Mesmo que o seguro auto seja popular entre corretores e seguradoras, existem algumas dicas importantes para efetivar vendas em meio ao cenário econômico atual. Primeiramente, é importante destacar que o produto passou por desafios no ano passado com o aumento do valor dos carros novos, juros altos e inflação. Contudo, a parcela da população que possui veículos mais caros conseguiu manter as renovações das apólices. Entretanto, esse não foi um privilégio de todos. Muitas renovações deixaram de ser efetivadas devido à crise econômica e alta dos preços.
Por outro lado, o cenário começa a mudar. Com o crescimento da economia, ainda que em passos pequenos, já é possível perceber reações positivas do mercado. Enquanto o Governo Federal reduz os impostos do carro zero, a população reage efetivando a compra e, por sua vez, o mercado do seguro auto também já começa a sentir os reflexos.
Importante frisar que a MP no. 1.175 foi publicada no último dia 6 de junho, na qual o Governo Federal oferece descontos patrocinados, que variam conforme preço, eficiência energética e maior índice de nacionalização de peças dos automóveis e comerciais leves.
Orientações sobre Seguro Auto
Marcia Radavelli, diretora Regional Comercial SP Interior da Zurich Seguros, atualmente cerca de 30% da frota está segurada. Ao mesmo tempo, as companhias estão buscando formas de ampliar esse números que vem passando por certa estagnação. “Para oportunizar esse crescimento, o corretor e as seguradoras precisam realizar um trabalho de mudar um pouco o perfil dos clientes, oferecendo produtos mais baratos ou parciais para aqueles carros com menor valor ou mais antigos, para que se possa iniciar a cultura do seguro nesse público, além de ampliar a base segurada”, diz.
Mario Henrique Cavalcante, diretor adjunto de Auto e Residência na Liberty Seguros, concorda com Márcia. Para ele o importante é não perder a oportunidade de venda e proteção. “Caso o cliente não possa pagar pelo seguro completo, o corretor deve oferecer a cobertura parcial, mais simplificada para criar essa experiência no cliente. É possível inclusive iniciar com RCF, que é a Responsabilidade Civil Facultativa (RCF), mais conhecida pelo segurado como seguro contra danos causados a um terceiros”, explica.
Já Eduardo Menezes, superintendente Executivo da Bradesco Auto, diz que para atender bem e ser assertivo de acordo com o perfil do cliente, é preciso fomentar a capacitação. Segundo ele, hoje todas as companhias oferecem treinamento e informação para capacitar o corretor nos mais diversos produtos e peculiaridades das coberturas. Outra dica dele é que o corretor precisa gostar de pessoas para lidar com pessoas, pois tão importante quanto a venda é o pós venda. “Vender o que todo mundo vende é básico. O corretor precisa explorar mais as informações que possui do segurado para olhar para o cliente e oferecer aquilo que ele acha que é o melhor, mas sim o que o cliente realmente precisa. O pós- venda hoje é responsável por 70% da fidelização do cliente”, diz.