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Colaboração organizacional

Tempo é o ativo da cooperação

Ramon Gomez
Ramon Gomez

Por Suzane Gantzel

Provocativo e cheio de inspiração, Ramon Gomez abriu as palestras da plenária da 7a Convenção Nacional da Lojacorr – LC Summit, neste dia 01 de junho. Organizada pela Lojacorr, maior rede de corretoras de seguros independentes do país, o evento acontece em Curitiba também no dia 02 de junho e recebe cerca de 2 mil corretores de seguros de todo o país.

Gomez é o VP Comercial Employee Benefits da MetLife Brasil e ministrou a palestra “Reflexões sobre cooperação”. Segundo ele, hoje com mais de sete bilhões de pessoas morando no planeta, a vida ficou mais complexa, e agora o que define as pessoas são as empresas, e não mais as religiões ou idealismos. Além disso, a colaboração é difícil, mas após a pandemia, a crise por conta da Guerra da Rússia contra a Ucrânia, inflação, questões sociais, ninguém consegue resolver nada sozinho. “Nós precisamos unir nossas vozes junto às companhias seguradoras, por exemplo, para nos desenvolvermos”, cita.

Mas afinal, o que impede a colaboração?

Harvard fez uma pesquisa com três mil empresas sobre as coisas que impedem a colaboração e o ranking foi o seguinte: 22% dizem que é falta de tempo, 19% afirmam que é falta de incentivos, outros 17% atribuem a carência de colaboração devido à confiança, outros 15% à competência e 13% a relacionamento.

Para Gomez, o tempo é o ativo da nossa sociedade e hoje a maior perda de tempo é atribuída às reuniões e aos emails. Além disso, as empresas precisam de pessoas que questionem. “Só assim, as organizações conseguem evoluir. Afinal, grande parte dos profissionais trabalha hoje sem satisfação e a empresa que oferece a oportunidade do colaborador contribuir com opiniões incentiva mais que recompensa financeira”, fala. Por isso que, segundo o VP, é preciso pensar em outros benefícios, como criar proteção para a cultura da colaboração. “Pessoas envolvidas de verdade com a empresa brigam por ela, discutem em prol do seu crescimento, se importam efetivamente, e conhecem o valor verdadeiro do amor. Sendo assim, devemos pensar que tipo de sociedade que nossas empresas querem deixar para o planeta”, reflete o gestor. 

Além disso, a diversidade é essencial para a colaboração criativa. Gomez entra na seara da contratação, que pode ser o caminho certo para adquirir talentos adequados às necessidades das organizações, bem como do seu sucesso por meio da colaboração. “As perguntas certas não são mais quais as principais características das pessoas destacadas no momentos da entrevista, mas sim os livros que ela leu, as viagens que fez, as culturas que conhece e as vidas que elas querem mudar. Isso é empatia e a verdadeira preocupação com as outras pessoas”, acrescenta o VP.