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Sustentabilidade

Energia limpa: seguros na rota da sustentabilidade

Painéis fotovoltaicos e parques de energia eólica ganham força em todo o país

Energia limpa
Solar photovoltaic panels array system. Clean and sustainable energy technology - power and electricity

Um crescimento substancial de energia limpa vem ocorrendo no Brasil. Esse cenário é visto tanto na produção de energia, quanto na oferta, aquisição de equipamentos e seguros para esse fim. Inclusive, dados recentes da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) informam que a tecnologia está presente em mais de 1,5 milhão de residências em todas as regiões brasileiras. As conexões abastecem atualmente cerca de 2 milhões de unidades consumidoras apenas na classe residencial. Isso sem contar os parques eólicos.

Trata-se portanto da popularização do acesso à energia limpa e mais barata. Esse comportamento mostra que o Brasil é uma sociedade voltada à sustentabilidade. Haja visto em movimentos passados como a separação do lixo, reciclagem, limpezas de canais e rios, entre outros. Há muito o que percorrer ainda no país para alcançar patamares ainda maiores em relação às necessidades de desenvolvimento sustentável. Entretanto, o país mostra potencial de desenvolvimento nesse sentido.

No Rio de Janeiro, por exemplo, o Governo do Estado conta com nove projetos em fase de licenciamento no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), no setor eólico, totalizando 27,498 GW de potência instalada. Nos próximos 10 anos, o potencial de atração de investimento é na ordem de US$ 85,244 bilhões. A implantação desses projetos pode gerar mais de 300 mil empregos, diretos e indiretos. O volume deste investimento representa 16,23% dos projetos em nível nacional. 

Seguros para energia limpa

Com a demanda em franca expansão, as companhias seguradoras estão se adaptando a esse novo mercado. É o que afirma Stênio Max Fernandes de Freitas, sócio da Nossa Broker Administradora e Corretora de Seguros Ltda, diretor da Fenacor, delegado do Sincor-RN e presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL – Mossoró). O corretor gerencia ainda a Flash Corretora Administradora e Corretora de Seguros, UCRN Broker Administradora e Corretora de Seguros e a Nossa Prestadora de Serviços.

Segundo ele, o aumento na produção de seguro para painéis solares não está ocorrendo apenas nas usinas fotovoltaicas, mas também em residências e empresas. “Há uma procura grande e contínua pela energia limpa, barata, que possui um retorno do investimento em 36 meses de tudo o que foi investido”, explica.

O corretor fala ainda que a expansão vem ocorrendo em todo o país. Entretanto, a maior parte do Brasil que demanda pela tecnologia são as regiões costeiras e com o sol abundante. “O Nordeste hoje é o maior indutor e produtor de energia renovável, tanto eólica como fotovoltaica. E já existe uma grande quantidade de parques instalados também em Minas Gerais”, descreve. 

Motivos de crescimento

Além da cultura sustentável enraizada no brasileiro, as crises hídricas incentivaram essa questão no passado. “A bandeira vermelha da insuficiência energética pela eletricidade impulsionou o mercado de energia limpa. Houve o incentivo de linhas de crédito acessíveis para aquisição de equipamentos, em que o valor da mensalidade fica equiparado ao custo da energia elétrica mensal”, explica Stênio Max Fernandes de Freitas.

Além disso, o especialista afirma que o valor do seguro também é acessível. “A grande maioria das companhias já inclui na cobertura básica de residencial e empresarial. A procura, inclusive, tem surgido de todos os tipos, desde condomínios até pessoas físicas”, diz. 

Freitas conta que a Tokio Marine fez recentemente um encontro com corretores de seguros em que explicou a expansão deste mercado promissor. “O encontro destacou que o segundo semestre é a alta temporada de produção de energia limpa, sendo os meses em que há grandes oportunidades de conquistar novos clientes com esse seguro. Brevemente, aliás, a proporcionalidade será maior de energia renovável que a elétrica”, conta.

Ele ressalta que há alguns desafios do mercado, que passam por coberturas específicas. Isso porque as usinas fotovoltaicas têm baixa manutenção e a expectativa de vida é de 20 anos. Já no caso das eólicas, a manutenção é recorrente. “Consequentemente, o seguro tem risco de engenharia e demanda mais proteção que possa garantir a prosperidade dos parques”, salienta.

Energia limpa com mais proteção

Roberto Uhl, head de Produtos Digitais da Essor Seguros, companhia especialista no produto de energias renováveis, diz que o seguro é bastante amplo e cobre danos por Incêndio, Queda de Raio e Explosão de qualquer natureza, Vendaval, Furacão, Ciclone, Tornado e Granizo / Inundação, Alagamento e Impacto de Veículos, Danos elétricos, roubo e/ou furto qualificado e despesas extras. “Este seguro é fundamental para as pessoas, seja física ou jurídica, se protegerem contra diversos riscos que podem ameaçar os sistemas e consequentemente trazer impactos patrimoniais e financeiros significativos”, explica.

Roberto Uhl / Foto de Manoel Petry

De acordo com o gestor, a venda deve ser consultiva, já que existem diversas questões que precisam ser explicadas aos segurados, devido às características específicas deste tipo de risco. Entretanto, a procura do seguro está em grande crescimento. Entre os motivos estão o aumento da energia solar como matriz energética no país e a qualidade das proteções oferecidas.