Nesta semana, o Valor Econômico trouxe ao público um especial dedicado ao setor de seguros, cobrindo as tendências e desafios que estão moldando o mercado brasileiro. Com um total de 19 pautas, o especial explora a fundo questões estratégicas como as mudanças climáticas, os avanços da Inteligência Artificial (IA), a segurança cibernética e o aumento da expectativa de vida, destacando como essas forças estão remodelando o cenário securitário.
Esta abordagem oferece uma visão necessária para entender o papel da inovação e da adaptação das seguradoras e corretores frente a riscos que continuam crescendo em complexidade e volume.
A CNseg (Confederação Nacional dos Seguros), por exemplo, lidera a discussão sobre os impactos climáticos com o lançamento do “Mapa de Calor” em parceria com uma agência da ONU (Organização das Nações Unidas). O mapa é uma ferramenta que apresenta uma visão abrangente da exposição do Brasil a 11 tipos de riscos climáticos físicos, considerando cenários de aquecimento global que chegam a 4°C e projetando os impactos até 2050.
Ao mapear as áreas mais vulneráveis a eventos climáticos extremos, o projeto, desenvolvido entre julho de 2022 e outubro de 2023, fornece informações essenciais para o planejamento de mitigação de riscos. Essa iniciativa também abre caminhos para que as seguradoras atuem com mais segurança e assertividade em suas coberturas, bem como para os corretores orientarem seus clientes de acordo com as vulnerabilidades regionais.
O aumento dos custos climáticos e a pressão sobre o setor
As mudanças climáticas estão levando a uma intensificação de eventos extremos, como tempestades, enchentes, secas e incêndios, e o Brasil, com sua vasta extensão territorial e biodiversidade, é particularmente afetado.
As enchentes recentes no Rio Grande do Sul, que causaram prejuízos estimados em quase R$ 6 bilhões, ilustram o aumento dos custos de indenização e reparação causados por desastres naturais. À medida que o setor securitário enfrenta esses desafios, surgem também oportunidades para inovações em coberturas e revisões regulatórias.
Em resposta ao aumento dos riscos e prejuízos, seguradoras têm proposto mudanças nas regulamentações que permitam mais flexibilidade e incentivos para investimentos em projetos de adaptação e mitigação.
Com esses investimentos, espera-se que os custos das indenizações sejam reduzidos a médio e longo prazo, beneficiando o setor e os segurados. Esse movimento é visto como uma necessidade para conter as consequências financeiras que eventos naturais extremos podem gerar tanto para segurados quanto para seguradoras.
Inteligência Artificial: automação e personalização no atendimento ao cliente
Com o avanço das tecnologias de Inteligência Artificial, o setor de seguros tem experimentado um salto em produtividade, inovação e personalização de serviços. Ferramentas de IA estão sendo utilizadas para agilizar processos, desde a triagem de leads até o atendimento e a análise de perfil dos clientes.
Esse tipo de automação acelera a resolução de problemas e a emissão de apólices e libera corretores para se dedicarem a atividades mais estratégicas, como a construção de relacionamentos duradouros com os segurados.
Entre as inovações mais significativas trazidas pela IA, destaca-se o uso de algoritmos para analisar grandes volumes de dados sobre o comportamento dos consumidores e os riscos associados a diferentes perfis.
Dessa forma, seguradoras e corretores podem oferecer coberturas mais personalizadas e adequadas às necessidades dos clientes, um fator essencial para melhorar a experiência do segurado e, consequentemente, sua satisfação e fidelidade.
A IA ainda permite a análise preditiva de sinistros e ajuda a prever possíveis riscos para os segurados. Esse processo reduz custos, pois a empresa pode oferecer orientações preventivas para evitar que eventos de grande impacto ocorram.
Com a IA, é possível, por exemplo, identificar a probabilidade de ocorrência de um sinistro baseado em um histórico de dados e assim sugerir ao segurado adequações em seu comportamento ou reforço em determinadas coberturas.
Riscos cibernéticos e o papel da segurança digital no mercado de seguros
Com o aumento da digitalização e do trabalho remoto, o setor de seguros está se tornando mais vulnerável a ameaças cibernéticas, colocando a cibersegurança como uma prioridade. Segundo o relatório da Federação Global de Seguradoras, os ataques cibernéticos se tornaram o segundo maior risco para o setor segurador, perdendo apenas para as mudanças climáticas. O impacto potencial de um ataque cibernético em uma seguradora pode ser devastador, tanto financeiramente quanto para a reputação da empresa.
Por conta disso, seguradoras têm investido em treinamentos internos de conscientização sobre segurança digital e na implementação de tecnologias de proteção contra invasões e vazamentos de dados.
Já para os segurados, cresce a procura por seguros cibernéticos, especialmente em empresas de médio e grande porte que precisam proteger informações sensíveis de clientes e funcionários.
O mercado de seguros cibernéticos tem mostrado grande potencial de crescimento, com aumento expressivo de demanda especialmente após grandes vazamentos de dados em setores como o bancário e o de saúde.
Para os corretores de seguros, o entendimento sobre as apólices de seguro cibernético e o papel de consultoria no oferecimento desse produto são essenciais para garantir que os clientes estejam devidamente protegidos e compreendam os benefícios e as limitações desse tipo de cobertura.
Envelhecimento da população e novas demandas de cobertura
A longevidade da população brasileira é outra questão explorada no especial do Valor Econômico, que destaca como o aumento da expectativa de vida está gerando uma demanda crescente por seguros de vida e de saúde voltados a idosos e à terceira idade.
À medida que o perfil etário dos clientes muda, as seguradoras precisam adaptar seus produtos para atender a novas demandas. A expectativa de vida mais longa implica maiores gastos com saúde e, em muitos casos, a necessidade de cobertura para doenças graves.
O mercado de seguros de vida e saúde tem respondido a essas mudanças com produtos que oferecem benefícios diferenciados para pessoas com idade avançada. Além disso, as seguradoras têm apostado na inclusão de serviços de assistência à saúde mental, condição cada vez mais comum em todas as faixas etárias, mas que se agrava em indivíduos mais idosos.
Essa dinâmica acompanha a tendência de uma abordagem mais humanizada e preventiva, buscando atender a um mercado que valoriza cada vez mais a qualidade de vida.
Expansão dos seguros para veículos elétricos e sustentabilidade
O aumento da frota de veículos elétricos no Brasil também vem gerando novas demandas e oportunidades para o setor de seguros de transporte alternativo. A popularização dos veículos sustentáveis, as seguradoras estão expandindo suas ofertas para incluir coberturas específicas para esses automóveis, que apresentam particularidades em termos de riscos e custos.
Em 2024, o número de apólices para veículos elétricos registrou um crescimento de 120% em comparação aos anos anteriores, evidenciando o interesse do consumidor por produtos que atendam a essa nova realidade.
Os veículos elétricos demandam um tipo de seguro que contemple particularidades como o alto custo das baterias e a possibilidade de recarga em locais específicos, o que afeta o perfil de uso do veículo.
Esse tipo de seguro exige que os corretores estejam atentos às novidades e ao desenvolvimento de produtos para garantir uma oferta adequada, diferenciada e alinhada às necessidades dos segurados.
Curso de transformação digital para corretores de seguros
Com o objetivo de capacitar corretores de seguros para os desafios do futuro, a Lojacorr lançou um curso focado em transformação digital e Inteligência Artificial. Este curso oferece uma formação prática e estratégica que aborda desde a automação de processos até o uso de dados para personalização do atendimento.
Com o apoio da Lojacorr, corretores têm a oportunidade de desenvolver competências que serão fundamentais para atender um público cada vez mais exigente e conectado.
O curso explora os benefícios da digitalização e ajuda corretores a entender como a IA pode ser uma aliada no crescimento da carteira de clientes e na personalização das ofertas. É uma oportunidade que prepara os profissionais para lidar com ferramentas tecnológicas que otimizam a análise de dados, simplificam o atendimento e aumentam a retenção de clientes.
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