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Economia

Mercado segurador deve crescer 9,4% em 2023

De acordo com CNSeg, expansão maior é registrada nos ramos habitacional e capitalização

O seguro rural é uma das preocupações do setor e que impacta na redução das projeções.
O seguro rural é uma das preocupações do setor e que impacta na redução das projeções.

O mercado segurador comemora os bons resultados do ano, apesar de a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) ter revisado a estimativa de crescimento do setor até 2024 para um crescimento um pouco menor. Uma sondagem da entidade junto aos segmentos de seguros de Danos e Responsabilidades, Coberturas de Pessoas, Capitalização e Saúde Suplementar projeta crescimento de 9,4% em 2023, redução de 0,7 ponto percentual em relação à estimativa feita em dezembro de 2022, de 10,1%.

Para 2024, a projeção é de crescimento de 10,9%. De acordo com a entidade, a revisão nos números é devida ao corte no orçamento do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) e às adaptações nas expectativas de crescimento da Previdência Aberta.

Entenda o corte no Seguro Rural

A demanda do setor agrícola brasileiro era dispor de R$ 2 bilhões para o Seguro Rural. Porém, com cortes do governo federal para direcionar recursos ao fomento rural, o valor disponível poderá cobrir pouco mais de 5 milhões de hectares de plantio. A área descoberta preocupa produtores. O seguro é uma ferramenta que abre portas no sistema bancário para obter o crédito rural.

Para produtores rurais, a contratação do seguro deve ser feita antes do plantio, o que aumenta as dificuldades ligadas à próxima safra. Os recursos do seguro foram aprovados na Lei Orçamentária do ano passado como “não contingenciável”, o que significa que não poderia ser cortado. O total reduzido deverá ser coberto ainda em 2023, mas os tempos necessários para plantio é que preocupam. Outra preocupação se refere aos desastres naturais no Rio Grande do Sul, que agravam as previsões da nova safra.

Produtores rurais precisam prever os recursos para o seguro das plantações antes do plantio.

Previdência Aberta deve crescer 6%

Nos planos de Previdência Aberta, a arrecadação dos produtos de VGBL e PGBL deve avançar 6,1% em 2023. O número representa queda de 1,6 ponto percentual em relação à projeção anterior. De acordo com o presidente da CNSeg, Dyogo Oliveira, o segmento sofre com a dificuldade do brasileiro em poupar. “A captação líquida da poupança, que havia encerrado junho com resultado positivo (R$ 2,6 bilhões), voltou a apresentar resultado negativo em julho (-R$ 3,6 bilhões) e agosto (-R$ 10,1 bilhões), conforme dados do Banco Central”, diz Oliveira. 

Ele enfatiza ainda o alto nível de endividamento das famílias brasileiras. Conforme a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e SPC Brasil, as dívidas da população cresceram 7,2% em agosto em comparação com o mesmo mês de 2022. O problema atinge 66,8 milhões de brasileiros, ou 40,9% da população adulta. Cada consumidor deve, em média, R$ 4.108,89 em dívidas.

Seguro para veículos segue em projeção de alta no país.

Seguro automóvel em alta

De vento em popa, o seguro Automóvel tem projeção de alta de 18% para 2023. No acumulado do ano, os emplacamentos de automóveis cresceram 7,4%. Já a venda de usados e seminovos aumentou 5,9%. 

Engenharia e Patrimonial

Na revisão de números da CNSeg, o agregado dos Massificados, Grandes Riscos e os Riscos de Engenharia mantêm o ritmo de crescimento. O grupo Patrimonial deve fechar o ano com alta de 13,7%; o subgrupo Massificados, de 9,2%; os seguros de Grandes Riscos devem crescer 24% e os seguros de Risco de Engenharia podem avançar até 12% no ano.