Compreender e desenvolver a inteligência emocional é essencial para quem quer avançar na carreira. Inclusive é uma habilidade que vem sendo valorizada nas organizações, tanto quanto as hard skills. Isso porque pode ajudar o profissional a construir relacionamentos eficazes no trabalho.
Além disso, a inteligência emocional apoia as pessoas a se tornarem mais autoconscientes, para que consigam identificar os gatilhos emocionais que podem comprometer seu desempenho. Auxilia ainda a conciliar as intenções e o impacto que o profissional deseja causar, para que possa construir relacionamentos sólidos e colaborativos.
É o que afirma a coach executiva e psicóloga organizacional, Gemma Leigh Roberts, em seu curso “Como Desenvolver sua Inteligência Emocional”. Além de fundar a Kona Coaching, uma consultoria de psicologia empresarial que ajuda organizações e funcionários a melhorar a resiliência e as competências de liderança, ela também fundou a Career Compass Club, uma empresa de coaching profissional que ajuda as pessoas a transformarem suas carreiras.
O que é inteligência emocional?
A compreensão da inteligência emocional envolve três aspectos importantes. A coach destaca que em primeiro lugar está o que pretendemos dizer com inteligência emocional e como defini-la. Em segundo: como a inteligência emocional se relaciona com as outras partes da nossa estrutura psicológica. E, por último, por que é importante desenvolver a inteligência emocional.
“Bem, quando falamos de inteligência emocional, estamos nos concentrando em duas áreas: compreender e expressar nossas emoções, e agir com empatia quando nos comunicamos com os outros. O segundo aspecto que devemos considerar é que a inteligência emocional faz parte da nossa constituição psicológica, junto com a personalidade e o QI, que mede a inteligência geral. Esses três elementos nos tornam quem somos e determinam como interagimos uns com os outros”, descreve.
Todos usam cada um desses três elementos em diferentes graus, e pesquisas mostram que a personalidade e o QI não predizem a inteligência emocional. Aliás, os três elementos funcionam de forma independente, interagindo para ajudar a resolver problemas e tomar decisões.
Gemma afirma que é possível aprimorar e aumentar a inteligência emocional, o que influencia diretamente no desempenho, conquistas pessoais e nos relacionamentos construídos.
A avaliação da inteligência emocional se concentra em quatro critérios: estar ciente das emoções; expressar emoções; controlar as emoções; e lidar com os relacionamentos de forma eficaz. E Existem quatro áreas de inteligência emocional: autoconsciência, autogestão, consciência social e desenvolvimento de relacionamentos.
Entender e administrar emoções é fundamental para melhorar o desempenho e interagir bem com os outros. Isso porque boa parte de como as pessoas percebem e interagem com o mundo ao redor pode derivar das emoções, e se não administram esse processo de maneira consciente, as emoções assumem o comando.
“Compreender o papel que as emoções desempenham na maneira como processamos as informações e reagimos aos eventos nos permite adaptar nosso comportamento para alcançar os resultados desejados. Além disso, vamos construir relacionamentos mais fortes com a equipe e os colegas, com base em como escolhemos nos comportar, não em como reagimos automaticamente”, diz.
Como raciocinar de forma rápida
É necessária muita prática consciente para perceber o processo de reação emocional. O primeiro passo é estar ciente de como funciona o processo de reação emocional. Depois de dominar isso, o próximo passo é interromper a reação, para que se possa controlar como reagir aos eventos.
Existem momentos em que as pessoas precisam interromper esse processo de raciocínio automático e pensar mais devagar, para reformular a avaliação, reinterpretar situações e mudar a reação, tudo isso para aproveitar ao máximo uma situação.
Para controlar as emoções e desenvolver a inteligência emocional, é necessário duas coisas. Primeiro, aceitação. Segundo, a capacidade de desacelerar as reações. “Aceitação é importante. Não podemos mudar o passado, mas podemos aprender com as experiências para mudar nosso futuro. Se quiser mudar a forma como você reage emocionalmente ou construir relacionamentos mais fortes, comece aceitando o comportamento passado e usando-o para definir como deseja se comportar e reagir no futuro. É uma curva de aprendizado. Se você aprender a parar por um instante e avaliar a situação com objetividade, é bem mais provável que consiga um resultado positivo na situação”, finaliza.
