Um apagão de grandes proporções atingiu hoje Portugal e Espanha, interrompendo infraestruturas como transportes, hospitais, telecomunicações e sistemas bancários. A notícia, originada na Península Ibérica e com reflexos em partes da França e Andorra, serve como um exemplo dos efeitos de falhas em sistemas essenciais e se conecta ao mercado de seguros brasileiro, sendo de interesse para você, corretor de seguros.
O evento destaca a dependência de infraestruturas e a necessidade de discutir coberturas para riscos relacionados com seus clientes.
O cenário europeu: um exemplo de vulnerabilidade
Conforme noticiado pelo O Globo, o blecaute, com causa ainda em investigação e possibilidade de ciberataque sendo apurada, demonstrou o efeito em cascata que a falta de energia pode gerar.
Semáforos inoperantes levaram a complicações no trânsito, passageiros ficaram retidos em metrôs e elevadores, aeroportos tiveram operações afetadas, hospitais passaram a depender de geradores com redução de alguns serviços, e até eventos esportivos foram interrompidos.
A interdependência dos sistemas ficou evidente: uma falha reportada em uma rede de alta tensão na Espanha parece ter sido o gatilho para a queda de energia em múltiplos países. Governos foram mobilizados, gabinetes de crise formados e a incerteza sobre o tempo de restabelecimento dos serviços compôs um quadro de vulnerabilidade.
A conexão com o Brasil: por que este alerta é pertinente?
Embora o evento tenha ocorrido na Europa, a situação é aplicável à realidade brasileira. O Brasil também está sujeito a eventos de larga escala, sejam eles derivados de falhas técnicas, condições climáticas (que influenciam a matriz hidrelétrica) ou ações como ciberataques.
Empresas e cidadãos no Brasil dependem da rede elétrica para a maioria das atividades. Um evento similar no país poderia gerar consequências sérias, afetando desde pequenos comércios a grandes indústrias, além de serviços públicos e residências.
Implicações para o mercado de seguros e a atuação do corretor
Este cenário evidencia a necessidade de conversas sobre gestão de riscos e as coberturas de seguro apropriadas. Para você, corretor parceiro da Lojacorr, este é um momento para atuar como consultor de riscos.
- Lucros cessantes: a interrupção de atividades comerciais pela falta de energia é um exemplo da aplicação desta cobertura. Empresas de diferentes tamanhos podem ter perdas financeiras. O evento europeu pode ser usado como exemplo ao revisar limites e condições das apólices empresariais.
- Danos elétricos: variações de tensão e o retorno da energia podem danificar equipamentos eletrônicos e máquinas. É recomendável verificar se as apólices (residencial, empresarial, condomínio) possuem cobertura para esses danos e limites adequados para a reposição dos bens.
- Riscos cibernéticos: a simples menção da possibilidade de um ciberataque como causa do apagão direciona a atenção para esta área. Ataques a infraestruturas são uma ameaça global. A cobertura de riscos cibernéticos, que pode incluir interrupção de negócios causada por um ataque, merece ser discutida.
- Responsabilidade civil geral: empresas podem ser responsabilizadas por incidentes ocorridos em suas instalações durante um blecaute. Hospitais, especialmente, lidam com riscos elevados neste cenário. A cobertura de RC geral é um ponto de atenção.
- Seguro condomínio: o relato de pessoas retidas em elevadores lembra a necessidade de uma apólice de condomínio que cubra danos às áreas comuns e a responsabilidade civil do condomínio por incidentes com moradores e terceiros.
- Riscos operacionais e continuidade de negócios: para clientes corporativos, a conversa pode se estender aos planos de continuidade de negócios e como o seguro se integra a essa estratégia para mitigar impactos financeiros de interrupções.