O aumento no uso de transportes alternativos, como carros elétricos, bicicletas e scooters elétricos, está gerando novas demandas no mercado de seguros. Com o crescimento desses meios de transporte, surgem desafios e oportunidades para a adaptação das apólices e para a atuação dos corretores no setor.
Com a evolução contínua dessa forma de mobilidade, é importante que seguradoras e corretores estejam preparados para atender a essa demanda emergente e inovadora.
O mercado de transportes alternativos
Com o aumento da preocupação ambiental e a busca por soluções mais práticas e sustentáveis, o Brasil tem visto um crescimento no uso de bicicletas e scooters elétricos. Embora o mercado ainda esteja em expansão, já é possível observar uma demanda crescente por seguros específicos para esses veículos.
“O mercado ainda tem muito para crescer, mas já existe uma pequena demanda que mostra que é um mercado com potencial”, afirma Amilcar Alves Saraiva, diretor da Padlock Seguros.
Desafios na cobertura de transportes alternativos
Oferecer seguros para transportes alternativos apresenta desafios distintos em comparação aos seguros tradicionais de automóveis. Um dos principais obstáculos é a mentalidade dos consumidores sobre a importância de proteger esses veículos e os possíveis prejuízos que podem causar a terceiros.
“A mentalidade das pessoas sobre a importância de proteger o seu bem e os prejuízos que você pode causar a outra pessoa ainda precisa evoluir”, observa Saraiva.
Adaptação das seguradoras
As seguradoras estão começando a se adaptar a essa nova realidade de mobilidade urbana, mas o processo ainda está em andamento. “Existem alternativas boas, mas não são todas as seguradoras que enxergam isso. Aliás, são poucas”, aponta o especialista. Isso indica que há um espaço para o desenvolvimento de produtos e serviços mais adequados para esses veículos alternativos.
Os riscos associados aos transportes alternativos diferem dos veículos convencionais. Embora o custo do seguro possa ser menor, o risco ainda existe, com o roubo e furto sendo as principais preocupações. Saraiva destaca que “a diferença do risco é um menor custo, mas o risco ainda existe.”
Preparação dos corretores
Sobre a preparação dos corretores para lidar com a demanda crescente por seguros de transportes alternativos, Saraiva acredita que eles estão se esforçando para se adaptar. “Os corretores sempre vão atrás de respostas quando não se têm, falta as seguradoras investirem mais nisso.”
Esse cenário sugere que, enquanto os corretores estão dispostos a aprender e se atualizar, é essencial que as seguradoras ofereçam mais suporte e investimentos nessa área.
Saraiva observa que “os que existem já estão bem com um escopo bem atraente.” No entanto, sempre há espaço para inovação e melhorias que possam atender melhor às necessidades dos clientes.
Em um mercado em expansão e com novas demandas, os corretores de seguros têm a oportunidade de se destacar ao oferecer soluções personalizadas para transportes alternativos.
Com a evolução contínua do setor e o aumento da consciência sobre a proteção desses veículos, o futuro do seguro para transporte alternativo, como carros elétricos, bicicletas, scooters e outros meios de transporte alternativos promete ser promissor.