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Agro

Riscos climáticos e Seguro Rural: os novos desafios do agronegócio

Corretores de seguros ganham papel estratégico na proteção do campo, que se moderniza e enfrenta intempéries

Seguro rural
A large green rice field with green rice plants in rows in Valencia sunset

O agronegócio brasileiro é um pilar fundamental da nossa economia e vive um momento de grandes transformações. Se por um lado a grandiosidade da produção é inegável, por outro, os desafios impostos pelas mudanças climáticas e pela volatilidade do mercado exigem uma nova postura do setor. Para os corretores de seguros, isso se traduz em uma oportunidade única de aprofundar a parceria com o produtor rural, oferecendo soluções que vão além do convencional e garantem a resiliência do campo.

Um dos focos principais dessa transformação é o papel do Seguro Rural, especialmente o Seguro de Vida para produtores rurais. Dados da CNseg e FenSeg revelam que, entre 2015 e 2024, mais de R$ 3 bilhões em indenizações foram pagos, com um salto notável de 700% em 2024 em relação a 2015. 

Esse crescimento mostra a importância do seguro para a continuidade das atividades agrícolas, mas também o papel crucial na proteção financeira da família do produtor e das instituições que concedem crédito. Como explica Daniel Nascimento, vice-presidente da Comissão de Seguro Rural da FenSeg, “o Seguro de Vida atrelado ao financiamento rural protege investimentos e minimiza a inadimplência, representando uma sólida proteção para a família do produtor rural”.

Desafios e grandes investimentos no campo

O ano de 2024 trouxe à tona discussões importantes sobre a gestão e o planejamento no agronegócio, com casos de Recuperação Judicial em algumas empresas de grãos e insumos. 

Essa situação, embora não seja catastrófica, acendeu um alerta para a necessidade de aprimorar as estratégias de proteção. José Luiz Rodrigues, corretor parceiro da Lojacorr e sócio da Agro BR – Assessoria em Seguro Rural, comenta sobre este panorama: “A desvalorização de algumas commodities, o aumento dos custos de produção, a quebra de safra em regiões afetadas por intempéries climáticas e a má gestão foram fatores determinantes para esse cenário. Não se trata de uma situação catastrófica, mas acendeu um alerta: é preciso melhorar a gestão, o planejamento e o gerenciamento das atividades no setor.”

Paralelamente, o agronegócio segue sua marcha de modernização. O acesso à tecnologia, a demanda por rastreabilidade e a crescente preocupação com a sustentabilidade na produção são eixos centrais. O Brasil se destaca como referência em energia limpa, e o potencial de se tornar um grande exportador de energia renovável, como o “hidrogênio verde”, é imenso.

Rodrigues também enfatiza o dinamismo e os vultosos investimentos previstos para o setor nos próximos meses, que demonstram a resiliência e a força do agro brasileiro: “Para quem se preocupou com a onda de pedidos de recuperação judicial em 2024, destaco alguns dos investimentos previstos no agronegócio nos próximos meses. Mato Grosso do Sul, além da já instalada Suzano Papel e Celulose em Ribas do Rio Pardo, receberá grandes investimentos. O Ceará abrigará a maior fábrica de hidrogênio verde do mundo, com previsão de investimento de R$ 17 bilhões.”

Esse cenário de desafios e oportunidades posiciona o Seguro Rural como uma ferramenta indispensável. O corretor de seguros, por sua vez, tem a missão de auxiliar produtores de todos os portes a acessarem o crédito em condições mais favoráveis e a protegerem seus empreendimentos contra os riscos inerentes à atividade, desde eventos climáticos extremos até a oscilação do mercado e outros imprevistos.