiba mais sobre inovação na gestão AQUI!

De acordo com a Dra. Télia de Oliveira Alves, advogada, gerente do Jurídico da Lojacorr e Data Protection Officer – DPO, o planejamento sucessório é essencial para garantir a tranquilidade do corretor de seguros e de sua família. Através dele, é possível assegurar que os bens e direitos sejam direcionados de acordo com seus desejos, proteger seu patrimônio e evitar conflitos familiares. 

Dicas para iniciar a sucessão na corretora

Especialistas explicam que existe uma diferença entre empresa familiar e famílias empresárias. Isso é Governança Corporativa e deve ser tratada com zelo em qualquer tipo de empresa de todos os portes. 

Dessa forma, a primeira questão importante a ser destacada é a visão de longo prazo. Ela deve pautar os sócios e possíveis sucessores desde a criação da empresa. Isso porque planos sucessórios bem estruturados dão mais resistência ao negócio e transparência no processo, trazendo segurança e previsibilidade. Sendo assim, para que a sua corretora de seguros inicie um processo de sucessão empresarial e/ou de carteira, veja algumas dicas:

  1. É sugerido que a corretora de seguros tenha um sócio (familiar ou não) ou uma pessoa de confiança do corretor, que conheça a operação. Na falta do corretor, por morte ou afastamento, se a empresa tiver mais de um sócio e ele estiver no contrato como administrador, esse sócio continua operando com a empresa normalmente até a conclusão do inventário para os familiares assumirem as quotas do sócio falecido. Se a empresa tiver só um sócio ou mais de um sócio que não seja administrador, que não tenha as senhas bancárias, certificado digital, etc., então a família ou sócio sobrevivente terão dificuldades de levar adiante a atividade empresarial. Para arquivar uma alteração contratual, que dá poderes para o sócio ou o familiar gerir a empresa é necessário a nomeação de inventariante no inventário judicial ou a finalização do inventário extrajudicial. A responsabilidade pela carteira de clientes enquanto não finaliza a sucessão empresarial ou a abertura do inventário é do familiar do corretor falecido ou do sócio, se existir sócio.
  1. Caso a esposa ou filhos não tenham experiência com seguros, a Unidade de Negócios da Lojacorr, no caso de corretor parceiro, pode auxiliar indicando algum corretor experiente que possa cuidar da carteira de clientes do corretor falecido, recebendo parte da remuneração. Também é possível colocar o familiar como preposto em outra corretora para possibilitar o pagamento das comissões diretamente ao familiar, sem passar pela conta bancária do corretor falecido. A Lojacorr possui também os hubs especializados e os Negócios Compartilhados, que em qualquer região do País, auxiliam os parceiros em suas negociações.
  1. Caso a corretora opte por fazer uma planejamento sucessório com um familiar (ou não), especialistas indicam que a preparação do sucessor seja gradativa, para que ela venha a desenvolver as habilidades necessárias para substituir o sócio administrador. Dessa maneira, será seguido um protocolo que ofereça conhecimento do negócio, acompanhamento da operação, estudo, observação e relacionamento com a carteira de clientes existente. Sobretudo, o planejamento sucessório de empresas familiares ou profissionalizadas requer dedicação extrema para a perenidade da operação. Isso porque se trata da continuidade dos negócios de uma marca, que produz soluções pelas quais pessoas são dependentes.
  1. É sugerido também que sejam definidos os papéis e responsabilidades de sócios e profissionais, tendo autonomia para desenvolver suas atividades. Além disso, é importante investir na governança corporativa que, além dos processos de auditoria, busca a preservação da empresa independente da relação com os atuais sócios. Hoje, existem empresas que desenvolvem esse trabalho, promovendo a manutenção da coesão familiar, minimizando conflitos, agregando valor aos negócios e contribuindo na perpetuação do patrimônio e das empresas familiares.
  1. Na situação de pequenas empresas que, muitas vezes, têm um único sócio, como as corretoras de seguros, a sugestão é buscar em vida uma possibilidade de substituição para agilizar o processo de sucessão e apoiar o segurado na falta do corretor. Já no caso das famílias que perdem o provedor, uma alternativa bastante simples é fazer o Seguro de Vida. O benefício do Seguro de Vida nessas situações é que ele não fica sujeito a inventário na perda do provedor e pode ser feito quantas apólices a pessoa quiser. Já houve casos em que o cliente possuía imóveis alugados e carros, acreditando que seus bens deixariam sua família assistida após a sua morte. Isso não ocorreu, porque os bens foram para inventário e sua família ficou sem acesso durante anos a esse dinheiro. Com o Seguro de Vida a família recebe em bem menos tempo os valores do prêmio para não ficar desamparada.