Guilherme Mazzon iniciou no mercado de seguros no ano de 2000, quando reestruturou sua vida. Ele se casou no fim de 2017 com a Elisângela e se mudou de Santo André, no ABC Paulista, para a cidade de seus pais, Jaú, no interior de São Paulo. Inicialmente montaram uma loja de roupas, até que em 2000 a esposa passou em concurso como professora, na cidade vizinha de Matão, e ele foi buscar uma atividade na nova cidade.
Início no setor
“O então presidente da Bradesco Seguros, Marco Antonio Rossi, era conterrâneo da minha esposa (da cidade vizinha Bariri) e junto a uma amiga que trabalhava em agência do banco me deram a oportunidade de trabalhar com seguro de vida e previdência”, conta Guilherme.
Foi uma trajetória de sucesso de quatro anos, mas ele queria mesmo era ser corretor. “Em 2004 me habilitei corretor de seguros pleno e ingressei na sociedade de uma corretora que estava sendo montada, a Tecnitrans, com mais três sócios. Eu sempre gostei de vender seguros para pessoas jurídicas e esta corretora foi fundada para atuar exclusivamente na carteira de transportes”, relata.
Carreira de corretor de seguros
Ele ficou responsável pelo atendimento na região de Matão, onde mora. “Logo de cara começamos a fechar muitas contas, fomos crescendo”. Em 2010 um dos sócios vendeu a parte e ficaram apenas os três, que estão juntos até hoje: Alexandre Aquiles, Carlos Nogueira e Guilherme Mazzon.
Em 2011 o trio foi convidado para uma operação de comercialização de todas as carteiras de seguros junto ao Banco do Brasil e, para isso, precisaram montar uma nova corretora. Assim foi fundada a Alguicar Corretora de Seguros, cujo nome leva as iniciais dos três sócios. Eles mantiveram as duas empresas, sendo que os sócios foram tocando a Tecnitrans e Guilherme na linha de frente da Alguicar.
Na operação com o Banco do Brasil, Guilherme atendia toda a região Nordeste, com exceção da Bahia, e mais Mato Grosso, Amazonas e parte do interior de São Paulo. Os demais pontos do Brasil eram atendidos por mais 14 corretoras que também foram selecionadas. Até que em 2019 o banco encerrou a operação com as 15 corretoras de seguros.
Foco em transportes
A Alguicar continuou seguindo sua trajetória. “Já tínhamos muita expertise em transportes e é uma carteira de seguros faturável. Em 2020 veio a pandemia e para nossa tranquilidade este ramo de seguros não sofreu, diferentemente de outros. Transportes até cresceu, teve mais entregas, com aumento do comércio eletrônico. E do que éramos exclusivamente transportes começamos a agregar outras carteiras”, afirma.
Guilherme conta que fez um trabalho de parcerias e seleção de riscos para os bons resultados do negócio. “A carteira de transportes vive de resultado, já chegamos a ter 100% da produção em uma seguradora por muitos anos, mas a companhia teve problemas e aprendemos que é preciso diversificar. Tínhamos mentalidade de fazer negócio a qualquer custo e colocávamos na corretora muita conta de alta sinistralidade, empresas que não tinham mudança de cultura para melhorar o risco. Selecionamos melhor os parceiros e clientes e hoje o resultado da nossa carteira é muito bom, considerando uma carteira nervosa, porque o sinistro de transportes nunca é pequeno, quando acontece é acima de R$ 100 mil, R$ 200 mil, R$ 300 mil”.
“Dependendo da atividade tem muito sinistro. Por exemplo, no agronegócio a transportadora tem um volume de embarque muito grande e a transportadora muitas vezes não tem caminhão suficiente para dar vazão a todo aquele contrato que pegou, e aí que dá problema, pois tem que terceirizar, contratar motorista e muitas vezes está contratando bandido, acontece muito desvio de carga. Por isso fomos selecionando riscos”.
Parcerias na Lojacorr
A entrada na Lojacorr foi com o objetivo de estabelecer novas parcerias. “Antes havíamos tentado nos unir a uma assessoria de seguros aqui da região, mas não deu certo. Tínhamos amizade de muito tempo com o Aldo Rinaldi, concessionário da Unidade de Ribeirão Preto, e vimos que seria uma parceria legal. O André Moreno também veio nos visitar e identificamos uma boa oportunidade para desenvolver o trabalho com outros corretores, oferecendo nossa capacidade de especialistas em transportes”, conta Guilherme.
“O ramo de transportes demanda conhecimento, condição comercial, backoffice. E a vantagem que vimos na Lojacorr é que um corretor parceiro entraria com o relacionamento com o cliente e nós com a expertise e a condição para tocar a operação. Estamos tentando formar um hub, mas ainda vemos certa resistência, tem corretor que prefere não ter a compartilhar negócio”, aponta.
Negócios compartilhados
“Tem um colega, o Roberto, da Aporé Corretora de Seguros, que entende o modelo e tem feito muito negócio compartilhado. Desde que iniciamos em seguros nós temos negócios compartilhados, por meio de co-corretagem, temos até hoje cerca de 15 corretores que ajudamos desde o início da nossa atuação”.
Os sócios da Alguicar também utilizam a expertise de especialistas. “Da mesma forma atuamos em parceria em outras carteiras, preferimos passar para outros colegas mais especialistas e recebermos nossa parte. Negócios compartilhados é a coisa mais inteligente que existe, os colegas precisam perder o receio”, conclui.