Muitas pessoas ainda não sabem que adquirir seguro de vida não é somente pensando no próximo (familiares beneficiados). Nem apenas para futuros diagnósticos de doenças graves, ou ainda para invalidez e incapacidade para o trabalho. Também é possível fazer apólice para doenças preexistentes declaradas na contratação, incluindo o câncer de mama.
Portanto, pessoas já com histórico de doenças podem ter o seguro. “Não é somente os familiares que podem ser beneficiados. O seguro pode ser usado pelo próprio contratante. Apesar de muita gente achar que com doença preexistente não é possível fazer seguro de vida, ter a doença de conhecimento do contratante, em regra, não impede a contratação”, explica Antonio Carlos Fois, diretor Regional Centro Sudeste da Lojacorr.
Ele também explica que o que conta, realmente, é que o contratante não omita a informação na hora de contratar. “Quando o contratante for preencher o formulário é indispensável que ele seja honesto e declare doenças que já possui diagnosticadas. Ele não deve omitir a preexistência da doença para que na hora da seguradora aprovar, ele não seja comprometido pela cobertura”, ressalta.
Campanhas e o papel do seguro de vida
De modo geral, de uns anos para cá, contratar seguro de vida parou de ser considerado item de luxo. Passou a ser sinônimo de segurança, planejamento e cuidado. Isso porque a maioria das pessoas o contratam em busca de garantir tranquilidade e benefício, principalmente aos entes queridos após sua morte. Dados da Lojacorr mostram um crescimento de mais de 23% dos seguros de vida individual contratados em todas as regiões do país de janeiro a setembro deste ano. Isso se comparado ao mesmo período de 2022. As regiões norte e nordeste foram a de maior destaque, crescendo quase 34%.
A campanha Outubro Rosa – Mês de Conscientização Sobre o Câncer de Mama, reforça um movimento internacional de conscientização para o controle dessa doença, despertando alerta em mulheres com autoexame e a prevenção. A incidência desse câncer é o segundo maior do mundo e, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), projetam-se 74 mil casos por ano até 2025 no país. Esses dados e a constante preocupação da mulher com a própria saúde refletem ainda mais a importância da população ter o seguro de vida.
Produtos específicos
Hoje o mercado segurador já está focado nesse nicho. A MAG Seguros, por exemplo, possui um produto específico e conta com a linha WinSocial, que agora faz parte do Pilar Bem-Estar da empresa. Reúne seguros de vida especialmente pensados para pessoas com condições crônicas de saúde, como diabetes, hipertensão, obesidade, doenças cardíacas/cardiovasculares, HIV, câncer de mama e câncer de próstata. Essas são condições responsáveis por uma grande parcela das mortes no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Para Thiago Levy, consultor Comercial da MAG Seguros, é um produto mais democrático e inclusivo. “O movimento planeja democratizar ainda mais o acesso a seguros para pessoas comumente penalizadas pelas seguradoras do mercado, como portadores de diabetes e hipertensão. Com a inclusão dessas pessoas no mercado de seguros de vida, a MAG busca oferecer proteção para essas pessoas que convivem com essas condições de saúde e ajudar a promover a longevidade financeira de seus clientes e das suas famílias”, explica.
Cenário nacional
A necessidade de produtos voltados à doenças preexistentes vem da própria realidade do país. Segundo dados da Vigital 2021, pertencente a Vigilância de Fatores de Risco para doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) do Ministério da Saúde e da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS/2019) do Instituto Nacional de Câncer (INCA), somente os casos de câncer de mama, há uma estimativa de 70 mil novos casos com aproximadamente 18 mil mortes por ano. Já o câncer de próstata, os dados mostram que também há uma estimativa de 70 mil novos casos por ano, com cerca de 16 mil mortes anuais.
Além disso, o Brasil possui ainda 8% da população com diabetes, aproximadamente 15 milhões de pessoas. Cerca de 20% da população adulta tem hipertensão, cerca de 40 milhões de hipertensos no país. Mais de 45 milhões de pessoas têm obesidade, equivalente a 22% da população brasileira. Ainda de acordo com o INCA, são mais de 8 milhões de brasileiros adultos, ou 5% da população referente a esse recorte (+18 anos) com doenças cardíacas/cardiovasculares e aproximadamente 1 milhão de pessoas convivendo com HIV.
Por fim, Levy explica ainda que para contratar o seguro de vida da WinSocial, a pessoa precisa fazer uma simulação e responder um questionário sobre saúde e hábitos de vida. “Com objetivo de entender qual deve ser o valor contribuído. Feito isso, a pessoa define suas necessidades e fica ciente do preço final a ser pago, o que também varia conforme a cobertura escolhida”, finaliza.