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Indenizações

Setor de seguros devolve R$ 190 bilhões à sociedade em 2023

São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais foram os estados que mais pagaram indenizações a segurados entre janeiro e outubro de 2023

Imagem: Freepik
Imagem: Freepik

O mercado de seguros pagou mais de R$ 188 bilhões em indenizações, benefícios, resgates e sorteios nos dez primeiros meses do ano, valor 3,3% acima do montante pago à população no mesmo período de 2022.

Esse dado compõe o levantamento mensal da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) que também identificou o crescimento de 8,4% na demanda pelos mais variados produtos de seguro, totalizando R$ 319,2 bilhões no período.

Os números apresentados desconsideram a Saúde Suplementar, tanto em arrecadação quanto em indenização, e, regionalmente, não incluem, para benefícios e resgates, o VGBL.

Trabalho para ampliar o mercado

Para Dyogo Oliveira, presidente da CNseg, é possível aprimorar ainda mais os resultados.

“O nosso maior desafio é aumentar a cobertura de segurados no Brasil. Por isso, temos colocado atenção e esforço, para fazer o benefício do seguro chegar a um número cada vez maior de pessoas”, aponta o executivo.

Dyogo Oliveira

Ramos em crescimento

Entre janeiro e outubro de 2023, os maiores índices de arrecadação ficaram por conta dos seguintes produtos:

  • o seguro Condomínio, que cresceu 34,1%, totalizando R$ 552,1 milhões,
  • o seguro Grandes Riscos, que visa garantir a integridade do patrimônio com limites de garantia acima de R$ 15 milhões, que avançou 25,8%, somando R$ 6,6 bilhões,
  • além dos seguros de Garantia que tiveram alta de 19,2%, arrecadando R$ 4,7 bilhões.

No período, os produtos que tiveram os maiores avanços percentuais no retorno aos segurados foram:

  • o seguro de Crédito, com 168,6%,
  • o Pecuário, com 51,6%,
  • e o Viagem, com 42,3%,

pagando, respectivamente, R$ 1,6 bilhão, R$ 703,6 milhões e R$ 426 milhões em indenizações.

Volume de produção

A modalidade que teve maior contribuição e maior pagamento, em valores absolutos, foi a Previdência Aberta, na Família VGBL (não deduzidas na declaração do Imposto de Renda), com aproximadamente R$ 93,7 bilhões em benefícios e resgates, avançando 4,8%, e R$ 127,4 bilhões arrecadados no ano, alta de 7,4%.

Em arrecadação, também tiveram destaques o Automóvel, que somou R$ 46,1 bilhões, crescendo 11,7%, e o Vida com R$ 24,9 bilhões e alta de 12,3%.

Regiões mais protegidas

No período analisado, segundo o levantamento da Confederação, as regiões Sudeste, Sul e Nordeste foram as que registraram maior arrecadação com R$ 188,8 bilhões, R$ 59,5 bilhões e R$ 32,1 bilhões, respectivamente.

O Sudeste também aparece com destaque em crescimento, com 9,9%. A região, entre janeiro e outubro, teve os três estados com o maior volume de arrecadação e os maiores desembolsos por parte das seguradoras:

  • São Paulo arrecadou R$ 125,8 bilhões e pagou R$ 42,6 bilhões,
  • o Rio de Janeiro faturou R$ 30,7 bilhões e desembolsou R$ 7,8 bilhões e
  • Minas Gerais e acumulou R$ 27,3 bilhões e pagou R$ 6,4 bilhões.

Crescimento percentual

No ranking de crescimento percentual da procura pelos produtos de seguros, a capital paulista aparece em quarto lugar, com 10,9%, à frente do Rio Grande do Sul (10,5%), mas atrás do Maranhão (13,4%), Mato Grosso (13,4%) e do Pará (14,0%), líder do ranking.

Os maiores avanços percentuais em indenização ficaram por conta de:

  • Roraima (76,9%),
  • Piauí (57,7%),
  • São Paulo (18,2%),
  • Tocantins (15,0%) e
  • Pernambuco (14,5%).

Avaliação positiva

“Esse cenário positivo mostra o dinamismo do setor que sempre busca a inovação, criando novos produtos, potencializando seus canais de distribuição, buscando se aproximar cada vez mais do cliente e, assim, criando um ambiente mais favorável ao desenvolvimento da indústria de seguros”, conclui o presidente da CNseg, Dyogo Oliveira.

Projeções

A expectativa da CNseg para o fechamento do ano de 2023 é que o setor atinja um faturamento na marca de R$ 663 bilhões, registrando um avanço de 10,4% em todos os segmentos, o maior da história do setor. A Confederação estima, ainda, que o mercado segurador cresça 11,7% em 2024.