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Riscos cibernéticos

Saiba quais são as 4 principais fraudes digitais e como se proteger

Atitudes simples e educação financeira ajudam a prevenir prejuízos

Saiba quais são as 4 principais fraudes digitais e como se proteger

Em tempos de fraudes cada vez mais sofisticadas, a mentora e educadora financeira Luciana Pavan, fundadora da plataforma 90 Segundos de Finanças, faz um alerta: os golpes estão por toda parte e atingem pessoas de todos os perfis. “É essencial redobrar a atenção e desenvolver um olhar crítico, porque muitas vezes os criminosos se aproveitam da vulnerabilidade emocional ou da promessa de ganhos fáceis para enganar”, explica.

A especialista destaca quatro grandes categorias de golpes que mais têm feito vítimas no ambiente digital:

  • Golpe afetivo: criminosos criam relações falsas por meio de redes sociais e aplicativos de relacionamento e, após ganhar a confiança da vítima, pedem ajuda financeira. “Há até casos de uso de inteligência artificial para falsificar fotos e áudios de celebridades”, comenta.
  • Promessa de ganhos milagrosos: ofertas de investimentos com rentabilidade exagerada e fora da realidade do mercado. “Essas propostas mexem com o otimismo excessivo das pessoas. Já vi clientes perderem economias de uma vida”, diz Luciana, que recomenda o documentário “Madoff: o monstro de Wall Street” para entender como esses esquemas funcionam.
  • Super descontos e produtos abaixo do valor real: sites e anúncios falsos que oferecem produtos a preços muito baixos e solicitam pagamento via PIX ou cartão. “Eu quase fui vítima de um golpe assim, quando tentaram se passar pelo salão que frequento”, relembra.
  • Pagamentos falsos: boletos ou guias de impostos fraudadas, muitas vezes enviadas por e-mails que imitam comunicações oficiais de empresas e escritórios contábeis.

Para se proteger, Luciana recomenda adotar cuidados simples no dia a dia, como evitar armazenar dados de cartão de crédito em apps pouco usados, utilizar cartões virtuais e desconfiar de qualquer mensagem – mesmo que venha de conhecidos. “O alerta precisa estar sempre ligado. Perguntas como ‘isso faz sentido?’ ou ‘será que é golpe?’ podem evitar grandes problemas”, afirma.

A mentora lembra ainda que muitas vítimas sentem vergonha de relatar o que aconteceu, mas não estão sozinhas. “De acordo com o Instituto DataSenado, mais de 40,8 milhões de brasileiros já tiveram prejuízos financeiros devido a crimes cibernéticos, como clonagem de cartões, fraudes online ou invasões de contas bancárias. Por isso, denunciar e compartilhar a experiência é essencial para ajudar outras pessoas a não caírem na mesma armadilha”.

Luciana reforça que a educação financeira é uma aliada poderosa na prevenção de fraudes, especialmente para identificar promessas irreais e esquemas de pirâmide. “Quem entende como funcionam os investimentos, conhece seu perfil de risco e tem clareza sobre retorno financeiro real dificilmente cai em ilusões”.