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Tendências

Seguradoras devem mais que dobrar o investimento em IA nos próximos cinco anos

Tecnologia impulsiona eficiência, reduz burocracias e amplia acesso a seguros mais ágeis no Brasil

Close up of data center engineer using laptop to implement AI virtualization frameworks, improving resource allocation. Server hub worker does artificial intelligence predictive analysis on notebook
Close up of data center engineer using laptop to implement AI virtualization frameworks, improving resource allocation. Server hub worker does artificial intelligence predictive analysis on notebook

A Wipro, líder global em tecnologia e consultoria, divulgou o relatório “IA no Mercado de Seguros: Hype ou mudança sem precedentes?”, que revela um setor em plena revolução digital. Com base em entrevistas com 100 executivos de seguradoras norte-americanas com receitas acima de US$ 500 milhões, o estudo mostra que a Inteligência Artificial (IA) deixou de ser promessa para se consolidar como um dos pilares da competitividade no mercado segurador.

Uma jornada em três atos: da promessa ao alicerce estratégico

Nos últimos anos, a IA evoluiu de ferramenta emergente para ativo central nas operações das seguradoras. Hoje, 81% das empresas planejam ampliar seus investimentos em IA já no próximo ano, e a expectativa é que o orçamento médio destinado à tecnologia salte de 8% para 20% nos próximos cinco anos.
O movimento reflete uma mudança de mentalidade: a IA não é mais uma aposta — é o novo alicerce da operação.

Principais insights do relatório

  • 92% dos líderes consideram a IA essencial para manter vantagem competitiva em experiência do cliente e personalização;
  • 46% das seguradoras já utilizam IA de forma ampla em processos de subscrição;
  • 68% esperam maior precisão na avaliação de riscos e 62%, melhor retenção de clientes;
  • 71% enfrentam dificuldades de integração com sistemas legados;
  • 44% das empresas menores ainda não possuem políticas formais de uso de IA.

Desafios reais e soluções práticas

Apesar do otimismo, a transição digital não é simples. A integração com sistemas legados foi apontada por 71% das empresas como principal obstáculo. Para mitigar riscos, 65% das seguradoras estão adotando implementações faseadas, equilibrando inovação e segurança operacional.

A ausência de políticas formais de governança em IA — especialmente entre as menores — também levanta alertas sobre compliance e reputação. “Nos EUA, um dos maiores desafios é justamente a integração da IA com sistemas legados — algo que também vemos no setor de seguros do Brasil. As companhias brasileiras podem aprender com essa experiência, adotando uma abordagem faseada e estimulando a colaboração entre especialistas em IA e subscritores”, afirma Wagner Jesus, Country Head da Wipro no Brasil.

Capacitação e colaboração: os novos pilares da transformação

O estudo destaca ainda a importância da formação de talentos e da cooperação entre áreas técnicas e de negócios. Cerca de 41% das seguradoras estão promovendo maior integração entre especialistas em IA e subscritores, e 47% investem na formação e contratação de profissionais com expertise em IA.

“A adoção de IA não é mais opcional — é essencial para o sucesso futuro”, ressalta Ritesh Talapatra, Vice-Presidente e Chefe de Setor para Mercados de Capitais e Seguros da Wipro.

“Empresas que priorizarem vitórias rápidas, investirem em governança e alinharem IA aos objetivos estratégicos estarão mais preparadas para liderar essa nova era.”

À medida que o setor de seguros avança em direção a uma era digital de alta eficiência e personalização, o investimento em IA deixa de ser tendência e se torna urgência estratégica.


Leia o relatório completo [aqui].

3 formas de usar IA para transformar a experiência no setor de seguros

O setor de seguros movimenta mais de R$ 388 bilhões por ano no Brasil, segundo a CNseg, e enxerga na inteligência artificial um caminho promissor para modernizar processos e agregar valor ao consumidor. A revolução é impulsionada pelas insurtechs, que unem tecnologia e inovação para tornar o seguro mais ágil, transparente e acessível.

De acordo com relatório da SAS em parceria com a Coleman Parkes Research Ltd, divulgado em outubro de 2024, 89% das seguradoras planejam investir em IA generativa (GenAI) em 2025 — e 92% já têm (ou terão) orçamento dedicado para isso.

“Estamos diante de uma mudança estrutural. A IA não é apenas automação, mas um diferencial competitivo capaz de redesenhar a relação entre corretores, seguradoras e clientes”, afirma Victor Horta, CPO da Pier, insurtech brasileira que vem transformando a experiência do consumidor. “Quando bem aplicada, a tecnologia entrega precisão, eficiência e uma jornada muito mais fluida em todas as pontas da cadeia.”

1️⃣ Prevenção de fraudes

Com algoritmos avançados, é possível analisar grandes volumes de dados e identificar padrões suspeitos em tempo real, evitando perdas e protegendo os clientes.
Na Pier, o sistema processa um volume de informações até 300 vezes maior que o padrão do mercado, o que aumenta a precisão dos modelos e a sustentabilidade dos produtos.

2️⃣ Pagamento de sinistros

A IA também acelera a análise e o pagamento de sinistros, tradicionalmente um processo demorado. Na Pier, o Pier Bolt, agente virtual da companhia, realiza pagamentos instantâneos em até 30% dos sinistros de seguro celular — o processo mais rápido do mercado.


O resultado é uma experiência mais positiva e empática no momento em que o cliente mais precisa de suporte.

3️⃣ Precificação inteligente

A precificação com IA considera múltiplas variáveis — como histórico de uso, comportamento e contexto — e permite oferecer valores personalizados e justos.
Na Pier, essa abordagem possibilita reduzir o preço do seguro automóvel em até 20% em relação à média de mercado, ampliando o acesso à proteção.

“À medida que a inteligência artificial evolui, o setor de seguros tem a chance de abandonar processos burocráticos e investir em soluções centradas no cliente”, conclui Horta.


“Isso significa não apenas eficiência operacional, mas também mais confiança, transparência e inclusão financeira para quem antes não tinha acesso a uma proteção adequada.”