Desde frota pesqueira até lanchas de passeio e grandes embarcações de transporte, o mercado náutico requer proteção e cresce no Brasil. Inclusive, na semana passada ocorreu o Congresso Internacional Náutica, em São Paulo, que tratou do turismo náutico. Além disso, mais de 150 lançamentos de embarcações ocorreram no São Paulo Boat Show, que terminou neste dia 26.
Da mesma forma, diversos outros eventos do setor estão sendo realizados. Entre eles: o Rio Boat Show, Marina Itajaí Boat Show e o maior da América Latina, o São Paulo Boat Show. No ano que vem já está marcado o Barco Show Bahia 2024.
A Associação Brasileira de Barcos e Seus Implementos (Acobar) projeta que este ano o mercado náutico alcance 120 mil postos de trabalhos no Brasil, diretos e indiretos. De acordo com dados da Associação Brasileira dos Construtores de Barcos e Seus Implementos (Acobar), atualmente cerca de 1 milhão de embarcações navegam em águas brasileiras. Barcos menores de até 26 pés são os preferidos dos brasileiros e ocupam 75% da frota nacional.
Seguro náutico
Com esse cenário, há uma necessidade de proteção para as embarcações, inclusive de recreio e prática esportiva, que estão entre as preferidas de Brasília e Florianópolis, por exemplo. Esse é o caso da MAPFRE Seguradora, que oferece proteção contra danos causados às estruturas das embarcações e a terceiros, além de outras coberturas adicionais disponíveis. Os riscos sofridos pelas embarcações vão desde naufrágio devido às ressacas e ciclones até problemas mecânicos que requerem manutenção periódica.
Carlos Eduardo Polizio, superintendente de Seguro Aeronáutico, Casco e Transporte da MAPFRE explica que a procura por esse tipo de seguro tem crescido nos últimos anos. Segundo ele, o motivo é devido ao potencial do mercado náutico brasileiro. “Isso se deve em parte ao aumento no número de novas embarcações no mercado, cujos valores costumam ser expressivos. Isso torna a proteção do patrimônio uma prioridade para os proprietários”.
A MAPFRE observa uma tendência de crescimento contínuo de seguros náuticos. O foco é crescente na prevenção de perdas por parte das estruturas das embarcações e na conscientização dos proprietários sobre a importância da manutenção preventiva e do treinamento das pessoas envolvidas na operação marítima.
Oportunidades de negócios
Como muitas embarcações no Brasil ainda não possuem apólices de seguro, há espaço para os corretores conquistarem novos clientes. A companhia atende a dois tipos de produtos diferentes: o “MAPFRE Náutico”, que cobre embarcações de lazer, como lanchas, iates e veleiros, e o “Casco Marítimo Comercial”, que engloba embarcações usadas para fins comerciais, como balsas, rebocadores, transporte de carga e passageiros, entre outras.
O superintendente explica que embora o seguro náutico seja adquirido o ano todo, as vendas costumam crescer nos meses que antecedem o verão. Isso porque as pessoas tendem a usar mais suas embarcações recreativas. Dessa forma, para oferecer uma consultoria eficaz, o corretor deve orientar seus clientes a realizar manutenção preventiva regularmente em suas embarcações. Além disso, devem manter a embarcação em conformidade com as autoridades marítimas e escolher um local adequado para armazená-la quando não estiver em uso.
Há também a questão tecnológica que pode mudar o cenário da cobertura deste produto no futuro breve. “Estão surgindo novas tecnologias voltadas para a prevenção de perdas e a simplificação operacional das embarcações. Isso pode impactar positivamente o cenário da cobertura de seguro náutico no futuro”, finaliza.
