Cidna Miranda, corretora de seguros da cidade de Santarém, no Pará, começou no setor há 10 anos, quando identificou a oportunidade com a falta de corretores na cidade. “Estava me preparando para viajar e percebi que não havia com quem contratar um seguro de viagem”, recorda. Ela conta que quase não há corretoras na cidade, a não ser uma grande empresa, e a concorrência é basicamente de agências bancárias.
Para iniciar, ela buscou apoio em uma franquia de corretoras de seguros, o que se tornou uma grande “furada”. “De qualquer forma, fiz do limão uma limonada. Por meio dessa empresa eu fui conhecendo o setor, adquirindo experiência, aprendendo na dor, com muita dificuldade. Eu atuava sozinha, imagine cair de paraquedas no mercado de seguros, e tinha que conhecer os produtos, oferecer, vender, dar suporte”, diz, lembrando que os três primeiros anos foram muito difíceis.
“Quis várias vezes em desistir, cheguei a fechar a porta do escritório pensando em voltar apenas para retirar as coisas, mas vinha uma força de Deus que parecia dizer para tentar mais um pouco. A vida é como um jogo de xadrez, a todo momento tem que saber mexer as pedras, eu sabia para onde queria ir, apenas estava no caminho errado”, relata. “Estava insatisfeita porque esta empresa, além de não me dar suporte, ficava com mais da metade do pouco que eu vendia. Pedi para Deus para me ajudar a encontrar o caminho”.
A corretora diz que sempre foi muito bem articulada – “penso que para atuar neste mercado precisa ter este perfil” – e um dia conheceu Karlay Almeida, da Unidade Lojacorr Maranhão, e contou que estava desanimada. “Falei que tinha capacidade de fazer mais, algo que no qual eu fosse reconhecida e o atual trabalho só estava me consumindo, sem me desenvolver. Foi quando ele indicou que estava sendo aberta uma Unidade Lojacorr no Pará, gerida pela Rosangela Duarte”.
Cidna se interessou, conversou com Rosangela, mas acabou surgindo outra oportunidade, de trabalhar como produtora na corretora grande que tem na cidade. “Fiquei um ano lá, estava melhor em comparação à época da franquia. Busquei conhecer o máximo de produtos de seguros, hoje quando me perguntam em qual ramo sou especialista eu digo que em todos, porque eu conheço todos, tenho bastante cliente de seguro de vida, tenho avião, tenho RC… Ou seja, sou especialista em seguros, não em determinado produto”, garante.
Depois de um ano na corretora, Rosangela Duarte ligou novamente para Cidna e perguntou quando ela estaria na capital, Belém. Cidna viria para o fim de semana e combinaram um almoço na sexta-feira. “Conversamos e de cara me identifiquei muito com ela, passou tudo de forma tão transparente que eu acreditei, apesar de parecer bom demais para ser verdade”.
Nesta época, Cidna estava tendo problemas com o dono da corretora grande, que não era cadastrada em algumas seguradoras. “Não entendia como uma empresa daquele tamanho não trabalha com determinada seguradora ou produto. Eu faço seguro de uma embarcação cujo prêmio é R$ 70 mil, o dono da corretora disse que eu era louca de fazer seguro de barco, respondi que ele que era louco de focar em seguro de carro. Ele argumentou que o meu sinistro seria muito maior, concordei, mas não seria atendimento frequente como no automóvel. Eu tinha ideias mais ambiciosas e ele, por já ser grande, achava que não precisava mudar mais nada em sua corretora. A empresa estava me limitando e eu vi que não dava para mim”.
“Quando a Rosangela disse que a Lojacorr é credenciada em mais de 40 seguradoras, percebi que teria condições de vender o produto que eu quisesse”, recorda. “É o que eu falo para os meus clientes: não precisa viajar para São Paulo, pesquisar na internet, aqui tem tudo”.
Evolução na Lojacorr
Cidna tinha, nesta época, produção anual de pouco mais de R$ 200 mil, e achava que esse montante deveria ser produção mensal. Em março de 2017 fundou a CM Corretora de Seguros, ingressou na Rede Lojacorr e combinou com Rosangela de crescerem juntas. “A Unidade tinha como meta atingir R$ 1 milhão de produção mensal, eu disse que ia trabalhar para ajudar a bater a meta, só precisava que me ajudasse também. Já faz anos que a Unidade atinge e ultrapassa essa produção, e minha empresa também cresceu muito, evoluímos níveis na Lojacorr e chegamos a Ouro”, conta a corretora.
No entanto, a vida de empreendedora tem percalços. “Em 2022 tive uma perda de produção muito grande, porque eu tinha uma sócia, que começou a desviar produção para outra corretora, pois ela queria seguir sozinha. Isso impactou em perda de cerca de 40% da minha produção, porque ela levou uma conta muito alta, e eu tive o momento de turbulências, precisei segurar bem o leme para atravessar a tempestade. Mesmo nesta fase eu tive muito apoio da Rosangela, foi muito parceira. Depois de um tempo a minha ex-sócia quis entrar na Lojacorr, e a Rosangela negou, porque eu fui uma das primeiras que acreditei e confiei no trabalho e estávamos juntas. Ela disse que íamos recuperar a produção de outra forma, sem essa corretora”, revela.
“A Lojacorr é realmente diferente de todas as outras empresas, no próprio grupo de diretores vemos que existe um lado humano, uma ética acima do próprio resultado final, que é o dinheiro. Isso é o que mais me chama atenção e eu mais gosto na Lojacorr”.
“Tivemos desafios, além dessa perda, com a pandemia, troca de governo. Por isso, todos os dias temos que pensar em coisas novas, e graças a Deus temos a Lojacorr, porque ela pensa por nós. Tudo o que é inovação, o que tem de mais moderno no mercado a Lojacorr disponibiliza”.
Hoje, a equipe da CM Corretora de Seguros é composta por quatro pessoas: Cidna e o marido Tom atuam no comercial, além de um colaborador na parte operacional de sinistros, e outro no apoio a cotações e acompanhamento de propostas. “A Lojacorr ajuda bastante com esta questão de parcelas pendentes, a Rosangela ainda faz o envio dos boletos, tudo isso já nos economiza de ter um funcionário a mais”, analisa Cidna.
Casados há 22 anos, Cidna e Tom têm dois filhos: Luis Fernando, 18, e Maria Fernanda, 11. “Meu filho não se interessa muito pelo setor de seguros, mas quem sabe daqui a um tempo. Mesmo assim ele ajuda no marketing digital, faz as redes sociais da corretora. Acho que minha sucessora será minha filha, que é mais interessada em saber sobre os produtos de seguros”, finaliza.