A 244ª edição do programa Panorama do Seguro, apresentada pelo jornalista Paulo Alexandre e com conteúdo do consultor econômico Francisco Galiza, analisou um estudo divulgado pela empresa internacional de consultoria e corretagem AON. O levantamento avaliou a evolução dos custos de saúde em mais de 100 países, com base em dados de planos empresariais.
Durante o programa, Paulo Alexandre ressaltou a relevância do tema para toda a sociedade: “Este é um assunto que afeta diretamente a população: a evolução dos custos de saúde”.
Segundo o estudo, a variação média de preços em 2025 foi de 10%, percentual muito próximo ao registrado em 2024 (10,1%) e que continua a superar a inflação média global. No Brasil, o cenário é ainda mais desafiador: a alta média foi de 12%, também acima da inflação nacional.
E o que se pode fazer a respeito?
Galiza destacou que se trata de um problema mundial, não restrito ao Brasil. Entre as soluções apontadas pelo estudo estão:
Programas de bem-estar – Essas iniciativas ajudam a controlar os custos de duas maneiras: fomentando o uso do atendimento preventivo, que pode evitar um atendimento mais caro no futuro; e mantendo os funcionários comprometidos com o seu bem-estar, com o objetivo de reduzir o estresse que pode acentuar outras condições de saúde.
Medidas de contenção de custos – Destinadas a reduzir ou controlar a utilização excessiva, como o aumento das franquias e/ou da coparticipação, incentivando os usuários dos planos de saúde a procurar cuidados mais eficientes e com menor custo. Há a busca também do redesenho de planos de saúde, com diferentes redes hospitalares, laboratórios e valor de reembolso, além de maior acesso à atenção primária por meio de médicos de família ou clínicos gerais, orientando para um tratamento mais assertivo.
Flexibilização no pacote de benefícios – Cada vez mais usada no mundo inteiro e cerca de 60% dos países esperam usar essa iniciativa em 2025.
“O setor de saúde em todo o mundo discute alternativas para conter essa inflação médica, que muitas vezes supera a inflação oficial. É um desafio que exige criatividade, conscientização e ajustes nos modelos de cobertura”, afirmou Francisco Galiza.
📌 A íntegra do relatório global pode ser acessada neste link.