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Residencial

Fenacor propõe tornar obrigatórias coberturas de inundação e alagamento 

Propostas de mudanças no Seguro Residencial acontecem após tragédia no RS.

O presidente da Fenacor, Armando Vergilio.
O presidente da Fenacor, Armando Vergilio.

A Federação Nacional dos Corretores de Seguros Privados e de Resseguros, de Capitalização, de Previdência Privada, das Empresas Corretoras de Seguros e de Resseguros (Fenacor) solicitou à Superintendência de Seguros Privados (Susep) uma mudança normativa para tornar obrigatórias as coberturas de inundação e alagamento no seguro residencial, que atualmente são opcionais. 

O presidente da Fenacor, Armando Vergilio, destacou que o tema é de grande relevância social e propôs a alteração da Circular 620/20 da Susep. A sugestão é incluir essas coberturas na apólice básica do seguro residencial, alinhando-as ao seguro habitacional para danos físicos, mas sem adicionar outras coberturas que aumentariam significativamente o custo.

A Fenacor observa que o seguro residencial compreensivo cobre residências individuais, casas e apartamentos, oferecendo opcionalmente a cobertura para inundação e alagamento. No entanto, apenas clientes em áreas de alto risco geralmente contratam essas coberturas, resultando em oferta limitada pelas seguradoras e sublimites frequentemente insuficientes.

A federação acredita que a mudança normativa para futuros contratos ajudaria a reduzir os danos de catástrofes, como as recentes no Rio Grande do Sul, Vale do Itajaí e Serra Fluminense, sendo uma medida de grande importância para os cidadãos.

Relatório da Susep revela impactos das enchentes do RS no setor de seguros

A Susep divulgou recentemente seu relatório Síntese Mensal com dados referentes ao setor de seguros para o mês de maio de 2024. Em maio, a sinistralidade nos seguros de danos aumentou para 66,1%, comparado aos 42,1% do mês anterior. Este aumento coincide com a declaração de estado de calamidade pública em vários municípios do Rio Grande do Sul.

Analisando por Unidade da Federação, os sinistros diretos no segmento de danos no Rio Grande do Sul totalizaram R$ 1,69 bilhão em maio de 2024, um crescimento de 192,5% em relação a abril, quando o valor foi de R$ 580 milhões.

Susep manterá monitoramento

A Susep continuará monitorando de perto a sinistralidade no Rio Grande do Sul para entender melhor o impacto das enchentes no mercado segurador. Desde o início da emergência, a Autarquia vem realizando estudos para avaliar as possíveis consequências do evento, verificando o atendimento aos segurados e os aspectos financeiros das seguradoras.

O relatório de maio também destaca que a arrecadação total no setor nos primeiros cinco meses do ano foi de R$ 174,54 bilhões, um crescimento de 17,2% em relação ao mesmo período de 2023.

Conforme o documento, os valores retornados à sociedade totalizaram R$ 99,12 bilhões até maio, sendo R$ 22,58 bilhões apenas em maio.

Os segmentos de seguros de danos e pessoas, excluindo o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre), arrecadaram R$ 81,47 bilhões até maio, uma alta de 11,47% em comparação ao mesmo período de 2023, quando a arrecadação foi de R$ 73,09 bilhões.

Os seguros de danos tiveram um crescimento de 8,5% na arrecadação de prêmios até maio de 2024 em comparação ao mesmo período de 2023.

Nos seguros de pessoas, o seguro de vida acumulou R$ 13,64 bilhões em maio de 2024, um crescimento de 16,1% em relação ao mesmo período de 2023.

Esses e outros detalhes estão disponíveis no relatório Síntese Mensal de maio, acessível no site da Susep. Importante lembrar, ainda, que a Susep lançou um Guia de Orientações para ajudar a população afetada pelas enchentes no Rio Grande do Sul, destacando os principais seguros que podem cobrir danos causados por eventos climáticos.

Para uma consulta mais dinâmica, acesse o site da Fenacor e o Painel de Inteligência do Mercado de Seguros, o Painel Susep.