Desde as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul, em abril e maio de 2024, o interesse por seguros contra catástrofes tem aumentado. Um estudo realizado pela Agência Virta, em parceria com o Instituto QualiBest, aponta que 41% dos entrevistados consideram contratar esse tipo de seguro.
A pesquisa abrangeu 811 brasileiros de todas as regiões do país e diferentes classes sociais. O levantamento indica que a intenção de aquisição de seguros contra catástrofes é mais expressiva entre os integrantes da classe A, com 55% manifestando interesse.
No entanto, a adesão ainda é relativamente baixa: apenas 24% dos participantes levam em conta a cobertura para enchentes ao contratar uma apólice de Seguro Auto, enquanto 34% consideram essa proteção para Seguros Residenciais.
Perfil dos segurados
O estudo revela que 39% dos entrevistados possuem algum tipo de seguro. Entre eles, 44% são mulheres e 56% homens. Em relação à distribuição por classe social, 10% pertencem à classe A, 56% à B, 30% à C e 4% às classes D e E.
Entre os participantes da pesquisa, no entanto, 49% são da classe C, 36% da B, 9% da D e E e 5% da A. A divisão entre os gêneros foi equilibrada, com 51% mulheres e 49% homens.
Seguros mais contratados
O Seguro Auto lidera entre os mais adquiridos pelos brasileiros, com 66% dos entrevistados afirmando possuir uma apólice. Na sequência aparecem os seguros de Vida (48%), Saúde (37%), Residencial (30%), Odontológico (23%) e Celular (15%).
O estudo aponta ainda que as mulheres contratam mais seguros de Saúde (41%) do que os homens (33%), enquanto as classes A e B são as que mais possuem seguro de automóvel (78% e 79%, respectivamente).
No ambiente corporativo, os benefícios oferecidos pelas empresas também foram analisados. O Seguro de Vida foi mencionado por 26% dos entrevistados, seguido pelo Seguro Saúde (23%) e pelo Seguro Odontológico (14%).
Importância dos seguros
Entre as modalidades disponíveis no mercado, o Seguro de Vida foi apontado como o mais importante por 33% dos respondentes, seguido pelo Seguro Saúde (27%) e pelo Seguro Automóvel (26%).
O estudo indica que o Seguro Auto tem menor relevância entre os entrevistados das classes D e E, enquanto o Seguro de Vida é considerado mais essencial por participantes das classes B, C e D e E.
Motivações para a contratação de seguros
A proteção da família é o principal motivo que leva os brasileiros a contratar um seguro, citado por 51% dos entrevistados. Outros fatores incluem a proteção individual (37%), a preservação de bens (35%) e o uso de assistências oferecidas (28%).
Quanto ao canal de aquisição, 62% dos entrevistados preferem contratar seguros com um corretor de confiança, enquanto 38% optam pelo banco onde possuem conta corrente.
Para a escolha do seguro, os critérios mais relevantes são as coberturas incluídas na apólice (57%), o preço (52%), as assistências disponibilizadas (51%) e a reputação da seguradora (27%). A pesquisa aponta que os homens priorizam mais as coberturas (60%) do que as mulheres (52%).
Impacto das catástrofes no mercado segurador
Eventos como a pandemia de Covid-19 e as enchentes no Rio Grande do Sul aumentaram o interesse dos brasileiros por seguros. O estudo mostra que 35% dos entrevistados buscaram adquirir mais apólices e 25% ampliaram suas coberturas em razão dessas situações.
Quando questionados sobre o tipo de seguro que gostariam de ter após as enchentes no Rio Grande do Sul, 47% indicaram o Seguro Residencial.
A percepção sobre as seguradoras, no entanto, não apresentou mudanças impactantes. Segundo o levantamento, 37% dos entrevistados mantêm uma visão neutra sobre o setor após a pandemia e 31% após as enchentes.