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Inovação

Adaptabilidade é a palavra-chave da década

Tecnologia é um meio para a inovação e o comportamento é a mudança

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Para inovar em seguros é necessário compreender o contexto da transformação e os impactos que ela tem na gestão

Com o objetivo de conquistar destaque e sucesso nesta década é necessário adaptabilidade. Afinal, ‘empresas morrem porque fazem bem as mesmas coisas durante tempo demais’, já dizia John Chambers. Portanto, mais que fazer bem é saber inovar. Casos, já conhecidos, como Kodak, Blockbuster e Yahoo, não entenderam os cenários e as tendências. O grande erro dessas empresas foi justamente não se adaptar ao novo.

Entretanto, a inovação pode parecer difícil para muitos. Principalmente em indústrias tradicionais como o mercado segurador. Todavia, para exercer a inovação é necessário buscar entender a evolução das últimas décadas. Não apenas adotar novas tecnologias, mas investir em conhecimento para garantir qualidade e avanço contínuo. 

Mundo em transformação

Luis Rasquilha, CEO da Inova, parceira da Mapfre, explica que para inovar em seguros é necessário compreender o contexto da transformação e os impactos que ela tem na gestão. Além disso, é importante aprender a construir cenários por meio do conhecimento. “Devemos buscar entender o novo contexto dos negócios, a nova realidade empresarial e o mundo diferente pós pandemia”, diz.   

Segundo ele, os ciclos de transformação consistiram em uma década de produtividade e qualidade entre 1990 e 2000. Em seguida houve a década da conectividade entre 2000 e 2010. Logo após, a transformação digital de 2010 a 2020. E agora, os negócios em ecossistema e ambidestria corporativa, que se baseia no equilíbrio entre pensamentos inovadores e atitudes operacionais. “A disrupção dos negócios é trazida pela tecnologia. Mas é o comportamento digital, conectado à transformação, que gera inovação e mudança. Por isso, o desafio desta década é incorporar o pensamento inovador e a atitude tecnológica no nosso dia a dia”, explica. 

Para isso, Rasquilha propõe que as pessoas devem estar preparadas e conscientes para ajudar a extrair informação. Acessar e traduzir essa informação em conhecimento com capacidade de articular tudo isso e entregar as melhores propostas ao cliente. E ainda com apoio de ecossistemas e plataformas. Sendo assim, os grandes eixos para uma nova estrutura de pensamento são o talento mais importante que capital, decisões ágeis, transformar digitalmente o negócio, construir plataformas data-drivers (tomar decisões baseada em análise e interpretação de dados), estruturas horizontais, acelerar o life long learning (aprender ao longo da vida), propósito de valor e cultura. 

“Se não fizer um trabalho de valor, o corretor terá mais dificuldade. Por isso, para entregar experiências, ele precisa focar na expertise do cliente, mapear os cenários e tendências, usar a velocidade, investir em digitalização, reforçar a personalização, centrar-se no cliente, gerenciar dados e praticar adaptabilidade”, diz.

Cenários e tendências para a inovação em seguros

Para definir possíveis cenários, é necessário listar todos os fatores que podem influenciar e alterar o ambiente. Depois, tem que ver se essas mudanças são positivas ou negativas sobre o que vem pela frente. A partir daí traçar as estratégias. O primeiro cenário é que a tecnologia e a automação estão mudando os pressupostos da gestão, melhorando performances e qualidade de vida, pois antecipa informação. Também tem a expectativa de liberar trabalhos rotineiros e operacionais. 

O segundo cenário é a demografia. As pessoas estão durando mais tempo. O terceiro cenário é o crescimento da urbanização com as megalópoles e seus desafios de mobilidade, segurança, habitação e convivência. Outro cenário é a mudança do poder econômico. A perda de poder da Europa e EUA e o ganho de poder da China, da Índia e do Brasil. Mais um cenário é o ambiental. Há maior demanda de energia, mais produção e mais procura por novas soluções em recursos.  

Rasquilha sugere, portanto, que o corretor de seguros faça uma breve análise para começar a contextualizar esses cenários e ter uma visão das tendências. “Para cada um desses cenários, quais as oportunidades para o seu negócio, quais os desafios do seu negócios e as ideias que você pode ter para o seu negócio. Se você preencher isso já começa a dar o primeiro passo para a inovação. Visão de cenários é o primeiro passo”, afirma.