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Coluna do Influenciador

Seguro Viagem e o nosso papel social: corretor, você é o herói da hora H

Diante de fatalidades no exterior, eu reforço que o corretor é o guia essencial. Não vendemos apenas uma apólice, mas tranquilidade, logística e, acima de tudo, a dignidade para as famílias em seu pior momento

Família protegida com Seguro Viagem

Como corretora de seguros, eu sinto uma responsabilidade enorme. O recente caso do luso-brasileiro em Portugal acendeu um alerta que não podemos ignorar: viajar sem seguro é correr um risco desnecessário. No exterior, onde a burocracia, a língua e os custos médicos são desconhecidos, a proteção é o nosso maior aliado.

Muitos clientes só pensam no Seguro Viagem como cobertura para despesas médicas e hospitalares. E, sim, isso é determinante! Mas, corretor, você precisa mostrar a eles que estamos falando de um produto muito mais completo, um verdadeiro “abraço” logístico.

A dignidade da repatriação

Vamos falar sobre o que realmente assusta as famílias: uma fatalidade longe de casa.

O Seguro Viagem tem uma cobertura essencial que é a Assistência Funeral. Ela garante todo o serviço: carro funerário, urna, preparação do corpo, velório, orientação para registro em cartório… é um peso gigantesco tirado dos ombros da família.

Mas, o que mais onera e preocupa é o Traslado de Corpo. É um serviço doloroso e caríssimo. A maioria dos seguros oferece essa cobertura, e eu sempre recomendo: procure apólices em que a cobertura seja na moeda do país de visitação. 

Isso garante um valor mais real e evita que a família tenha que “colocar a mão no bolso” quando o teto de cobertura, como R$ 50 mil, não é suficiente para a complexidade e o custo do serviço na Europa. Precisamos ser transparentes com os nossos clientes sobre os valores reais!

Outro ponto fundamental: o seguro não cobre apenas o corpo. Ele também oferece o Traslado Médico (se o cliente precisa ser transferido e não pode fazê-lo sem acompanhamento) e, na maioria das vezes, a hospedagem e o traslado de um familiar para acompanhar o processo. Essas não são apenas coberturas; são atos de humanidade.

O limite entre acidente e crime

Aqui, temos um ponto delicado que você precisa esclarecer para o seu cliente.

O Seguro Viagem, em sua modalidade básica, não costuma cobrir fatalidades decorrentes de atos criminosos dolosos, como um assassinato. A cobertura de morte se limita, geralmente, à Morte Acidental

É o Seguro de Vida (que pode ser um adicional no Seguro Viagem) que tem mais chances de cobrir homicídio, mas sempre dependendo das condições da apólice.

A nossa responsabilidade é instruir o cliente sobre as exclusões mais comuns.

  • Viagens para áreas de guerra.
  • Tratamentos após o retorno ao Brasil.
  • Acidentes provocados por fenômenos naturais extremos (terremotos, tufões etc.).

E até mesmo aquelas que parecem pequenas, mas não são: acidentes decorrentes de desentendimentos interpessoais ou atos de violência que não são terrorismo. As exclusões existem e precisamos conhecê-las para que a indenização nunca seja negada.

DMH e traslado médico não se misturam

Falo sempre para os corretores: a cobertura de Despesas Médicas e Hospitalares (DMH) e o Traslado Médico são coberturas diferentes. Uma não esgota o limite da outra! Mas, obviamente, o limite de DMH deve ser sempre o mais completo possível, pois os custos de saúde no exterior são astronômicos.

Quanto à Assistência Jurídica e Fiança? Ela é um “tapa-buraco” inicial. Ela não é suficiente para processos judiciais longos e caros. Ela oferece o suporte imediato, o advogado para as primeiras horas. Para destinos de alto custo, os limites padrão são rapidamente consumidos. Por isso, a cobertura de Responsabilidade Civil deve ser alta (eu diria que, idealmente, mais de € 500.000) para cobrir grandes danos a terceiros.

A paz de espírito não tem preço

O que justifica a diferença entre uma apólice de R$ 10 mil para repatriação e uma de R$ 150 mil? Corretor, a resposta é simples: o cliente está comprando paz de espírito e apoio logístico. R$ 10 mil não é suficiente nem para o traslado dentro do Brasil, que dirá no exterior!

Nesses momentos traumáticos, o protocolo de comunicação é fundamental. Felizmente, todas as seguradoras de confiança oferecem um canal 24h para o cliente e, o que é fundamental, para o corretor. Esse número é a nossa linha direta para a eficiência e para que a família não tenha que lidar com a burocracia internacional sozinha.

Meu recado direto para o corretor

Você é o principal ponto de apoio do cliente em uma tragédia. Seu papel é ir além da venda.

  1. Seja o seu corretor de confiança: em momentos de muito estresse, sua racionalidade e conhecimento são essenciais para resolver o sinistro com agilidade.
  2. Selecione seguradoras de confiança: priorize empresas com solidez e estrutura. Sua escolha é o que garante que o cliente não será abandonado no meio do problema.

Nosso trabalho é proteger a vida, a renda e, sim, o futuro das famílias. O Seguro Viagem é apenas mais uma prova do quanto o nosso papel social é importante!