A sucessão é um assunto ainda um pouco ignorado quando se trata de famílias e empresas de pequeno porte. No caso do corretor de seguros, há mais uma questão que é a sucessão de carteira. Entretanto, a conscientização para um planejamento sucessório é o caminho mais indicado. O maior problema enfrentado é o tabu em falar de sucessão porque está atrelado a morte ou afastamento de uma pessoa. Mas, quanto mais planejada a sucessão, menos dor de cabeça se tem no futuro.
Após o falecimento de uma pessoa, automaticamente suas contas bancárias são bloqueadas e, caso haja herdeiros, o inventário deve ser aberto judicialmente. Se os herdeiros forem menores de idade, há ainda a intervenção do Ministério Público. Isso causa um transtorno para a família que ficará sem o dinheiro do ente falecido por um período que pode variar de um ano até 20 anos, dependendo do caso. Se a família não tiver outra fonte de renda, fica à deriva.
De acordo com Renata Vieira, gestora da Unidade Curitiba da Lojacorr, especialista em seguros, o planejamento não serve apenas para empresas, mas também para famílias. Nas empresas, há necessidade de definir sucessores para assumir as responsabilidades do fundador.
Mas, na situação de pequenas empresas que, muitas vezes, têm um único sócio como corretores de seguros, se falecidos deixam suas carteiras desassistidas. Há outras formas de se prevenir. “A sugestão é buscar em vida uma possibilidade de substituição para agilizar o processo de sucessão e apoiar o segurado na falta do corretor. Já no caso das famílias que perdem o provedor, uma alternativa bastante simples é fazer o Seguro de Vida”, indica a especialista.
Benefícios do seguro de vida para corretores de seguros
O benefício do Seguro de Vida nessas situações é que ele não fica sujeito a inventário na perda do provedor e pode ser feito quantas apólices a pessoa quiser. Renata explica que já houve casos em que o cliente possuía imóveis alugados e carros, acreditando que seus bens deixariam sua família assistida após a sua morte. “Isso não ocorreu, porque os bens foram para inventário e sua família ficou sem acesso durante anos a esse dinheiro. Com o Seguro de Vida a família receberia em bem menos tempo os valores do prêmio para não ficar desamparada”, conta.
Segundo a advogada, Télia de Oliveira Alves, os inventários podem custar entre 10 a 20% do valor do capital do falecido. Os transtornos desse processo são ainda a burocracia ao providenciar muitos documentos, além do tempo. Outra solução familiar que auxilia no processo financeiro da perda de um provedor é o testamento. Todavia, a opção mais simples é o Seguro de Vida. Ela acrescenta que para proteger a família do falecido que possui uma empresa e até indenizar o sócio, há o seguro sucessório. “Entretanto, para apoiar a sucessão de carteira, o mais indicado é fazer um termo de sucessão com divisão de valores e combinar isso com o futuro sucessor”, diz.