Matheus Pineda Barroso, de 29 anos, é sócio da Atual Secure Corretora de Seguros, localizada na Avenida Paulista, na capital de São Paulo. Há 11 anos, ele entrou por acaso para o mercado de seguros.
“Fiz curso Técnico de Publicidade junto com o Ensino Médio, e na hora de fazer faculdade acabei ingressando no curso de Publicidade e Propaganda”, conta Matheus. Ele estava com dificuldade de conseguir estágio na área e foi então que sua tia, Meire Longobardi, esposa do diretor da Lojacorr, Luiz Longobardi, que já tinha a corretora de seguros, o convidou para trabalhar temporariamente. “A ideia era ficar até conseguir a vaga na minha área. Comecei ajudando a colocar as apólices em ordem alfabética, que antes eram impressas. Trabalhava um pouco, tirava um dinheirinho e continuava procurando vaga em Publicidade”, diz.
Porém, neste meio tempo, ele foi “picado pelo bichinho do seguro”. “Comecei a gostar da área e a querer conhecer mais. Minha tia, na época, tinha apenas um funcionário, e ele pediu demissão, ficamos somente nós dois e busquei ajudar em tudo”, recorda Matheus. Ele lembra que, em vez de pedir toda hora ajuda à tia, começou a organizar em um arquivo no computador as principais dúvidas e respostas de ações do trabalho. “Com esse ‘roteiro’ que construí passei a ter autonomia na atividade. Quando percebi, já não estava mais procurando emprego e apenas focando na corretora”. Em 2019, Matheus se tornou sócio de Meire na empresa, que hoje conta com mais três funcionários.
Mesmo tendo decidido seguir a carreira de corretor de seguros, ele concluiu a formação da faculdade e, em seguida, estudou para habilitação profissional da Susep. Apesar de nunca ter trabalhado na área de publicidade, os conhecimentos o ajudam até hoje a impulsionar a imagem da empresa. “Faço apresentações bem profissionais para clientes, inclusive, algumas empresas que já viram hoje pedem para eu ajudar a montar apresentações para elas. Toda essa parte de publicidade, marketing, redes sociais da corretora sou eu quem cuida”, afirma.
Já a parte comercial de seguros fica dividida entre os dois sócios. “A Atual Secure trabalha com todos os ramos de seguros e Meire e eu atuamos igualmente em todos. Estamos desde o começo ligados à Lojacorr, que nos ajudou e ajuda muito até hoje, especialmente por todo o leque de seguradoras e produtos que disponibiliza. Temos a tranquilidade de saber que podemos atender a qualquer segurado em qualquer necessidade, pois a rede tem produto e apoio, além de oferecer a opção de negócios compartilhados para ramos mais específicos, então nos tornamos grandes e com ampla atuação”.
Caminho de grandes oportunidades
Matheus acredita que os jovens ainda são minoria na profissão de corretor de seguros por desconhecimento. “Nossa profissão é pouco divulgada e ainda pouco valorizada por muitas pessoas. Talvez a questão da remuneração variável influencie nisso, devido à falta de estabilidade financeira. O começo realmente é desafiador, especialmente até conseguir construir uma base sólida de clientes”, comenta.
“Costumo sempre brincar dizendo que se alguém, jovem, sonha em ser corretor de seguros, com certeza essa pessoa tem um ‘parafuso a menos’. Brincadeiras à parte, pouca gente sabe o quanto trabalhamos, o quanto temos de responsabilidade, o quanto ajudamos os segurados. Inclusive, pouca gente sabe o que um corretor de seguros faz. Acham que só cotamos seguro e vendemos”.
Para ele, os jovens trazem diferenciais para a profissão. “O jovem está mais ligado nas novas tecnologias e tendências, se adapta melhor. Possui mais disposição para aprender, para inovar e tem uma melhor comunicação com o público mais jovem. Além disso, sabe usar melhor as redes sociais para captação de clientes e divulgação da sua corretora”, aponta.
E indica os principais benefícios de ser um jovem corretor: “Flexibilidade no trabalho, com a possibilidade de criar sua própria rotina e trabalhar remoto ou híbrido; visão moderna do mercado e tecnologia; melhor comunicação com o público; facilidade com as redes sociais; e o alto potencial de ganho”.
O jovem empreendedor da corretagem de seguros vislumbra na profissão uma excelente oportunidade. “Acredito que essa nossa profissão nunca irá acabar. Mesmo em tempos de crise, sempre temos demanda. O seguro é uma necessidade básica das pessoas, principalmente os produtos voltados para a área da saúde e tecnologia. Outro ponto positivo é que nosso ganho depende 100% do nosso trabalho, pois não temos salário fixo e ganhamos comissões proporcionais aos seguros que vendemos. Ou seja, quanto mais vendas, maior a remuneração”, conclui.