Encontrar o equilíbrio entre o papel da tecnologia e a humanização é a chave do amadurecimento profissional
A constância em momentos de transformação é um grande desafio. Entretanto, sabendo que a tecnologia é um caminho sem volta e que o futuro é o agora, alguns apontamentos são significativos para encontrar harmonia entre humanização e digitalização.
O painel “Humanização em tempos de transformação”, que aconteceu no dia 1o de junho, durante a 7a Convenção Nacional da Lojacorr, teve a participação de Nereu Rodrigues (advogado com atuação em gestão jurídica do patrimônio familiar, especializado em áreas do direito societário, fusões e aquisições, conselheiro de administração certificado pelo IBGC), Ludmilla Concon (diretora Financeira da Lojacorr), Luiz Longobardi Jr. (diretor de Mercado e Distribuição da Lojacorr), Isadora Sbrissa (especialista em gestão de negócios, marketing, comunicação e marca, com sólida atuação em posições de liderança para grandes empresas), Marlise Ferreira (cofundadora da Lojacorr, criadora do Programa de Treinamentos (Treinacorr) e empreendedora na área de desenvolvimento humano), Dirceu Tiegs (presidente da Lojacorr) e mediação de Heloisa Garrett (jornalista, empresária e presidente do LIDE – Grupo de Líderes Empresariais no Paraná).
Marlise diz que neste contexto da humanização em tempos de transformação a importância das relações e das proximidades somam com a eficácia da tecnologia. “Não podemos perder a capacidade de se ouvir e de manter as relações humanas, pois estamos hiperconectados, mas extremamente isolados”, relata.
Já quando questionado sobre as habilidades do profissional do futuro, Nereu Rodrigues complementa o que Marlise relatou e diz que o relacionamento interpessoal é algo que deve ser conservado. “A tecnologia está para nos servir. Devemos potencializar nossos relacionamentos e manter a capacidade de conexão”, explica o advogado, que mantém na sua atividade a proteção como mantra em prol da preservação do patrimônio afetivo.
No caso do profissional de finanças, Ludmilla explica que, com o avanço da tecnologia, há um impacto na redução do número de pessoas atuando no setor, mas há um aumento da necessidade de um profissional mais analítico e que apoie as demais áreas das organizações, pensando na melhoria contínua dos processos e visão focada em resultados.
Por outro lado, a vida do corretor de seguros hoje não anda se não houver tecnologia. Longobardi diz que a união da ferramenta e a consultoria do profissional amadurece o mercado. “Nenhuma máquina ou ferramenta vai conseguir esclarecer os riscos para o segurado se não o corretor, mas o corretor sem um multicálculo perde tempo e dinheiro com trabalhos braçais”, reflete.
O que é fato é que a tecnologia chegou para ficar. “Por isso, temos que encontrar o seu verdadeiro papel, assim como o que é o papel das pessoas. A tecnologia só substituirá as pessoas no que é padronizável, mas todas as outras inteligências não são substituíveis. No caso do corretor consultor, ele está para entender e decifrar aquilo que não é dito, baseado na relação com o ser humano”, menciona Isadora.
Todas essas leituras só são possíveis quando há diversidade de opiniões e visões. Dirceu conta que a diversidade dos painelistas permite que tenhamos a observação do futuro por diferentes ângulos. “Estamos nos complementando, mas o que é certo é que a confiança das pessoas é em pessoas, e nós estamos em constante movimento para colocar o corretor sempre no centro do nosso negócio”, finaliza.