Nos últimos anos, o mercado de seguros cibernéticos tem experimentado um crescimento impressionante, com estimativas de que seu valor, que foi de U$ 13 bilhões em 2022, poderá alcançar U$ 33,3 bilhões até 2033.
Esse avanço está diretamente relacionado ao aumento da gravidade e da frequência dos ataques cibernéticos, além da maior conscientização das empresas sobre os riscos digitais e a importância de se proteger contra prejuízos financeiros causados por incidentes de segurança.
O impacto das ameaças cibernéticas
A rápida evolução das tecnologias digitais e a crescente dependência das empresas de infraestruturas digitais têm gerado novas vulnerabilidades. Com a expansão de soluções como a Internet das Coisas (IoT), o armazenamento em nuvem e o trabalho remoto, as empresas se tornaram alvos mais atraentes para cibercriminosos.
Segundo o Relatório Anual de Violação de Dados da IBM, o custo médio de uma violação de dados em 2024 foi de U$ 4,88 milhões, um aumento de 10% em relação a 2023. Esses números mostram o impacto financeiro substancial de um ataque cibernético, o que leva as empresas a adotarem medidas mais rígidas de cibersegurança e buscar formas de proteger seus ativos com seguros cibernéticos.
A evolução das apólices de seguros cibernéticos
Para acompanhar o crescimento do mercado e as necessidades dos seus clientes, as seguradoras estão se adaptando e aprimorando suas ofertas. As apólices de seguro cibernético passaram por refinamentos, com uma redação mais clara, exclusões de cobertura detalhadas e ampliação dos serviços de gerenciamento de risco.
Isso tem facilitado o entendimento das coberturas, o que torna o seguro cibernético um produto mais atrativo para empresas que buscam proteção contra os riscos digitais.
O Insurance Information Institute (Triple-I) destaca que essas melhorias ajudam a estabilizar os custos, proporcionando maior previsibilidade nas taxas e permitindo que as empresas compreendam melhor o valor da cobertura.
As apólices cibernéticas também se mostram vantajosas em relação aos seguros gerais, pois cobrem despesas que não são contempladas por apólices tradicionais, como honorários advocatícios, custos com restauração de dados e reparos de infraestrutura digital após um ataque.
Aspectos financeiros e exigências legais
Com o aumento das violações de dados e a crescente conscientização sobre a importância de proteger as informações dos clientes, as empresas estão cada vez mais buscando transferir parte dos riscos financeiros para as seguradoras.
A previsão é que os prêmios globais para seguros cibernéticos cheguem a U$ 23 bilhões de dólares, com as empresas dos Estados Unidos representando aproximadamente 56% desse valor.
Além disso, a conformidade com regulamentações e requisitos legais relacionados à proteção de dados tem se tornado uma preocupação central para muitas organizações. A falta de medidas adequadas pode resultar em pesadas multas e danos à reputação.
Por isso, muitas empresas têm optado por seguros cibernéticos para garantir que estão em conformidade com as exigências legais e para se proteger de possíveis danos financeiros decorrentes de incidentes de segurança.
Tendências tecnológicas e maior conscientização
O avanço de tecnologias de cibersegurança, como redes virtuais privadas (VPNs), sistemas de detecção de ameaças e ferramentas de criptografia, tem elevado a conscientização das empresas sobre os riscos digitais.
Agora, as organizações estão mais proativas na implementação de soluções de segurança cibernética, além de buscar cobertura para riscos digitais com apólices personalizadas.
Os ataques de ransomware e as práticas de extorsão de dados também têm aumentado, o que intensificou o interesse das empresas por apólices que ofereçam proteção financeira e suporte para resposta a incidentes e gerenciamento de riscos.
As seguradoras estão respondendo a essa demanda, criando ofertas mais personalizadas que atendem às necessidades específicas das empresas.
