Facebook Pixel

Economia

Despesas Administrativas das seguradoras caem 28% desde 2010

Análise do economista Francisco Galiza aponta evolução do cenário

Imagem: Freepik
Imagem: Freepik

As despesas administrativas (DA) – aquelas que não estão relacionadas diretamente à produção da empresa, ou seja, com o produto/serviço que ela oferece ao cliente final – são um componente bastante importante nos custos das seguradoras e, em consequência, no seu resultado.

O que são as despesas administrativas?

Elas correspondem, por exemplo, às despesas com os funcionários, com os serviços contratados, com o funcionamento da sua estrutura etc.

“Nesse tipo de companhia, um indicador econômico muito usado é calcular a proporção desse custo em proporção da sua receita principal – ou seja, os prêmios de seguros”, explica Francisco Galiza, consultor econômico e diretora da Rating de Seguros.

Em função disso, o especialista desenvolveu um gráfico e uma tabela com esse número desde 2010. Os dados usados correspondem aos valores agregados do mercado segurador brasileiro.

 20102023eVar %
Indicador DA Seguradoras17,5%12,7%-28%

Evolução histórica

Segundo Galiza, em termos didáticos, podemos separar a evolução histórica dessa variável em três períodos distintos:

· De 2010 a 2013, houve um ajuste relevante no indicador, passando de um patamar de 17,5% para um patamar de 14,5%. Esse é um período de grande crescimento da economia e do próprio mercado segurador brasileiro.

“Por exemplo, de 2010 a 2013, o faturamento do setor de seguros variou 50%, resultando em ganhos de escala com relação a seus custos”, comenta.

· De 2014 até 2020, podemos dizer que temos uma segunda fase, caracterizada pela diminuição do crescimento da economia brasileira, com consequências diretas no setor de seguros. Ao final desse período, a situação ainda foi agravada pela pandemia. Em 2020, o indicador estava no patamar de 15,5%, um ponto percentual acima do nível de 2014.

· Por fim, de 2021 até os dias de hoje, temos um novo retrato, causado sobretudo pela transformação estratégica no segmento em um cenário pós-pandemia, além de certa recuperação econômica no país.

“Assim, em três anos, passamos de um patamar médio de 15,5% para 12,5%. Uma queda de um ponto percentual por ano, uma variação bem relevante”, aponta o especialista.

· No total, pela tabela acima, de 2010 a 2023, esse indicador caiu 28%.

Francisco Galiza