O setor aeronáutico brasileiro vive um momento de forte expansão, com crescimento da frota, maior movimentação nos aeroportos e maior capilaridade da aviação geral em regiões fora dos grandes centros urbanos.
De acordo com o Centro de Gerenciamento de Navegação Aérea (CGNA), só em junho deste ano foram registradas 49.513 operações da aviação geral – que inclui voos executivos, particulares e táxi aéreo – um aumento de 6,6% em relação a 2024. O crescimento é ainda mais evidente em aeroportos regionais: Maceió (AL) teve um salto de 48,3% nas operações, enquanto Porto Seguro (BA) cresceu 15,1%.
Esse cenário abre espaço para novas oportunidades no mercado de seguros aeronáuticos, e a EZZE Seguros, atenta a essa dinâmica, vem ampliando sua atuação estratégica para atender à crescente demanda.
Desde que passou a operar no ramo, em outubro de 2024, a EZZE já acumulou resultados expressivos: foram R$ 15,7 milhões em prêmios emitidos nos primeiros três meses e, em 2025, esse valor já ultrapassa R$ 40 milhões. A seguradora atua em todos os ramos do seguro aeronáutico, com exceção do RETA – Seguro de Responsabilidade do Explorador ou Transportador Aéreo, que é obrigatório por lei.
“Há espaço para a entrada de novas seguradoras no segmento de aviação, o que contribuiria para atender a uma demanda crescente e, muitas vezes, reprimida por parte dos clientes”, avalia Mary Helen de Conti, superintendente de Seguro de Aviação da EZZE Seguros.
A executiva destaca que, na EZZE, a contratação do seguro casco está atrelada à cobertura de Responsabilidade Civil. “Adotamos essa conduta por entendermos que é essencial garantir não apenas a proteção da aeronave, mas também a segurança de terceiros potencialmente impactados.”
Além do seguro de aeronaves, a EZZE oferece soluções voltadas a operações em hangares e ambientes aeroportuários, abrangendo desde colisões e incêndios até incidentes com bagagens, catering e circulação de veículos nas áreas operacionais. Também há cobertura para danos pessoais a passageiros e tripulantes, inclusive em voos de teste realizados por organizações de manutenção.
“Clientes que mantêm uma cultura de treinamentos podem receber incentivos, com até 10% de desconto no prêmio do seguro. Medidas como essas fortalecem a cultura de segurança e ajudam a consolidar um mercado mais consciente e sustentável”, destaca Mary Helen.
O portfólio da companhia atende aeronaves de diferentes perfis, incluindo aviões agrícolas, táxis aéreos, jatos executivos e modelos de uso particular, com valores de até US$ 5 milhões. “Estamos contentes com o caminho percorrido e queremos seguir aperfeiçoando a experiência do corretor e intensificar a proposta de gerenciamento de risco para construir um portfólio sustentável”, afirma Gabriel Bugallo, vice-presidente Comercial e Técnico da EZZE.
De olho em ainda mais agilidade e capilaridade, a seguradora planeja lançar ainda em 2025 uma plataforma digital para cotação online de seguros aeronáuticos e aeroportuários. “O foco é ampliar o atendimento e a atuação na aviação geral”, anuncia Mary Helen.
De acordo com o CEO da companhia, Richard Vinhosa, “hoje é realizado o atendimento desde aviões à pistão até modelos com valor em torno de US$5 milhões. São aeronaves agrícolas, jatos executivos, táxis aéreos e particulares, aviões que fazem serviços aéreos especializados e/ou compartilhados.”
Apesar de não haver uma relação direta entre o crescimento da frota e o aumento de acidentes, a intensificação das operações reforça a necessidade de uma proteção mais abrangente. Em 2024, foram 175 acidentes aéreos registrados no Brasil. Nos quatro primeiros meses de 2025, 64 ocorrências já foram computadas.
Com mais de 10.830 aeronaves ativas e 982,6 mil operações aéreas registradas nos 100 principais aeroportos do país apenas neste ano, o seguro aeronáutico se consolida como uma ferramenta essencial para o desenvolvimento seguro e sustentável da aviação brasileira.
Especialista na Lojacorr
Durante 12 anos – até 2017 – a corretora de seguros Ana de Albuquerque focou sua carreira e seus negócios no seguro aeronáutico. A atuação no segmento começou antes mesmo de ingressar na Lojacorr, da qual faz parte pela Unidade Florianópolis. Em 2018 ela decidiu diversificar sua carteira, investindo em outros ramos diferentes também, por perceber menos concorrência e melhor retorno na atuação especializada.
“Quando iniciei minha carreira como corretora de seguros me apaixonei pelo ramo aeronáutico, e este se tornou meu foco. Poucos corretores atuam no segmento que é bastante específico. Não gosto de vender produto de prateleira, que todos os corretores têm a oferecer. O seguro aeronáutico é diferente do automóvel, do residencial ou outro de balcão de varejo, pois exige muita dedicação para aprender a vender, para entrar no meio aeronáutico e saber conversar sobre os riscos desta área”, afirma Ana de Albuquerque.
“É uma venda que considero prazerosa, pois agrega conhecimento. Não falamos de seguros, propriamente ditos, mas de negócios para prevenção de riscos. Quem é proprietário de uma aeronave, ou táxi aéreo, mesmo que seja de órgãos públicos como Samu, corpo de bombeiros ou polícia, entende o risco de forma diferente. Não é como seguro automóvel que o cliente nem percebe a necessidade, no aéreo a pessoa entende a importância pois vive aquele mundo. Eu adoro, gosto de atender os sinistros de aéreo, que são um pouco mais demorados, faço visitas in loco quando acontece acidentes, e fiz meu nome neste segmento. Por isso acho importante o corretor de seguros ter uma especialidade”. A especialização garantiu a Ana também a atuação como professora da Escola Nacional de Seguros na matéria seguro aeronáutico.
Ainda mantendo a atuação neste ramo diferente, agora a corretora de seguros busca aprender sobre outros segmentos, também menos disputados. “Estou mudando um pouco o meu foco porque o mercado mudou e vejo oportunidades em outras modalidades. Agora estou investindo também em seguros de vida, estou pegando forte no vida em grupo, e ampliando a atuação em consórcios e financiamentos”, diz. Em sua visão, “os seguros de varejo vão continuar existindo, mas as startups e as grandes empresas de varejo vão abocanhar este mercado massificado”. “Por isso defendo a importância de se especializar nessas outras áreas que dão retorno financeiro bem interessante”.
Ela reconhece, nesta nova fase, os benefícios de fazer parte da Lojacorr. “No ramo aeronáutico comecei antes de fazer parte da Lojacorr, fui atrás de especialização e abri todos os meus caminhos, hoje lido com os profissionais desta área diretamente. Agora, nos outros ramos, precisarei muito da influência da Lojacorr para me desenvolver. Em consórcios e financiamento, conto com a expertise e as parcerias da rede, bem como quero participar de cursos Treinacorr”.