Recentemente, testemunhamos um grande desastre natural: a tragédia no Rio Grande do Sul. Eventos desta magnitude, que afetam comunidades inteiras, ressaltam a importância vital dos seguros na sociedade.
Para dimensionar o impacto, é importante destacar que o governo federal planeja aportar cerca de 50 bilhões de reais em esforços de recuperação, incluindo obras de infraestrutura, incentivos fiscais para empresas e programas assistenciais. Este investimento será distribuído ao longo dos anos, alcançando os afetados de forma indireta.
Em contraste, as seguradoras estão comprometidas a pagar aproximadamente 4 bilhões de reais em um curto período de tempo, e mais importante, esse dinheiro será entregue diretamente aos afetados, sem burocracia. Hoje, 23 de julho, é provável que a maior parte dessas indenizações já tenha sido processada.
Possivelmente estamos diante da maior indenização já realizada pelo setor de seguros. Mas como as seguradoras conseguem liberar valores tão significativos em tão pouco tempo? Para operar, as seguradoras devem cumprir exigências rigorosas, incluindo a manutenção de uma reserva técnica robusta. Essa reserva é o montante necessário para que uma seguradora possa cumprir seus compromissos com os clientes, mesmo em cenários atípicos como este.
Embora os seguros desempenhem um papel crucial, o cenário no Brasil ainda apresenta uma penetração limitada: apenas 15% das residências têm algum tipo de seguro, enquanto cerca de 30% dos veículos estão segurados. Assim como a COVID-19 levou a um aumento de cerca de 11% na demanda por seguros de vida, desastres como este sublinham a necessidade de proteção por meio de seguros.
Eventos como estes alertam a sociedade sobre a importância dos seguros como mecanismos de proteção e recuperação econômica. Diante da crescente frequência dessas tragédias, surgem debates sobre como o mercado deverá se adaptar no futuro. Por exemplo, durante um encontro na Câmara, representantes das seguradoras sugeriram iniciativas como o Seguro Social de Catástrofe, que visa oferecer cobertura acessível à população em geral contra perdas significativas em grandes desastres naturais, como enchentes, secas e terremotos. Além disso, a criação do Fundo de Seguro Rural foi proposta como uma forma de oferecer suporte e estabilidade ao setor agrícola.
As tragédias naturais, como a vivenciada recentemente no Rio Grande do Sul, expõem as vulnerabilidades de nossas comunidades e a urgente necessidade de sistemas de proteção robustos. Os seguros desempenham um papel fundamental nesse contexto, não apenas facilitando a recuperação econômica, mas também oferecendo segurança e tranquilidade para os indivíduos e famílias afetados.