Na prática de corretagem de seguros, dois termos importantes que podem impactar diretamente o sucesso das negociações e a satisfação dos clientes são “supersegurado” e “subsegurado”.
Ambos os conceitos estão relacionados ao valor pelo qual um bem ou patrimônio é segurado. Entender a diferença entre eles é fundamental para oferecer as melhores soluções aos segurados. Vamos explorar o que significam e como evitá-los.
O que é estar supersegurado?
O termo “supersegurado” se refere a uma situação em que o valor segurado de um bem é maior do que o seu valor real. Em outras palavras, o cliente está pagando por uma cobertura que, na prática, não será útil, uma vez que as seguradoras não pagam mais do que o valor de mercado do bem no momento do sinistro.
Exemplo de superseguro
Imagine que um cliente tenha uma casa avaliada em R$ 500 mil, mas por alguma razão contratou um seguro com cobertura de R$ 700 mil. Caso ocorra um sinistro total, a seguradora não pagará mais do que os R$ 500 mil, correspondentes ao valor de reposição da casa. Assim, o cliente terá pago prêmios mais altos sem a possibilidade de receber o valor adicional de cobertura contratado.
Como evitar a superseguração
O corretor de seguros desempenha um papel essencial ao orientar o cliente na correta avaliação de seus bens. É importante garantir que o valor segurado esteja alinhado ao valor de reposição ou mercado do bem, de acordo com os critérios da apólice contratada.
O que é estar subsegurado?
Por outro lado, a situação de “subseguro” ocorre quando o valor segurado é inferior ao valor real do bem. Isso pode resultar em prejuízos para o segurado, que receberá menos do que o necessário para cobrir a perda total ou parcial em caso de sinistro.
Exemplo de subseguro
Suponha que um cliente tenha um carro avaliado em R$ 100 mil, mas contratou um seguro com cobertura de R$ 70 mil. Em caso de perda total, ele receberá apenas os R$ 70 mil, restando uma diferença de R$ 30 mil que deverá ser coberta pelo próprio cliente.
Como evitar o subseguro
O subseguro pode ser evitado com uma avaliação detalhada dos bens do cliente no momento da contratação do seguro. O corretor deve certificar-se de que o valor segurado corresponde ao valor de reposição do bem, evitando lacunas na cobertura.
O papel do corretor de seguros
Os corretores de seguros têm a responsabilidade de orientar seus clientes na escolha do valor de cobertura mais adequado, evitando tanto o superseguro quanto o subseguro. Algumas práticas podem ser adotadas para garantir um seguro adequado:
- Avaliação constante dos bens segurados: Os valores de mercado e reposição dos bens mudam com o tempo. É importante revisar a apólice periodicamente e ajustar os valores conforme necessário.
- Educação financeira do cliente: Explicar ao cliente as implicações de estar supersegurado ou subsegurado é fundamental para ajudá-lo a tomar decisões mais informadas.
- Ferramentas de multicálculo: Utilizar ferramentas que facilitam a precificação e comparação de apólices pode ajudar a encontrar o equilíbrio ideal entre cobertura e custo.
Estar supersegurado ou subsegurado pode trazer sérios prejuízos financeiros tanto para o segurado quanto para o corretor que não faz uma boa orientação. Garantir que o valor da cobertura esteja adequado ao valor real do bem segurado faz com que o corretor agregue valor ao serviço e aumente a satisfação e confiança do cliente, fortalecendo, assim, a sua carteira de clientes.