Facebook Pixel

Oratória

Especialistas dão dicas valiosas para falar bem em público

Treinamento e bom estado emocional são segredos para que corretores de seguros possam apresentar seus produtos e fechar negócios

Imagem: Freepik
Imagem: Freepik

A oratória, assim como a comunicação no geral, é uma habilidade e pode ser treinada. É preciso praticar!

Falar em público é um requisito para diversos cenários, seja profissional, acadêmico ou até mesmo pessoal.

A comunicação oral e a capacidade de conduzir apresentações são apontadas, por especialistas em Recursos Humanos, como qualidades indispensáveis para aqueles que desejam recolocação ou crescimento em suas carreiras.

 Corretores de seguros frequentemente têm oportunidades para apresentar seus produtos, e saber se apresentar pode ser a chave para o fechamento do negócio.

De acordo com o coach Sergio Montes, do Instituto DNA, o medo de falar em público é o número um em todo o mundo, ficando na frente até mesmo do medo da morte.

Para ele, as principais dificuldades na hora de executar essa temida tarefa é evitar vícios de linguagem, impostar a voz da maneira correta e manter uma boa postura.

Sergio Montes

Em todos esses casos, ele afirma que o fator fundamental está ligado ao estado emocional. “No geral, temos tanto medo de falar em público porque nos preocupamos com a opinião do outro ou não acreditamos na nossa capacidade de transmitir a mensagem de forma eficiente. São limitações inconscientes que nos impedem de fazer o que queremos fazer”, explica. Entre elas, também cita timidez, falta de segurança no assunto que irá abordar, medo de “dar branco” ou de errar e traumas de infância.

Algumas dicas preciosas são estudar muito bem o conteúdo da exposição a ser feita, ensaiar na frente do espelho ouvindo sua própria voz para avaliar a entonação, reservar um tempo para conhecer o espaço em que vai palestrar, e fazer de tudo para manter o foco no momento da apresentação ou reunião importante. “Com técnicas de programação neurolinguística, é possível superar isso que chamo de falta de presença – quando estamos em um lugar, mas nossa mente está em outro”, afirma Montes.

Por isso, ele alerta, é preciso identificar a origem das sensações que a iminência de falar em público trazem. “Só assim cada um poderá saber o que fazer para mudá-las e transformar a dificuldade em coisa do passado”, diz.

Segundo o especialista, um bom palestrante deve prestar atenção para manter um bom estado emocional; alinhar sua comunicação não verbal, responsável por 55% do impacto nos ouvintes, à verbal; usar adequadamente a voz, evitando uma entonação muito linear; saber utilizar o espaço a seu favor, mudando de posição ao dar um aviso importante, por exemplo; e falar com as pessoas, e não para elas, buscando uma conexão com seu público.

Para Carol Quintino (CRP 08/13621), fundadora da Em Si Psicologia e psicóloga Clínica da Lojacorr, além do básico, como estudar o material que você irá falar/apresentar, existem outras técnicas e comportamentos que precisam ser estudados e praticados para que cada vez mais esta habilidade se torne mais fácil e fluida.

Carol Quintino

Ela oferece algumas dicas valiosas:

Potência vocal

Quando nos apresentamos, precisamos projetar a nossa voz em um tom claro e com uma gesticulação apropriada para que todas as pessoas possam compreender a mensagem a ser passada. Para isso, realize treinos vocais para saber como expandir sua potência vocal. Confira o box mais abaixo com diversas dicas para te apoiar na sua próxima apresentação.

Tom de voz

Para cada momento do seu discurso, entenda qual o tom de voz, a entonação e a ênfase a ser utilizada. Cada um destes aspectos pode melhorar a qualidade do seu discurso.

Entonação

Serve para transmitir um sentimento em relação ao que você deseja falar. Essa técnica pode ser feita de três formas:

1) Ascendente: termina a frase como se tivesse um ponto de exclamação; exala mensagens positivas.

2) Neutra: termina a frase como se tivesse um ponto final; exala seriedade, credibilidade.

3) Descendente: comunica insatisfação e tristeza.

Ênfase

É destinada a dar destaque a certas informações. Consiste em três pontos:

1) Volume: a altura na qual sua voz se projeta impacta na forma como as pessoas recebem a mensagem.

2) Velocidade: falar muito rápido pode causar ruído na mensagem, assim como falar muito devagar causa desinteresse. Busque um tom que não seja cansativo de manter e/ou intercale entre eles de acordo com a mensagem que deseja passar.

3) Pausa: esta técnica ajuda a atrair a atenção das pessoas e a dar destaque para certas informações.

Importante: Sublinhe os momentos do seu discurso que deseja dar ênfase e entonação.

Comunicação não-verbal

A comunicação não-verbal acontece através de olhares, gestos, toques, postura e até mesmo roupas e acessórios. É uma forma de passarmos uma mensagem sem utilizar palavras faladas ou escritas.

“Na psicologia entendemos que a comunicação vai além do que é dito, a linguagem corporal é responsável por uma porcentagem muito grande da mensagem”, explica a especialista, apontando que gestos, postura e demais comportamentos trazem informações tão relevantes quanto o assunto que está sendo tratado em si.

“A linguagem corporal de um indivíduo reflete os seus sentimentos, está diretamente relacionada ao seu sistema límbico, um conjunto de estruturas cerebrais responsável pelas respostas emocionais nos mamíferos. Ou seja, a nossa tendência é repetir comportamentos que o nosso corpo realizou em situações similares. Por isso, quando você fala em público, seu corpo entende o gatilho da ansiedade e repete os comportamentos de outros cenários que experienciou a ansiedade”, orienta Carol Quintino.

Portanto, é fundamental analisar seu comportamento durante estes momentos que precisa falar em público, dessa forma, conseguirá entender os pontos de melhoria e o que a sua linguagem corporal está falando.

Conclusão: 5 dicas para você desenvolver a sua oratória

Quando temos que falar em público é comum nos sentirmos nervosos ou até mesmo ansiosos. Mas o bom é que a oratória é uma habilidade e assim como qualquer outra habilidade ela pode ser treinada.

Para te apoiar na próxima vez que tiver que se apresentar em público, seja no trabalho, faculdade ou até mesmo no seu círculo pessoal, preparamos algumas dicas. Confira:

Prepare-se

A parte “positiva” do receio em falar em público é que você se prepara mais, estuda, presta atenção aos detalhes e percebe onde precisa colocar o foco. Uma dica é se gravar fazendo a apresentação enquanto estiver treinando e assistir depois, anotando os pontos de melhorias.

Respire e não pire!

A chave para controlar a sua ansiedade é saber como controlar a sua respiração, pois quando ficamos nervosos a nossa respiração tende a ficar mais ofegante e curta. Então, é fundamental aprendermos a respirar com o diafragma, porque quando fazemos isso expandimos a nossa potência vocal.

Para aprender a respirar com o diafragma, siga este passo a passo:

  1. Deite em uma superfície plana;
  2. Coloque um livro posicionado em cima do diafragma;
  3. Repita diversas vezes o ato de inspirar e expirar com calma.

O corpo fala

Quando nos sentimos bem, temos mais confiança e exalamos esse sentimento. Então aqui fica a dica: Escolha uma música que te deixa animado e inspirado, olhe no espelho e busque o que mais gosta em você mesmo.

Autoconfiança

A comunicação não verbal consiste nos gestos e na postura enquanto falamos, isto passa uma mensagem também. Então, quando for falar para o seu público, mantenha uma postura alinhada e imagine uma linha do topo da sua cabeça até os pés. Cuide com movimentos excessivos e evite ficar escorado em alguma parede.