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Turismo

Seguro viagem já alcança 30% dos brasileiros

Produto tem alta na demanda e atende viajantes tanto em turismo quanto em negócios

Turismo abre grande campo potencial para a venda de seguros.
Turismo abre grande campo potencial para a venda de seguros.

A temporada de verão europeia trouxe boas expectativas para o turismo em todo o mundo, inclusive para o setor de seguros. Os números de embarques bateram recordes no período de junho a setembro, num clima de muita empolgação que deixa a lembrança da reclusão durante a pandemia bem distante no passado. 

Os executivos do setor comemoram. Steve Perillo, CEO e proprietário da operadora de viagens Perillo Tours, de Nova Jersey, relatou que desde a década de 1970 os americanos não buscavam tanto os destinos da Europa. Já a operadora de seguros de viagem Allianz Partners cravou em 55% o aumento nas viagens de americanos para o Velho Mundo, com destaque para os destinos Londres, Paris e Dublin, além de Roma, Reykjavik, Amsterdã e Lisboa.

Os bons números trazem ânimo aos agentes do turismo com a aproximação da alta temporada brasileira também, além do período de alta de viagens em cruzeiros. Para o setor de seguros, a alta nos embarques também é muito positiva, pois os números mostram que o produto hoje faz parte das prioridades dos passageiros. Um dos fatores que contribuíram para isso foi o aprendizado trazido pela pandemia. Apesar de não ser obrigatória, a contratação do seguro-viagem é bastante recomendada, especialmente se a viagem inclui países com alto custo do sistema de saúde. Isso vale para Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia, Inglaterra e Irlanda.

Há exatamente um ano, o arquiteto Gerson Smal Staehler e sua família sofreram um acidente de carro no Colorado, nos EUA, e precisaram de atendimento de emergência. Apesar de não terem sofrido lesões graves nem internamento, foi necessária a ida ao pronto atendimento. Foram menos de duas horas de procedimento, mas a conta foi salgada. Ela foi recebida dias depois, numa cobrança de mais de R$ 100 mil. “Graças ao seguro-viagem, pudemos encaminhar os documentos e contar com essa tranquilidade. Certamente, se não tivéssemos o seguro a viagem teria acabado ali mesmo, com muita tristeza”, relembra Gerson.

Seguro-viagem está em alta

Uma pesquisa com dados do Sistema de Estatísticas da SUSEP (SES SUSEP) e Anuários BRAZTOA revela que cerca de 30% dos  brasileiros que viajaram em 2022 realizaram um seguro-viagem. Os números foram levantados pela Vital Card, segundo a qual a produção de seguro viagem no Brasil foi de R$ 847 milhões no período, com 8,4 milhões de embarques entre nacionais e internacionais.

Comparando com 2019, houve um acréscimo de 58% no prêmio emitido, e no nível de embarques o aumento foi de 29%. “Verificamos que o aumento de prêmio emitido foi quase o dobro do número de embarques. Isso mostra que, com a pandemia e seus efeitos, os riscos de uma viagem foram melhor considerados pelos passageiros, e que o seguro viagem entrou de fato na lista de prioridades para contratação”, explica Rafael Turra, diretor da Vital Card e da TZ Seguros. “Se compararmos a estimativa de passageiros segurados em 2019, temos aproximadamente 20% dos passageiros segurados, ou seja, em 2022 tivemos um acréscimo de aproximadamente 50% para a massa segurada (30% viajam com seguro).

Pensando em viagens internacionais, um novo produto da Tokio Marine é 100% digital e com contratação simples e rápida. Com isso, o viajante tem acesso a uma rede ampla credenciada de hospitais, telemedicina 24h, cobertura para COVID-19, reembolso de despesas médicas, e, muito importante: atendimento via Whatsapp ou telefônico em português. 

Saiba como contratar um seguro viagem: 

  1. Nas agências de viagens
  2. Em corretoras de seguros
  3. Comprar online
  4. No próprio aeroporto antes do embarque
  5. Na emissora do cartão de crédito

Não se recomenda usar as opções 4 e 5, pois são de última hora e podem trazer mais dor de cabeça. O custo costuma ser maior e as coberturas podem ser bastante limitadas. Quando a opção é pelo produto da bandeira do cartão de crédito, é bom lembrar que o modelo costuma ser via reembolso, o que nem sempre compensa. 

Seguro com corretor de seguros

Quando o turista ou viajante de negócios procura um seguro de viagem, uma das formas mais recomendadas é procurar uma corretora. Isso porque os profissionais oferecem produtos de diversas operadoras e são capacitados com treinamentos especializados para explicar cada tipo de cobertura. Afinal, é diferente viajar com algum tipo de doença pré-existente, ou para um lugar em que se pratique esporte de risco, entre outros fatores que irão determinar o tipo de seguro ideal para você.

Sendo assim, o corretor pode indicar a melhor apólice na hora de viajar. Além disso, diversas agências e corretoras possuem acordo com as operadoras do seguro viagem, o que pode levar a um ótimo preço no produto. Já no caso do seguro corporativo, as empresas devem prever toda série de necessidades de seus funcionários enquanto estiverem em trânsito para evitar problemas depois.

Se você tem dúvidas sobre as etapas de compra ou uso do seguro de viagem, acompanhe abaixo:

Dúvidas frequentes sobre o seguro viagem: 

É necessário ter cobertura para despesas médico-hospitalares e odontológicas?

Sim, se você comprar um seguro viagem precisa ter a cobertura de despesas médico-hospitalares e odontológicas (DMH-O), uma normativa da Susep. Isso porque ela cobre os problemas causados por doença ou acidente que possam ocorrer em viagem. Em geral, compra-se o seguro com um limite de gastos máximo, o que influi no valor do prêmio do seguro viagem.

A cobertura pode ser discriminada por “evento” ou “limite global”. No caso do limite global, o valor utilizado será descontado do limite. Já na categoria “evento”, cada problema terá o próprio limite. É o caso de tratamentos como intoxicação alimentar, gripe, lesões. Cada um dos problemas terá um determinado limite de proteção.

Em se tratando de viagens longas como intercâmbios, é preciso considerar um valor realista que se poderá utilizar – pois tudo que exceder do limite ficará por conta do segurado.

Dentes em segurança 

Assim como na cobertura das despesas médico-hospitalares, a cobertura despesas odontológicas cobre casos de urgência ou emergência. Podem ser acidentes ou doenças súbitas ou agudas. Porém, se o problema for causado devido a uma prótese ou órtese já existente, será coberto apenas uma consulta para sanar dores. 

Também não costumam ser cobertos tratamentos ou consultas de acompanhamento. Já em caso de problemas com dentes naturais durante a viagem, é feita a cobertura para utilizar próteses temporárias.

Atenção! Tratamento de canal não é coberto, somente a primeira consulta para sanar a dor. Se o segurado realizar o tratamento no país para o qual viajou, o processo não será coberto.

É possível cobrir despesas farmacêuticas?

Os gastos com medicação relacionados a eventos como doença ou acidente que estejam cobertos poderão ser reembolsados, se tudo estiver de acordo com as condições gerais. Em geral, o limite para esses gastos com medicamentos fica em torno de 1.000 reais, euros ou dólares, depende da moeda da compra.

Traslado médico

Quando é necessária a transferência entre hospitais, o termo usado é o traslado médico. Se o local do atendimento não possuir a infraestrutura necessária para o caso, serão cobertos os custos de traslado até outro hospital que possa atender.

Pode ser um transporte caro, quando é necessário um equipamento ou acompanhamento especial na ambulância. Por isso, o limite de traslado médico gira em torno de $5.000.

Regresso sanitário

Em alguns casos, o médico pode recomendar o retorno do viajante para seu domicílio original. Essa cobertura é obrigatória nos países do tratado de Schengen, e o seguro viagem irá cobrir os custos de transferência. Isso porque pode haver multas com remarcação de passagem, upgrade de passagem ou mesmo custos de um enfermeiro acompanhante. A repatriação sanitária pode ser muito cara.

Prorrogação de estadia e/ou garantia de retorno

Pelo contrário, pode ser necessário permanecer mais tempo no destino da viagem devido a problemas sanitários. Se isso for uma orientação médica, serão cobertos determinados custos de estadia dele e remarcação de passagem. O limite é de cerca de 5 dias, e o valor limite fica na faixa dos $3.000.

Indenizações

Infelizmente, existem casos em viagem que levam à invalidez ou morte. Uma viagem coberta dará direito a uma indenização de cerca de R$50.000. Pode-se comparar a um complemento do seguro de vida. Em casos de invalidez, a indenização é parcial. 

Traslado de corpo

Claramente trata-se de uma situação que ninguém deseja, mas que precisa estar coberta para uma eventualidade. O limite fica na faixa dos $25.000.

Cancelamento de viagem

Ninguém pensa nisso também, mas quando ocorre um fator que impossibilite a viagem, como morte na família, alguns seguros cobrem gastos com cancelamento. Fique atento para oferecer ao seu cliente o melhor produto.

Interrupção de viagem

Se, por algum motivo, é necessário retornar mais cedo da viagem, pode haver multas da companhia aérea e demais fornecedores, como atrações turísticas não aproveitadas. Um bom seguro terá essa cobertura.

Envio de acompanhante

Ninguém quer enfrentar um internamento sozinho em outro país. Alguns seguros preveem cobertura para o envio de um acompanhante, incluindo custos com passagem aérea e estadia.

Substituição em viagem de negócios

Quando a viagem é de trabalho, qualquer problema enfrentado pelo executivo ou executiva exigirá o envio de um substituto, o que pode ser previsto.

Atraso e extravio de bagagem

Além dos problemas de saúde, uma das situações mais comuns em viagem é o atraso de bagagem. Em geral, quando a demora for de mais de 6 horas, a seguradora reembolsa os gastos com itens de primeira necessidade. Isso inclui artigos para higiene e roupas. Em caso de extravio, a seguradora indeniza o segurado até certo valor, de acordo com o peso da bagagem. 

Atraso de voo

Se o voo atrasar por mais de 4 horas, o seguro viagem poderá cobrir gastos com alimentação, deslocamento ao hotel e hospedagem. Isso é importante porque, de acordo com o país, muda a legislação sobre o que as próprias companhias aéreas devem prover.

Essas são algumas situações em que o seguro viagem é mais do que necessário. E cada vez mais turistas ou viajantes em negócios percebem como ele é crucial. Boa viagem!