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História de corretor

De caminhoneiro a empresário de destaque em seguros

Gilmar da Silveira iniciou com a profissão do pai, conheceu o setor de seguros e hoje sua empresa está entre as de maior produção da Lojacorr

Gilmar entre os dois filhos: Jackson (à esq.) e Douglas
Gilmar entre os dois filhos: Jackson (à esq.) e Douglas

O corretor de seguros Gilmar da Silveira atua há mais de 18 anos no ramo, é fundador da Silveira Corretora de Seguros (Santo Amaro da Imperatriz-SC) que esteve entre as top 10 de maior produção da Lojacorr em 2020. Sua inspiradora história de vida começou muito antes.

Seguindo os passos do pai

Nasceu em 1965, filho de mãe dona de casa e pai caminhoneiro, o mais velho de três irmãos. Passou a infância acompanhando o pai nos cuidados com o caminhão e aos poucos o amor pela estrada foi sendo construído.

“Recordo com saudades os exemplos e conselhos que meu pai, seu Osvaldo (falecido há três anos), conhecido como Xerife, me dava durante as viagens – sim, eu o acompanhava sempre que possível”, relata.  Com 12 anos, já sabia dirigir caminhão. “Ajudava meu pai a enlonar o caminhão, carregar e descarregar só para ele deixar eu dar uma voltinha na boleia”, lembra.

O tempo passou, a paixão pela estrada e pelo caminhão foi aumentando. Em 1984, com 19 anos de idade, disse para a mãe, dona Vitória (falecida há dois meses) que estava indo arrumar a mala para ir para São Paulo, dirigindo sozinho o caminhão.  

“Lembro com saudades do olhar da minha mãezinha chorando na porta de casa ao se despedir do filho que estava pronto para conquistar as estradas do Brasil. O nome dela me faz ter forças para ter a vitória na vida”.

Assim começou o sonho de seguir os passos do pai. “Comecei em um caminhão Mercedes 1113, e em menos de um ano na estrada já consegui uma carreta para trabalhar, sendo um dos carreteiros mais novos de Ituporanga (SC)”, recorda.

Foram 15 anos percorrendo o Brasil de ponta a ponta. “Conheci muitas pessoas, lugares e os perigos da estrada. Porém o maior desafio era o de ficar por longos períodos longe da família, especialmente dos meus filhos, que nasceram durante os 15 anos em que estive na estrada e é claro que fizeram muitas viagens na boleia do meu caminhão”.

Douglas, Gilmar e Jackson

Virada de chave

Com o passar do tempo e a saudade dos filhos, Gilmar foi cansando de viajar e, teve a oportunidade de trabalhar na cidade de Ituporanga. “Aos 35 anos fui contratado como motorista da ambulância e, por dois anos, ajudei a salvar muitas vidas e cada vez mais dar valor às pequenas coisas”.

Nessas idas e vindas, teve o primeiro contato com seguros. “Fui contratado para ser vistoriador de seguros e resolvi encarar o desafio. Depois de um ano, trabalhando com vistorias, contatando com corretores, pedi para os donos da Ituseg para ser representante comercial e a eles tenho gratidão por terem aberto essa oportunidade para que eu pudesse ingressar realmente no mundo dos seguros”, conta.

“Foram anos difíceis. Nunca tinha sentado atrás de um computador, nem sabia digitar e, para começar, tive que financiar um notebook em 24 parcelas. Durante os primeiros dois anos quase desisti, pois não ganhava nem para minhas despesas. Para visitar os clientes, ia de moto. Chegava todo empoeirado, isso quando não chovia, o que piorava a situação. Se fosse de carro não sobrava nada, pois não tinha salário, trabalhava somente pela comissão. Mas não desisti! Pensei: eu tenho capacidade para continuar!  E graças aos meus amigos fui crescendo nas vendas. Aos poucos, a motinho deu lugar a um Gol financiado, o que aos poucos foi tornando as visitas mais distantes para captar novos clientes”.

De pai para filho nos seguros

Com o volume de vendas crescendo, surgiu a necessidade de ter um ajudante e foi quando trouxe seu filho Jackson, na época com 16 anos, para ter seu primeiro emprego já no ramo de seguros.

Em 2013, cursou a Habilitação de Corretores de Seguros. “Senti muito orgulho, pois estava longos anos fora da sala de aula. Foram dois anos de formação e avalições até a formatura.  Anos difíceis financeiramente, pois além de eu estar estudando, meu filho Jackson estava na faculdade. Foram aulas extra, professores particulares e apoio da minha esposa Nani, minha maior incentivadora, me auxiliando nos estudos, pois ela é professora”, afirma.

Na época da formatura fez o seguro de um amigo caminhoneiro de Santo Amaro da Imperatriz (SC), que falou que na cidade havia poucas corretoras. “Comecei a visitar a cidade e vi que tinha potencial. A corretora da qual eu era preposto aceitou fazer uma parceria. Não foi fácil! Com persistência e a ajuda do meu filho Jackson, fomos crescendo, conquistamos nosso espaço”.

Gil (como é conhecido) com o último caminhão que trabalhou, e os dois filhos ainda crianças (Jackson – à esq., e Douglas)

Profissionalização com a Lojacorr

No fim de 2017, Gilmar e o filho Jackson resolveram encarar mais um desafio: possuir a própria corretora. “Acertamos com a Lojacorr a parceria que se estende até os dias atuais e que nos enche de orgulho”, diz.

Com o sonho sendo concretizado, chegou a hora de trazer o filho mais velho, Douglas, que é autista, para trabalhar na empresa. “Hoje, Douglas desenvolve seu trabalho como calculista, ele tem um dom para cálculos, é respeitado e suas limitações não são alvo de discriminação nem tão pouco de preconceito. Temos muito orgulho de ver ele trabalhando. Na nossa empresa, todos são valorizados, pois acreditamos no potencial de cada membro da nossa equipe”, enfatiza.

“Hoje me sinto um homem realizado, agradeço a Deus por ter meus filhos trabalhando comigo, e pela minha história que, de motorista de caminhão, passei a empresário, tendo atualmente duas corretoras. Em quatro anos de corretora, recebemos o maior prêmio ao configurar entre as 10 corretoras Top da Lojacorr, isso me deixou orgulhoso por ser uma corretora familiar. Se você tem um sonho, nunca desista dele, pode demorar, mas com persistência, fé em Deus e força de vontade consegue chegar nos seus objetivos”.

Por amor ao filho Douglas, Gil tem se dedicado à causa autista e participou da fundação da Comunidade Autista de Ituporanga, da qual hoje é um dos 12 participantes ativos que se dedicam a ações.

Diretoria da associação