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Entrevista

A mente por trás do CQCS

Conversamos com exclusividade com Gustavo Roberto Vieira Doria Filho, idealizador e fundador do CQCS (Centro de Qualificação do Corretor de Seguros), portal que hoje oferece muitos serviços ao setor de seguros.

O empreendedor Gustavo Roberto Vieira Doria Filho
O empreendedor Gustavo Roberto Vieira Doria Filho

Ela conta sobre a trajetória de sucesso à frente do CQCS – cqcs.com.br – e também de sua família. Confira!

Perfil
Gustavo Roberto Vieira Doria Filho, diretor Executivo do CQCS

gustavo@cqcs.com.br
Há mais de 20 anos atuando no mercado de seguros, Gustavo iniciou a sua carreira gerindo uma corretora cativa de banco, depois assumiu o cargo de diretor Regional da Iochpe Seguradora e iniciou os seus estudos em resseguros, vindo a se tornar o 1º especialista em resseguro saúde no País e expandindo seus conhecimentos para as modalidades de riscos de petróleo e garantias, através de diversos cursos e treinamentos no mercado londrino e americano.
Foi idealizador, fundador e principal executivo da Clickseguros, a primeira ferramenta de multicálculo de seguros de automóveis para o corretor.

Fundador do CQCS, sua trajetória se mistura à do portal, conforme abaixo.

História do CQCS

O CQCS – Centro de Qualificação do Corretor de Seguros – nasceu junto com a sua mantenedora Essenius Assessoria Estratégica em Web, www.essenius.com.br, no ano de 2001.

Após ter saído do seu 1º projeto na Internet, o Clickseguros, Gustavo Roberto Vieira Doria Filho resolveu não retornar à sua atividade de corretor de seguros e resseguros, decidindo manter-se ativo no ambiente de internet, acreditando que a internet e a indústria do seguro teriam uma longa estrada juntos.

Percebendo que o mercado de seguros encontrava muitas dificuldades de comunicação, interna e externa, resolveu criar a Essenius Assessoria Estratégica em Web, focada e servir de facilitadora das ações de empresas e pessoas, não necessariamente oriundas do segmento securitário, com a utilização da Internet como ferramenta de relacionamento com seus clientes e como agente importante de exercício de identidade de marca. 

Gustavo percebeu que o grande lance seria criar espaços de encontro na Internet, para que as pessoas pudessem compartilhar conhecimento e interagir em busca de uma melhora nas suas realidades, e resolveu chamá-los de Comunidades Essenius.

Definido o foco da Essenius, faltava ter um laboratório de experimentos para desenvolver serviços e demonstrar competência para que os clientes confiassem nesta nova empresa.

E na falta de um ambiente que servisse de modelo para seguir, Gustavo decidiu desenvolver a 1ª Comunidade Essenius e resolveu que o faria do modo mais difícil.

Depois de ter um case de sucesso, o Clickseguros, que contou com milhões de dólares de investimento, uma excelente verba de marketing e ações de impacto na indústria do seguro, que deram uma grande exposição da marca, agora começaria uma ação com nome não obvio, sem nenhum centavo de verba de divulgação, movimentada por exclusivamente por marketing viral e focada no corretor de seguros, que daria, na visão da Essenius, o conteúdo necessário para fazer a 1ª Comunidade de Profissionais de Seguros do Brasil. Parece que deu certo.

O modelo de negócio é focado em estimular a participação do usuário e vender para os interessados a possibilidade de se relacionar com esta comunidade, utilizando diversas ferramentas para o devido fortalecimento da marca das empresas mantenedoras.

Notícias, e-mails marketing, palestras, ações de responsabilidade social e seminários são algumas das diversas opções de utilização deste canal de comunicação.

O CQCS é considerado atualmente uma das opções mais importantes para o exercício de identidade da marca para as empresas que tem interesse no mercado brasileiro de seguros.

Equipe CQCS


Entrevista

Portal Corretora do Futuro – Foram muitos desafios em sua trajetória profissional até você chegar no mercado de seguros?

Gustavo Roberto Vieira Doria Filho – Comecei minha carreira no Banco Econômico, banco baiano que é o sexto maior da América Latina. Fui um bancário normal, até chegar à área de seguros, para cuidar das vendas da Regional Bahia, em 1986. Fui trabalhar na corretora do Banco Econômico, comecei na Filial Bahia cuidando da área de vendas, depois fui para a Filial Rio de Janeiro, onde fui superintendente regional e cuidei de cinco estados – Rio, Minas, Espírito Santo, Goiás e Brasília – e cuidava de todas as áreas: seguros, grandes riscos, massificados, vendas. Em 1989 foi meu último ano lá, e comecei na Iochpe Seguradora, convidado por Fernando Faria, e foi uma passagem muito interessante porque eu ganhei de presente o Plano Collor. Comecei no dia 1º de março, no dia 15 de março (um dia depois do meu aniversário) todo o dinheiro do Brasil sumiu. As seguradoras não tinham R$ 50 na conta para poder pagar sinistros.

Em 1991 saí da Iochpe e fui montar minha própria corretora de seguros, que era uma corretora independente, com uma visão muito técnica de fazer gerenciamento de riscos para pequenas e médias empresas. Foi muito difícil sobreviver, eu fiquei de 1991 a 1992, não estava dando, e em 1992 voltei para pedir emprego. Fomos montar uma seguradora chamada Maxmed para trabalhar na área de benefícios. Estabeleci o ramo de seguros nesta companhia nova, que era a junção de duas empresas de medicina de grupo, a partir deste momento eu fiz a minha primeira capacitação em resseguro.

Fui convidado para fazer um treinamento em Londres, me tornei o primeiro especialista no Brasil em resseguro saúde, depois fiz outras especializações em Nova Iorque, Connecticut e Nova Jersey. Voltei, me demiti para atuar como terceirizado, depois montei minha corretora e me tornei referência em seguro saúde, com cursos no exterior. Neste mesmo período fiz um estágio sobre concessões. E minha corretora começou a pegar corpo e pujança.

Só que em 1999 resolvi cair na internet. Foi o plano de negócios do Clickseguros, consegui uma boa grana em 2000, em 2001 tive uma ruptura e tomaram meu negócio e aí 15 dias depois eu criava a grande praça para o mercado de seguros se conectar, e essa praça é o nosso CQCS, que hoje é a maior comunidade de profissionais de seguros do mundo, com mais de 115 mil inscritos, quase 20 mil participantes ativos, nós atendemos a 44 marcas, e desde 2017 nos tornamos o principal hub de inovação da América Latina, com dois programas. O primeiro é o de levar brasileiros para o ITC, que é esse evento global, e o outro é o nosso evento CQCS Insurtech & Inovação, lançado em 2018 e hoje é o maior evento da América Latina, o segundo maior do mundo.

PCF – Então o CQCS nasceu como um centro de qualificação do corretor mesmo, não era um site de notícias.

GRVDF – Na verdade, ele não é um site de notícias, as pessoas se enganam com isso. Pode ser também um site de notícias, mas o CQCS é uma comunidade, como se fosse um Facebook dos seguros. Tem relacionamentos, soluções de problemas, debates. É um modelo único, não tem nenhum igual no mundo. O foco no corretor integralmente foi até 2015, a partir daí começamos a trabalhar o ecossistema de seguros como um todo. Claro que o corretor é uma prioridade e é a maioria dos nossos participantes, mas nós temos hoje uma preocupação muito grande em ser um hub para todo o mercado.

PCF – E falando mais sobre o evento CQCS Insurtech & Inovação, como foi esse ousado desafio e que deu tanto certo?

GRVDF – Foi realmente um desafio ousado. O primeiro evento aconteceu em um local de casamentos, o Villa Blue Tree, em São Paulo, evento para 500 pessoas e eu senti que tinha um apetite da indústria para as pessoas se encontrarem para falar de inovação. Dentro do modelo do ITC: de manhã os painéis principais e à tarde as trilhas de negócios. No segundo ano, 2019, fizemos evento para mil pessoas e reunimos 1.200. Mas aí veio a pandemia então fomos obrigados a paralisar. Quando passou, o primeiro evento presencial do mercado foi o CQCS Insurtech & Inovação em 2022, em que planejamos para 1.500 pessoas e reunimos 1.800, em 2023 era para 2 mil pessoas e tivemos 2.500. O nome no primeiro ano era CQCS Insurtech & Inovação, depois mudamos para CQCS Insurtech & Innovation, já que era internacional reunindo América Latina, mas para 2024 resolvi acabar com essa anglicização e volta a ser CQCS Insurtech & Inovação, focado no Brasil. As pessoas da América Latina não viajam para eventos da América Latina, de fora vêm apenas os convidados, que são os keynote speakers e representantes das empresas que querem fazer negócios no Brasil.

PCF – E como foi também levar o público daqui do Brasil para os Estados Unidos, no outro evento?

GRVDF – Foi muito interessante, muito bom, criou uma rede de networking unida. Mas hoje o evento está grande demais, estamos pensando se vale a pena seguir essa parceria com o ITC, ou se vamos ver outros um pouco menores onde poderemos ter mais interação e beber mais de conteúdos. Quando começamos no ITC era um evento para 3 mil pessoas, este ano agora foi para 10 mil. Fica grande demais, é legal conhecer, ver, mas para agregar conteúdo é melhor evento para até 5 mil pessoas, é o ideal. Estou buscando novas parcerias neste sentido.

PCF – Falando em inovação, esse é seu sobrenome, você construiu algo inovador, e continua. Vocês têm algum projeto novo em andamento?

GRVDF – Temos um projeto que é o CQCS Conhecimento, que aí sim é um centro de capacitação digital, para fazer projetos in company. É um projeto, ainda não foi concretizado porque estamos crescendo muito tanto no portal quanto nos eventos, não dá pra crescer mais do que damos conta, eu só sei trabalhar com qualidade.

Com seu atual sócio, Pedro London

PCF – Falando um pouco da sua vida pessoal: como foi sua infância? Você sempre sonhou grande?

GRVDF – Eu não tinha tanta preocupação com isso. Minha infância e adolescência foram em Salvador, eu gostava muito de pegar ondas, ir para praia, nunca fui muito bom aluno, não estava preocupado em ter grandes sonhos. Eu queria viajar o mundo, pegar onda, namorar mulher bonita. Tive uma infância e adolescência típica dos jovens dos anos 80.

PCF – Então você não planejou este crescimento, foi abraçando as oportunidades conforme se apresentavam?

GRVDF – Depois que eu comecei a trabalhar foi que eu fiquei ambicioso, quando era jovem não. Quando comecei a trabalhar descobri no trabalho um grande prazer. Porque eu nunca fui bom de bola, eu nunca fui bom de surfe e no trabalho eu descobri que eu podia ser bom, que eu podia me destacar. Eu adorei me destacar. Adorei liderar. Adorei ganhar grana pelo que eu faço. Aí sim, quando montamos o Clickseguros eu queria ser uma liderança do mercado de seguros.

Desde que eu entrei em seguros eu comecei a sonhar grande, sempre olhei para frente. Por exemplo, em 1991 eu peguei uma mochila, um passe de trem, e fui lá para a Europa para visitar o mercado de resseguro pensando que ia abrir em 1992, mas só abriu em 2008. Eu sempre estive à frente do tempo. Quando montei o CQCS em 2001 como comunidade digital, não existia comunidade assim nem no Vale do Silício, veio três anos depois. Hoje o CQCS já está estabelecido, mas no começo eu passei dois anos sem ganhar dinheiro, só apanhando.

PCF – Falando um pouco da tua vida pessoal: você é casado? Tem filhos? Mora na Bahia?

GRVDF – Sou casado com Maria, pai de Lara, de 20 anos, e de João, de 18. Lara estuda nos Estados Unidos, em Austin, no Texas, e João acabou de entrar na faculdade de Administração de Empresas. Moro na Bahia, tenho um puxadinho no Rio.

PCF – Você tem uma qualidade de vida privilegiada, não é? O que você e sua família fazem na área nas horas de lazer?

GRVDF – Somos uma família normal, gostamos de nos divertir, muito simples. Sou um cara de havaianas. Gosto de ir à praia, comer bem, namorar, dançar. Sou da tribo de gente que gosta de gente. Não tenho muita preocupação.

PCF – Você tem alguma religião espiritualidade, alguma crença?

GRVDF – Várias. Eu sou flex. Sou criado na igreja católica, aí dei um upgrade para cristão, de cristão me interessei pelo candomblé, depois me encantei pelo judaísmo, suas cabalas, depois me encontrei na força do budismo. Eu penso que as religiões são trilhas de uma mesma montanha, no final vão te levar para o mesmo lugar. Eu creio em tudo. Especialmente no xamanismo e na força da floresta, na medicina da floresta.

PCF – Você prefere TV ou livro? Se você puder indicar algum filme ou livro que te marcou.

GRVDF – Recomendo muito um livro chamado Os Inovadores e para quem for empreender agora e quer saber como eram os anos 1990 assistir ao filme do BlackBerry.

PCF – Qual a maior realização que você já teve na vida profissional e pessoal?

GRVDF – Ser pai. A segunda maior construir uma família. E ter o privilégio de pilotar o CQCS, porque isso aí é sensacional. CQCS é tudo de bom e mais um pouco.

PCF – E quais os planos para o futuro em trabalho e na vida pessoal?

GRVDF – Estou na fase moonwalk do Michael Jackson, todo mundo acha que eu estou indo pra frente, mas eu estou tirando meu time de campo. Tenho hoje meu sócio para pilotar nossos negócios, que é o Pedro London, um cara brilhante, maravilhoso, super capacitado, que a cada dia que passa vai tomando conta de mais um pedaço do nosso negócio. Eu quero hoje ser mais o cara que inspira do que transpira.

E na vida pessoal viajar, comer bem, não fazer nada, ter uma vida simples, não deixar que o sucesso pessoal e financeiro estraguem o ser humano simples e fácil que eu sou.

PCF – Alguma mensagem final para os leitores?

GRVDF – Seguro é a melhor coisa que existe no mundo. O seguro é uma possibilidade de cuidar das pessoas, seus sonhos e suas conquistas. Vamos caprichar para proteger mais gente, vamos ampliar nossas bases e vender seguro para mais pessoas, ajudar a modelar novos produtos de seguros. E, pelo amor de Deus, sai da caixinha.

Família hoje