Em 2009, o administrador de empresas Fabio Bortoletto estava satisfeito com sua carreira na indústria automotiva, atuando como comprador em uma multinacional na cidade de Cabreúva (SP), que fica a 130km da cidade de Americana, onde ele mora, até que ele perdeu o emprego. Foi quando um primo que trabalhava em uma concessionária de veículos da Volkswagen o convidou para atuar como vendedor frotista. Ele ficou receoso de mudar de área, mas aceitou porque precisava se recolocar logo no mercado, e percebeu que as funções eram parecidas, bastava saber se relacionar com pessoas.
Aí teve início sua paixão por vender. Se deu tão bem que logo assumiu mais uma concessionária, na cidade de Sumaré. “Na concessionária eu ficava muito próximo dos vendedores de show room e da moça que fazia os seguros. Eu escutava o dia inteiro a menina vendendo seguro, até o do meu próprio carro transferi para ela, e fui me interessando pelo segmento”, conta Fabio Bortoletto. “Como eu sempre fui uma pessoa curiosa e interessada por novidades, perguntava como funcionava o setor. Ela me disse que eu deveria tirar o registro na Susep, pois era um ramo dinâmico, no qual me daria bem”.
Início em uma nova profissão
Com a ideia na cabeça, Fabio foi conversar com um amigo que tinha uma corretora de seguros em Americana para entender melhor sobre a profissão. “Meu amigo me orientou a fazer o curso de habilitação, que na época não era muito caro, e então não teria muito a perder. Fui mais para conhecimento, não imaginava mudar de área e montar minha corretora de seguros”, relata.
No fim de 2010, ele se matriculou no curso de habilitação para corretores, na antiga FUNENSEG, hoje ENS ( Escola de Negócios e Seguros). “Falava para os professores que eu estava lá apenas para conhecimento, por enquanto não pretendia trabalhar na área, seria mais uma profissão que eu teria, eu que já era técnico em eletrônica, torneiro mecânico, e formado em Administração de Empresas. Mas aí o tal bichinho do seguro começou a picar e não teve mais jeito. Comecei a gostar do dinamismo do mercado de seguros, com a quantidade de ramos que abrange”.
Fabio se formou no final de 2011, mas ainda continuou trabalhando na concessionária. “Comecei a fazer pequenas produções e descarregava em uma corretora em Campinas, de uma amiga que se formou comigo e estava assumindo a empresa em sucessão ao pai. O seguro virou uma segunda fonte de renda”.
Nova atuação inesperada
Em agosto de 2012, Fabio pediu demissão da concessionária pensando em trabalhar somente com seguros. “Conversei com minha esposa Ana Lúcia, com quem me casei em 2010, disse que não queria mais trabalhar para ninguém, queria abrir seu próprio negócio. Tentaria um acordo para que a rescisão contratual segurasse as contas por um período”. Deu certo, e ele estava capitalizando para montar a empresa.
No entanto, logo depois, Fabio foi convidado para ser assessor parlamentar de um vereador em Americana. “Ajudei ele em sua campanha, em outubro ele ganhou e me convidou para trabalharmos juntos”, conta.
A princípio, Fabio disse que não poderia aceitar o cargo, pois queria se dedicar à corretora. A esposa Ana Lúcia trabalhava no escritório de engenharia do irmão dela, e então Fabio sugeriu que ela fosse a assessora parlamentar, já que era um bom salário. “Seria ganhar mais do que o dobro do que ganhávamos na época, mas ela não quis sair da empresa. Era uma grande oportunidade de fazer renda, eu não podia perder, então resolvi encarar. Mantive os negócios da corretora, ganhando alguns clientes, inclusive da política, perdendo outros, mas o seguro ficou mais uma vez em segundo plano”.
Aproveitando o momento, Fabio falou para a esposa que se ela não queria ir para a política precisava rever sua posição na empresa, e foi quando ela conversou com o irmão e se tornou sócia. “Eles abriram um outro escritório de engenharia que chama LGO Engenharia e Construções como sócios. Quando precisam de seguro já sabem quem procurar”.
O corretor de seguros permaneceu na política até 2017, quando teve nova eleição. O vereador foi eleito para mais um mandato, e falou com Fabio que iriam continuar juntos, mas ele foi sincero em dizer que não se adaptou ao mundo da política e que queria mesmo buscar o sonho de ser corretor de seguros. “Falei que podia colocar meu cargo à disposição de outra pessoa, e que ia fundar minha corretora”.
Mesmo tendo bom salário na política, ele confiou que seria melhor como corretor. “Esse é o meu negócio, é o que eu gosto de fazer”.
Parceiras com outros corretores
Em sua retomada com o seguro, Fabio continuou ainda descarregando sua produção na corretora de Campinas. Em 2019, conheceu no clube que frequenta em Americana um corretor da rede Lojacorr que tem empresa na cidade e decidiram unir forças trabalhando juntos. “Entrei como sócio e responsável técnico da empresa dele”, conta.
Em 2021, Fabio foi procurado por uma empresária do ramo de seguros de Americana que ofertava sua carteira de seguros. “Demoramos quase seis meses para fechar o negócio, mas era uma iniciativa apenas minha, sem meu sócio, eu não quis deixar passar a oportunidade de abrir minha corretora de vez”. Além da carteira, Fabio trouxe da empresa a colaboradora Giovanna, assim seria mais fácil administrar as novas apólices. “Já prevendo que o crescimento seria muito grande, a contratei, a princípio como assistente, para vermos como iria funcionar”, relata o corretor de seguros.
Com a aquisição, Fabio praticamente triplicou seu número de clientes, e então percebeu que era hora de fundar sua corretora de seguros.
Fabio e Giovanna atuaram dentro da corretora em que era responsável técnico até o final de 2022. Em janeiro 2023, Fabio fundou a Qualycorr Corretora de Seguros e convidou Giovanna para ser sua sócia. Ficaram as duas corretoras de seguros dividindo um mesmo espaço. Em setembro de 2023 o filho do sócio na outra corretora tirou seu registro na Susep e então Fabio deixou esta sociedade e a responsabilidade técnica.
Empresa independente
Em março de 2024, a Qualycorr se mudou para uma nova instalação, desvinculando completamente a operação de antigas corretoras.
Apesar de ter como carro-chefe o seguro automóvel, a Qualycorr tem forte atuação em seguros de riscos de engenharia civil e construção civil. “Como minha esposa tem escritório de engenharia, me especializei um pouco mais nesses segmentos e atendo clientes dela. Mas também trabalho muito com seguro empresarial, e outros ramos também”, revela.
Como já trabalhava em uma corretora que já era da Lojacorr, ele fundou sua empresa e permaneceu na rede. “Quando conheci a Lojacorr fiquei bem entusiasmado porque era tudo que eu queria para conseguir empreender sozinho. Até conhecer a Lojacorr eu era aquele corretor cheio de papéis e pastas suspensas em armários no escritório. Tanto é que eu levei um ano jogando papel fora até colocar toda a minha carteira dentro do sistema Lojacorr”, recorda.
“A Lojacorr é diferenciada, né? Quando fui conversar com o Rafael Brentegani, gestor da Unidade Campinas, falei que estava abrindo a minha corretora, mas não ia sair da Lojacorr. E permaneço satisfeito até hoje, porque além do sistema ERP, vejo valor em tudo o que eles fornecem para nós, como os cursos. Estou buscando focar mais em consórcio e tem todo o aprendizado que eles oferecem. Vemos todo o suporte, o pessoal da Unidade me apoia muito no dia a dia”, finaliza.