Após a pandemia do Covid-19, as inovações na medicina estão cada vez mais rápidas, tanto em produtos, quanto em soluções de atendimento. No Brasil, a questão é iminente, já que os brasileiros seguem em 2024 com desafios em relação à dengue, raiva, H1N1 e saúde sanitária.
O setor de planos de saúde registrou um crescimento expressivo nos segmentos médico-hospitalar e odontológico, conforme os últimos dados divulgados pela ANS no início do ano, alcançando 51 milhões de beneficiários em planos médico-hospitalares. Apenas na Lojacorr, a produção do seguro saúde em grupo, de janeiro a meados de junho, cresceu mais de 18%.
Com toda essa demanda por inovação e rapidez, mesmo com a crescente penetração dos planos de saúde e seguros, há muito espaço para crescimento, segundo a Fenasaúde. Por outro lado, cresce também no mundo a saúde digital. Especula-se que 2024 será o ano da revolução da telemedicina, de acordo com a Insurance Business Mag. Isso porque nos EUA, os custos médicos devem aumentar 7%, segundo uma pesquisa do Health Research Institute da PwC. Os custos farmacêuticos impactam neste resultado.
Como citado acima, a telemedicina ganhou força durante a pandemia, com 88% dos americanos preferindo usar ferramentas digitais de saúde pós-pandemia, e parece que a popularidade do mercado deverá aumentar ainda mais. A CorVel, empresa americana de soluções de risco, afirma que a telemedicina melhora o acesso aos cuidados de saúde para os segurados e também reduz potencialmente os custos para as seguradoras.
Números da telemedicina
A empresa diz que ao reduzir a necessidade de consultas médicas presenciais, há uma evolução do número de apólices de seguro e satisfação dos consumidores. O segredo para o sucesso dessa inovação tem sido a humanização no atendimento, inclusive virtual. Esta abordagem de alto contato é impulsionada por parcerias com empresas de tecnologia que suportam plataformas robustas para interação em tempo real com médicos de telessaúde. Além disso, a adaptabilidade deste modelo para atender às diversas necessidades das diversas operadoras é significativa.
De acordo com dados do Tech Report, o mercado de telemedicina foi avaliado em quase US$ 115 bilhões em 2023, e esse valor deverá aumentar para US$ 286,22 bilhões até 2030. E com a IA em ascensão, não é surpresa que as empresas estejam de olho nas ferramentas digitais de saúde.
Riscos
Por outro lado, a CoVel aponta um ponto de alerta: os riscos cibernéticos em telessaúde. A telemedicina levanta questões significativas em torno da segurança de dados e do risco cibernético. Em 2016, o Hollywood Presbyterian Medical Center foi forçado a entregar mais de US$ 17.000 em Bitcoin para obter acesso aos seus arquivos após um ataque de ransomware. Outro caso, em 2015, viu a empresa de saúde Anthem ser hackeada – o que significa que os dados de milhares de indivíduos poderiam ter sido roubados.
Para mitigar essas preocupações cibernéticas, as empresas devem investir em mais formação em segurança cibernética, incluindo a educação dos funcionários e a encriptação de dados. E, olhando para o que o futuro reserva tanto para a telemedicina como para o seu lugar no mercado de seguros, a CorVEel acredita que lidar com o aumento dos custos será uma preocupação central – tal como a estabilização dos cuidados de saúde em geral.