O volume de pedidos para pagamento de indenizações de seguros devido às enchentes no Rio Grande do Sul mais que dobrou entre maio e junho. Segundo a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), que realizou um levantamento com suas 150 associadas, os pedidos de indenização alcançaram R$ 3,885 bilhões, um aumento de R$ 2,2 bilhões em relação aos R$ 1,673 bilhão registrados em 24 de maio.
Dyogo Oliveira, presidente da CNseg, apontou que os números refletem um aumento significativo em comparação aos dados de maio, mas ainda não representam o total final de indenizações. “Esperávamos um crescimento considerável nas indenizações, e essa tendência deve continuar nas próximas semanas, especialmente com a volta das chuvas no estado”, afirmou.
Durante uma coletiva de imprensa em 19 de junho, Oliveira abordou o possível impacto negativo no setor. Ele destacou a solidez financeira das seguradoras e explicou que eventos climáticos como os do Rio Grande do Sul têm um efeito duplo. “Podemos ver uma redução de contratos no estado devido ao impacto direto nas pessoas e empresas. Também pode haver um aumento na demanda por seguros em outras regiões, alertando para a importância da contratação de seguros”, explicou.
As seguradoras associadas à CNseg registraram 48.870 pedidos de sinistros, um aumento de 108% em comparação aos 23.441 pedidos anteriores. O setor agrícola foi o que mais cresceu, com um aumento de 284%, totalizando 2.215 pedidos de indenização, somando R$ 181,7 milhões.
Em termos absolutos, o segmento de Grandes Riscos teve um aumento de R$ 815,2 milhões de um mês para o outro, totalizando R$ 1,32 bilhão em pagamentos, com 599 sinistros registrados. O setor de automóveis teve pouco mais de 19 mil pedidos, somando R$ 1,27 bilhão em indenizações.