Waldomiro Faria nasceu em uma família muito humilde, em Nova Esperança, no Paraná. Quando ele tinha 12 anos de idade, seu pai, que era taxista, foi assaltado, perdeu o automóvel que trazia sustento para casa e também ficou impossibilitado de trabalhar devido a um tiro que levou no incidente. A família passou por dificuldades e então Waldomiro, filho mais velho, além de uma menina de apenas oito anos, começou a trabalhar no corte de cana, na cidade de Estrela do Norte, interior de São Paulo.
“Eu montava no caminhão de boias frias e percorria mais 100 km até a roça. Foi um tempo muito sofrido, parei de estudar porque não dava tempo, minha mãe chorava fazendo a marmita às 4h da manhã, colocava arroz, feijão e linguiça de farinha, às 10h eu sentava no chão e comia. Depois de três meses eu acostumei, e passei a ser quem levava o sustento para casa”, relata.
Nova carreira por acaso do destino
Nos dias que chovia e não tinha corte de cana ele fazia bico como entregador de botijão de gás em Nova Esperança. “Numa dessas entregas bati a bicicleta em um carro estacionado. Fui embora, mas ficou na minha cabeça, não aguentei, voltei e falei com o dono do carro que ia pagar. O patrão não quis ajudar porque não era funcionário, e eu que fui pagando”, lembra.
“Tinha pago oito parcelas de 10 e abandonei porque estava deixando de comer para pagar aquele conserto. Um dia, trabalhando de entregador, o patrão me falou para pagar uma conta. Cheguei no banco e vi o dono do carro, me escondi, depois olhei para ver se ele já tinha saído e percebi que era o gerente da agência. Veio falar comigo, perguntou se eu estudava, se eu tinha datilografia, falei que não. Ele disse para eu fazer uma carta pedindo emprego. Comecei a chorar, consegui emprego por causa da minha honestidade. Cortava cana por R$ 700 mensais, fui para o banco ganhar R$ 4 mil, quem não quer?”.
Waldomiro iniciou no banco em 1984, aos 17 anos, e então que voltou a estudar, fez faculdade, pós-graduação. Casou-se com a Regina Rissati, e se tornaram pais de Luis Felipe e Ana Luiza (hoje com 21 e 17 anos, respectivamente). Aposentou-se no Bradesco após 35 anos de trabalho.
Ele conta que em sua última semana no banco estava acompanhando uma seleção para contratar auxiliar bancário, recebeu vários jovens bem arrumados, até que a última moça era muito humilde, aparentemente não tinha o perfil da vaga, mas se saiu muito bem no teste. “Na hora de se despedir ela me disse que essa podia ser a última chance da vida, e lembrei da oportunidade que tive. Recentemente ela me ligou contando que foi promovida a gerente de conta”.
Empreendendo como corretor de seguros
Depois ele ainda teve uma experiência de um ano como gerente geral no Sicredi, até que sua esposa, cujos irmãos são corretores de seguros, e ela também tinha a formação, mas não atuava, achou que era o momento de empreender e montar uma corretora. Seguindo o modelo de sucesso de um dos cunhados, há quase noves anos Waldomiro se credenciou à Lojacorr, Unidade Maringá.
“Comecei a trabalhar com seguro na Lojacorr, ainda não tinha habilitação de corretor nem clientes. O diretor André confiou em mim, assim como o gerente do banco. Fui o 10º a entrar para a Rede, ainda como corretor pessoa física. Fiz o curso de corretor e abri a WR Corretora de Seguros”, afirma.
“Entramos sem produção na categoria Bronze, dois anos depois já éramos Prata e mais dois anos nos tornamos Ouro. Já faz cerca de quatro anos que somos Ouro, com uma produção muito bacana, da qual muito me orgulho. Se lá atrás eu tivesse tido a oportunidade para vender seguro, hoje eu estava comprando fazenda. Mas toda minha história foi de grande aprendizado, sou muito grato”.
Segundo ele, o início em seguros foi um pouco mais difícil porque seus cunhados são corretores e não pôde começar a carteira de clientes com a família. “Tenho muito respeito e admiração pela Lojacorr, que tem um papel social muito importante em ajudar pessoas que dificilmente teriam sucesso no mercado, pois o início de carreira é muito difícil para fazer parcerias com seguradoras, e dentro da Rede tudo se torna mais fácil. Hoje a nossa carteira é formada por clientes de quase todos os estados do Brasil. Esse feito se deve ao nome da Lojacorr, que tem peso, e quem entra na Rede fica forte também. A estrutura de apoio da Lojacorr é magnífica, otimiza e dá condições para um crescimento rápido”.
Lojacorr até o fim
“Temos uma produção anual de ótima, que é administrada essencialmente pela minha família: eu, minha esposa, minha filha e meu filho. Já estou preparando a sucessão, pois a aptidão da minha filha percebe-se que é grande. Meu filho está fazendo sucesso no Instagram, tem perto de 100 mil seguidores, e faz propaganda minha lá. Acredito que em mais alguns anos eles estarão tomando conta do negócio. Mas sempre dentro da Lojacorr”.
Durante esses anos de Lojacorr, Waldomiro já indicou e trouxe alguns corretores para a rede. “Esse sistema que o sr Heitor implementou, e agora com as gestões do Diogo e do Dirceu, tem sido espetacular, é cativante, empreendedor, motivador, e muito interessante financeiramente. Aqui na regional Sul temos apoio incondicional da diretoria, na pessoa do Ernani, e os responsáveis pela sucursal Maringá, André e Pinelli, nos dão suporte top 10”, diz. “Brinco com alguns colegas que só saio dessa empresa se for expulso e, mesmo assim, peço para ficar”.