A corretora de seguros Vanessa Reis, da cidade de Divinópolis, Minas Gerais, ingressou no setor em julho de 2007, aos 23 anos, quando fazia faculdade de Direito, em uma vaga de estágio em uma corretora. “Fui contratada para fazer todas as cotações de automóvel e residência, apoiando o trabalho das consultoras”, recorda. No fim do ano, Vanessa percebeu que não poderia mais continuar os estudos, por questões financeiras – ela era casada e tinha um filho pequeno de um ano e dois meses, o Yuri – e assim não conseguiria renovar o contrato de estágio.
Ela conversou com os donos da empresa, disse que gostaria de continuar, mas precisaria ser como funcionária. Apesar do custo mais alto, eles a contrataram e a colocaram para vender seguros, porque ela vinha aprendendo com as outras consultoras e até participando de treinamentos. Neste trabalho, Vanessa focou mais uma vez nos seguros de auto e residência.
Depois de mais um ano, recebeu uma proposta para atuar como consultora em outra corretora, que ficava dentro de uma rede de concessionárias, com comissionamento melhor. Apesar de ganhar mais, logo ela se arrependeu da mudança, pois não se identificou com as pessoas e o ambiente. Porém, precisava do emprego e continuar por um tempo até se estabelecer financeiramente. Ela ficou um ano na empresa, e quando saiu de férias entrou com pedido de demissão.
Empreendedorismo no setor
Decidiu então começar a vender seguros por conta própria. Como não era habilitada ainda, fez parceria com uma colega corretora de seguros e descarregava sua produção. “Conheci o marido dela, que era gerente da seguradora Alfa, e disse que ela estava abrindo uma corretora, e que podíamos trabalhar juntas”, lembra. “Quando a conheci, expliquei que tinha uma pequena produção com familiares e amigos, os quais gostaria de continuar atendendo e buscando novos clientes. Fizemos um acordo de 70/30 e eu utilizava o escritório dela para trabalhar. Comecei a abordar clientes, pedir indicações. No primeiro mês vendi R$ 3 mil em apólices, mês seguinte já foi para R$ 5 mil”.
Vanessa ficou produzindo com esta corretora por três anos, quando decidiu voltar a estudar para ter sua própria empresa.
Nesta época, a então Funenseg (hoje ENS) conseguiu montar uma turma de alunos em Divinópolis aos fins de semana e Vanessa se matriculou. Ela se formou em 2014, e no mesmo ano entrou para a Lojacorr com sua empresa que está completando uma década.
“Eu sonhava ter meu escritório, mas como iria trabalhar, se ainda tinha uma produção pequena? Eu não conseguiria ter cadastro em todas as companhias pela produção. Muitas seguradoras eram específicas em produtos que eu não tinha, mas eu poderia ter demanda. Foi quando surgiu a Lojacorr”, conta.
Desde que atuou na primeira corretora, Vanessa conhecia o Antonio Carlos Fois, que era superintendente da Bradesco em sua região. Prestes a se formar, ela o procurou nas redes sociais para pedir ajuda, gostaria que ele a indicasse para parceria em alguma corretora grande. E foi quando ele disse que a ligação era coisa de Deus, pois havia começado a trabalhar na Lojacorr para expandir a rede de corretoras, e que oferecia suporte para quem está iniciando.
Parceria ideal
Na época, estava sendo aberta a primeira Unidade da Lojacorr em Minas Gerais, a Belo Horizonte. O gestor da Unidade na época, Maurício, entrou em contato com Vanessa, e ela foi até a capital para conhecer melhor o modelo de negócios. Saiu da reunião decidida que era a solução ideal.
No prédio onde Vanessa morava havia uma sala comercial que era da sua sogra e estava para alugar, e assim que chegou da viagem ela fechou o contrato. “Eu estava juntando dinheiro para trocar meu carro, mas redirecionei a verba e reformei a loja. Fiz do jeitinho que queria, criei a minha marca com o meu nome, Vanessa Reis Corretora de Seguros”, diz. Em dezembro estava tudo pronto, Vanessa saiu de férias uma semana com a família, e iniciou a empresa no dia primeiro de janeiro de 2015.
Muitos colegas do mercado, até mesmo a corretora para quem Vanessa produzia anteriormente, não conheciam a Lojacorr, e questionaram se era uma boa decisão, mas Vanessa estava confiante com o que viu em Belo Horizonte. “Acreditei na ideia. Sou a primeira corretora Lojacorr do Centro Oeste de Minas Gerais, a terceira em todo o estado, pois só tinham duas em Belo Horizonte”.
Vanessa começou com produção de R$ 5 mil, depois passou para R$ 8 mil e foi crescendo. “De segunda a sexta-feira ficava no meu escritório, mesmo que eu não tivesse nenhuma cotação para fazer, ficava limpando, tinha uma paixão pelo meu cantinho. Aos poucos o negócio foi deslanchando”.
Quem fez a apresentação da Lojacorr em Belo Horizonte foi o Fabio, que era da Unidade. “Fabio foi gerente de várias seguradoras, e foi convidado pelo Fois e pelo Maurício para expandir a Unidade Belo Horizonte”, conta Vanessa. “Ele deu todo o treinamento de sistema, nessa época eu era casada e ele também, então nossas conversas eram totalmente profissionais”. Por um acaso, anos depois, ela estava divorciada e ele também, e iniciaram relacionamento. Hoje são casados e pais de Maria Antônia, de um ano.
Quando se separou do pai do seu filho, em dezembro de 2016, Vanessa entregou a sala comercial, e em janeiro de 2017 iniciou o escritório em sua casa. “Quando preciso fazer reunião vou até o escritório do cliente, mas se for pessoa física ou algum caso pontual eu uso a Unidade Lojacorr”, afirma. “Tenho clientes de vários lugares do Brasil, agora mesmo estava apresentando uma cotação de um caminhão que transporta gado para um cliente lá do Pará”.
Vanessa Reis vem trabalhando a diversificação de carteira. “Há quatro anos minha carteira era 90% automóvel, hoje o ramo representa 60%. Comecei um trabalho para impulsionar os seguros residenciais, empresariais e vida. Também tenho alguns outros seguros que vêm por demanda, como de equipamentos”. Fabio deixou de ser funcionário da Lojacorr em 2019, e se mudou para Divinópolis. “Primeiro ele alugou uma casa e eu morava no apartamento com meu filho. Ele começou a trabalhar na Cedro Corretora de Seguros. Veio a pandemia a empresa desligou alguns colaboradores, então fomos morar e trabalhar juntos. O Fabio ajuda nas demandas do dia a dia, mas especialmente nos seguros de crédito e garantia”, relata.
Durante a mudança de casa do Fabio, quando buscavam os últimos itens, ele enfartou. “Ele disse para mim: ‘acho que dá tempo de você chamar o SAMU, estou enfartando’. Ele perdeu 35% das funções do coração. Hoje sente cansaço para fazer simples exercícios do cotidiano e terá que se manter com remédios”, conta Vanessa. “Eu havia feito um seguro de vida para ele e enfartou faltando dois dias para cumprir carência da cobertura de doenças graves”, diz.
Depois de Belo Horizonte, a Lojacorr abriu em Minas Gerais a Unidade Ipatinga, e em 2019 a Unidade Centro Oeste MG, em Divinópolis. “Pedi para transferir meu atendimento para Divinópolis, porque eu deixava de participar de muitos eventos do grupo da Unidade por estar em outra cidade, era muito difícil eu ir para Belo Horizonte. Com a Unidade em Divinópolis ficou bem melhor, somos 13 corretores, temos bastante interação”, diz.
Dentro da Lojacorr Vanessa se desenvolveu profissionalmente. “Desde que entrei para a Lojacorr eu tive crescimento de receita todos os anos. Entrei pequena, na categoria Bronze, porque ainda não tinha a Light, agora já sou Prata. Minha meta é que em 2025 eu seja elegível para Ouro”, diz. “Trabalho com metas, tanto mensais como anuais. Para este ano eu tinha colocado uma meta e eu já a alcancei agora em julho. Estou muito feliz e quem sabe em dezembro eu possa ter a notícia que eu vou para Ouro. Se não tiver não tem problema, continuo trabalhando. Mas eu quero ser Ouro por uma realização pessoal de saber que eu atingi aquela produção”, planeja.