Definir metas financeiras, elaborar um orçamento, economizar, investir e proteger seu patrimônio. Essas são as regras de ouro para quem deseja fazer um bom planejamento financeiro. E um bom corretor pode ajudar o cliente a fazer tudo isso – e ainda usar o seguro como investimento e colchão de segurança.
Planejar as finanças não tem a ver apenas com dinheiro. De acordo com especialistas, esse bom hábito está intimamente ligado até mesmo à saúde mental das pessoas. O especialista em inteligência financeira e sócio da plataforma SuperRico Gustavo Cerbasi, por exemplo, acredita que se trata de “um trabalho preventivo de saúde mental, aumentando o grau de tranquilidade, de confiança e de previsibilidade das pessoas. Assim, elas se tornam mais tranquilas e isso se reflete em todos os aspectos da vida”.
Quando o corretor percebe que seu cliente necessita de orientação financeira, em primeiro lugar, é preciso ajudar a pessoa a fazer um raio-x de sua situação atual. Só assim será possível sonhar alto. Afinal, comprar uma casa, pagar a educação dos filhos, se aposentar confortavelmente e fazer as viagens dos sonhos só são alcançados com muito esforço e determinação. Então, o primeiro passo é definir as metas de forma clara:
As principais metas financeiras de pessoas ou famílias podem incluir:
- Poupar para a aposentadoria: determinar quando deseja se aposentar e quanto precisa economizar para manter seu padrão de vida no futuro.
- Educação dos filhos: calcular os custos da educação dos filhos até a faculdade e economizar num fundo específico para isso.
- Casa própria: definir o valor possível para dar uma entrada e quanto se pode gastar mensalmente com parcelas de financiamento.
- Sem dívidas: estabelecer um plano para pagar dívidas de cartão de crédito ou outros passivos.
- Manter um fundo de emergência: reservar dinheiro para cobrir despesas inesperadas, como despesas médicas.
- Viagens e lazer: planejar as férias com antecedência, definindo metas para economizar dinheiro para essas experiências.
Com as metas claramente definidas, é hora de elaborar um orçamento realista. Veja alguns pontos que devem ser contemplados:
- Registre suas despesas: acompanhe todos os gastos, desde contas mensais fixas até pequenas compras. Nada pode passar em branco.
- Categorize suas despesas: divida em categorias como moradia, alimentação, transporte, lazer e dívidas.
- Compare receitas e despesas: garanta que elas não excedam sua renda. Se isso acontecer, faça ajustes para economizar mais ou gastar menos.
- Estabeleça limites de gastos: defina limites mensais para cada categoria de despesas.
- Priorize suas metas financeiras: aloque parte de sua renda para suas metas, como economizar para a aposentadoria ou pagar dívidas.
E agora, como economizar?
A virada é quando a pessoa assume o controle de sua vida financeira e consegue poupar dinheiro. Economizar é uma parte essencial do planejamento financeiro, ou seja: gastar menos do que se ganha. Veja alguns pontos necessários para a criação de poupança:
- Pague-se primeiro: defina uma porcentagem de sua renda que será automaticamente direcionada para uma conta de poupança assim que receber seu salário.
- Reduza gastos supérfluos: analise suas despesas e identifique áreas onde você pode economizar, como cortar assinaturas desnecessárias ou refeições fora de casa.
- Crie um fundo de emergência: tenha uma reserva de emergência equivalente a no mínimo três meses de despesas para lidar com situações inesperadas.
- Automatize suas economias: configure transferências automáticas para sua conta de poupança para que você não precise se lembrar de economizar.
- Aproveite ofertas e descontos: esteja atento a promoções e descontos ao fazer compras, seja online ou em lojas físicas.
Ferramentas te dão uma mãozinha
Use a tecnologia a seu favor! Alguns aplicativos bem avaliados para a gestão financeira são:
- Spendee
- Monefy
- Minhas Economias
- Orçamento Fácil
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Como investir em um seguro?
A proteção de seu patrimônio é uma parte essencial do planejamento financeiro. Para a diretora financeira da Lojacorr, Ludmilla Concon, os seguros estão intimamente ligados à saúde financeira. “Se uma pessoa possui um seguro de automóvel, por exemplo, dificilmente será surpreendida num momento de sinistro, pois a seguradora irá arcar com as despesas do conserto”, ela pontua. “O mesmo vale para o seguro saúde. Quando a pessoa não possui seguro saúde e entra numa situação de emergência em que o SUS apresente lentidão no atendimento, muitos acabam se endividando para pagar o atendimento na rede privada, o que não acontece se tiver um plano de saúde”, explica.
É importante escolher com critério o tipo e nível de seguro adequado às necessidades do cliente. Por fim, um seguro que chama cada vez mais atenção do brasileiro é a previdência privada. Corretor, você sabe como oferecer adequadamente esse produto?
Entenda a previdência privada
Quando falamos em previdência privada, é preciso entender que esse investimento é indicado para o longo prazo, pois só se torna interessante após muitos anos de aporte. A ideia é garantir renda mensal ao consumidor quando chegar o momento de se aposentar, como única renda ou complemento.
Conforme definição da Susep, que regula os planos de previdência, eles devem ser adquiridos de sociedades seguradoras ou entidades abertas de previdência complementar. Quem recebe o dinheiro pode ser o próprio participante do plano (coberturas por sobrevivência ou de invalidez) ou seus beneficiários (coberturas de morte). E não apenas pessoas físicas, mas também empresas, de todos os portes, inclusive micro e pequenas, podem se beneficiar.
Como funciona?
Na chamada “fase de acúmulo”, o cliente deposita uma quantia estabelecida mensalmente para a capitalização do recurso. Depois, no “período da renda”, a pessoa ou empresa recebe os valores investidos na fase anterior.
Os planos vendidos por seguradoras podem ser VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) ou PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre). O VGBL é considerado ideal para pessoas que fazem a declaração simplificada de Imposto de Renda, para profissionais liberais e/ou para quem já contribuiu com mais de 12%, pelo fato de não ser dedutível do imposto de renda. Cerca de 67% do montante total investido pelos brasileiros em previdência privada está nesse formato. Já o PGBL é ideal para quem faz a declaração completa de imposto de renda. Isso porque é dedutível em até 12% da base tributável do IR.
Pela dificuldade histórica do brasileito em poupar, o seguro de previdência privada tem sido um ótimo aliado na hora de planejar a renda para a aposentadoria. Os benefícios são diversos:
- Disciplina para economizar: ao investir em um seguro de previdência privada, você se compromete a fazer contribuições regulares. Essa disciplina financeira ajuda a criar uma poupança ao longo do tempo, garantindo que a pessoa economize consistentemente para a aposentadoria.
- Benefícios fiscais: ao realizar o resgate do saldo da previdência privada, é retido um valor de 15% de Imposto de Renda na fonte. No entanto, é importante destacar que esse imposto pode ser abatido ou compensado na declaração.
- Opções de Investimento: os planos de previdência privada geralmente oferecem diversas opções de investimento, que podem incluir fundos mútuos, ações, títulos e outros ativos. Isso permite que você diversifique seu portfólio de investimentos de acordo com seu perfil de risco e objetivos financeiros.
- Aposentadoria Programada: os planos de previdência privada podem ser configurados para fornecer uma renda programada durante a aposentadoria. Isso significa que você pode receber pagamentos regulares, mensais ou anuais, o que ajuda a manter sua renda estável na aposentadoria.
- Flexibilidade: a maioria dos planos de previdência privada oferece alguma flexibilidade em termos de contribuições e retiradas. Isso permite que você adapte seu plano de acordo com suas necessidades financeiras ao longo do tempo. Você pode aumentar ou diminuir as contribuições, fazer retiradas programadas ou adiantadas, dependendo das circunstâncias.
- Proteção até o fim da vida: Com o aumento da expectativa de vida, a possibilidade de esgotar suas economias durante a aposentadoria é uma preocupação. Os planos de previdência privada podem garantir que você não fique sem recursos, fornecendo uma renda vitalícia ou até mesmo uma opção de seguro que paga benefícios aos herdeiros.
- Herança e Sucessão: Os planos de previdência privada podem ser usados para planejar a transferência de riqueza para seus herdeiros de forma eficiente e com benefícios fiscais. Isso é particularmente importante se você deseja deixar um legado financeiro para sua família.
- Proteção contra Credores: o dinheiro investido em planos de previdência privada pode ser protegido de credores em casos de falência ou ações legais, em alguns casos.
- Rendimentos Potencialmente Superiores: Os planos de previdência privada geralmente oferecem a oportunidade de obter rendimentos superiores em comparação com investimentos tradicionais de baixo risco, como contas de poupança. Isso pode acelerar o crescimento de seu patrimônio ao longo do tempo.
- Planejamento Financeiro: o seguro de previdência privada pode ser integrado a um plano financeiro abrangente, ajudando a atender suas metas financeiras de longo prazo, como aposentadoria, educação dos filhos e compra de imóveis.
O corretor de seguros pode ser o aliado ideal para pessoas ou famílias começarem um bom método para poupar para o futuro, com base em suas necessidades e objetivos específicos.