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Entrevista

Trajetória de sucesso em seguros e na vida pessoal

Bate-papo exclusivo com o diretor Comercial da Bradesco Seguros, Leonardo Pereira de Freitas

Leonardo Freitas
Leonardo Freitas

O Portal Corretora do Futuro, da Lojacorr, realizou um bate-papo exclusivo com o diretor Comercial da Bradesco Seguros, Leonardo Pereira de Freitas.

O executivo é responsável pela Diretoria Comercial da Bradesco Auto/RE, companhia do Grupo Bradesco Seguros. Investir no desenvolvimento e capacitação dos parceiros de negócios, Inovação dos processos, melhorar a experiência dos clientes, são alguns dos pilares do seu trabalho.

Sua jornada profissional começou em 1994, como office boy na própria Bradesco Seguros. Ao longo desses 26 anos, atuou em todos os cargos da hierarquia na área Comercial do Grupo Segurador. Foi designado Superintendente Executivo em 2010 e eleito Diretor em 2016. Viveu em 11 cidades e se considero privilegiado por fazer parte da indústria de seguros, tão essencial à nossa proteção e planejamento futuro.

Graduado em Administração de Empresas pela Unileste (MG), com pós-graduação – MBA Profissional na Área de de Administração e Marketing pela UNA (MG) e MBA em Gestão de Negócios pelo IBMEC (RJ). Possuo PMD (Programa for Management Development) pelo IESE – University of Navarra, Program “Reiventing the Company” pelo IESE – New York e Innovative Leadership, pela Harvard University

Confira a entrevista completa, na qual ele fala não apenas de trabalho, mas mostra um pouco de sua vida pessoal.

Como se deu seu desenvolvimento profissional, até chegar na direção da Bradesco Seguros?  

Minha jornada profissional começou em 1994, aos 17 anos. Trabalhei em uma empresa de transportes. No mesmo ano, me candidatei a uma vaga de office boy na Bradesco Seguros e, assim, iniciei minha trajetória no Grupo Bradesco Seguros. Ao longo destes 30 anos na Companhia, atuei em todos os cargos de hierarquia na área Comercial do Grupo. Fui designado Superintendente Executivo em 2010 e eleito como Diretor em 2016. E desde 2019, atuo, também, como vice-presidente do Sindseg-SP. 

Você teve muitos desafios em sua caminhada? Como eles ajudaram em seu crescimento? 

Em poucos meses de atuação na Bradesco Seguros, consegui ser efetivado como Auxiliar de Escritório, sempre pensando nas outras oportunidades da área Comercial, pois me interessei pelas atividades dos meus colegas de trabalho. Em poucos meses, surgiu uma vaga para Gerente de Produção e me candidatei. Quando aprovado, fui destacado para assumir o escritório de Contagem (MG). O deslocamento até lá foi o primeiro grande desafio, pois não conhecia bem Belo Horizonte, não existia GPS e na época, estudava Economia na PUC, em Belo Horizonte.  

Quando cheguei em Contagem, o escritório estava prestes a fechar, com baixa produção. Então, defini que ali seria meu grande teste de resiliência. Ainda não tinha uma visão estratégica clara sobre quais caminhos prosseguir, mas precisava gerar negócios. Fiz uma parceria com um grande corretor na região e decidimos pela estratégia de Funil de Vendas. Para isso, cheguei até panfletar na rua e estacionamentos de grande circulação de veículos e obtive bons resultados. 

O desempenho foi bom, o escritório prosperou e fui convidado para assumir um novo desafio na Casa do Corretor, em Belo Horizonte e, depois, convidado para ocupar o cargo de Gerente de Produção em Ipatinga. Lá, tive um grande aprendizado com uma pessoa que hoje faz parte da Lojacorr: Marcia Moura Pedrosa (era a Superintendente da Sucursal), a quem sou muito grato por todos os ensinamentos que me ajudaram a fazer um bom trabalho, que também me credenciou a ser promovido a Superintendente, assumindo a filial de Montes Claros – uma região de atuação extensa, que demandou muita capacidade de implementar gestão de expansão, formação de distribuição e gestão de equipes à distância. 

Depois, fui transferido para Poços de Caldas e, após um tempo, convidado para trabalhar no Rio de Janeiro, com a incumbência de assumir toda a Zona Norte carioca. Este foi meu segundo grande desafio de resiliência. Além de assumir uma grande área em uma grande metrópole, tinha o desafio da adaptação e do mercado de seguros da época, que não estava simples.  

Quais foram as suas estratégias para crescer e desenvolver a carreira? 

O equilíbrio emocional foi fundamental para o desenvolvimento da minha carreira, para lidar com tantas variáveis que foram aparecendo ao longo da minha jornada. O autoconhecimento foi de extrema importância, pois pude identificar as habilidades que eu precisava melhorar e desenvolvê-las para construir estratégias de sucesso. 

Conforme fui progredindo na minha profissão, coloquei um foco: ser diretor de uma grande empresa, como a Bradesco Seguros. A partir disso, fui trabalhando rumo a tal objetivo. Registrei em um caderno as minhas metas pessoais, com prazos de realização para cada uma delas. Para isso, investi em minha carreira e aproveitei cada oportunidade de capacitação e reciclagem oferecido pela empresa.

Como é liderar para você? Qual o papel da liderança atualmente? 

Liderar é trabalhar em conjunto. A minha relação com a minha equipe é muito transparente. Costumo dizer que prefiro ter junto a mim pessoas que me contrapõem a pessoas que concordam comigo. Eu estimulo a provocação saudável, ouço com atenção as opiniões divergentes das minhas, que venham somar aos processos. É preciso ter a humildade de dar voz as pessoas, ouvi-los e agregar suas ideias, para que, juntos, possamos desenvolver melhor as atividades. 

Cada vez mais, as pessoas precisam da relação humanizada, principalmente com a digitalização maciça de todas as áreas. Quando ouvimos o outro, este se sente mais importante e, por consequência, mais motivado. O líder deve conectar o propósito das pessoas com o propósito da empresa. 

Liderar é saber que, sozinhos, caminhamos mais rápido. Mas, juntos, vamos muito mais longe. 

Quais são os entraves que você vê no mercado brasileiro por ainda não ter desenvolvido a cultura do seguro e a diversificação dos produtos?

Ainda que a percepção do brasileiro sobre o risco tenha aumentado nos últimos anos, ainda temos uma baixa penetração do seguro na sociedade. O brasileiro não conhece os produtos disponíveis no mercado e seus benefícios. Neste sentido, o trabalho do corretor de seguros é essencial. Uma conversa com um corretor pode ajudar o cliente a entender as reais necessidades de proteção para o seu dia a dia, de acordo com o perfil.  

As seguradoras também vêm investindo cada vez mais em diversificação de carteiras e facilidade do acesso ao produto, buscando aumentar e possibilitar a presença do seguro na realidade da sociedade.

O que a Bradesco está fazendo para apoiar os corretores de seguros a protegerem ainda mais brasileiros?  

Na Bradesco Seguros, investimos constantemente na profissionalização e no desenvolvimento dos nossos corretores. Nosso dever é gerar informações e facilidades para que os profissionais atendam seus clientes da melhor forma possível. Nosso foco prioritário é no uso de inteligência artificial e tecnologias que facilitem o processo de aquisição e utilização dos produtos, além da personalização de serviços e soluções. Paralelamente, reforçamos a base de treinamento e capacitação do nosso corretor por meio da plataforma Universeg, que possui conteúdos exclusivos online. São cursos e informações essenciais para o profissional de vendas assumir o papel de consultor, indicando as melhores opções de acordo com a necessidade do cliente. Corretores bem-preparados, empáticos e com abordagem assertiva conseguem se diferenciar no mercado. 

Com tantas transformações na economia e a busca por novas fontes de renda, qual a importância de termos cada vez mais empreendedores no mercado segurador brasileiro? 

É fato que o período da pandemia transformou o mercado de trabalho gerando novas necessidades específicas. Pensando nos empreendedores, novos produtos foram lançados no mercado e produtos já existentes foram reformulados. A Bradesco Seguros, por exemplo, passou a oferecer uma cobertura para atividade comercial desempenhada na residência, com foco em microempreendedores individuais (MEI). O produto conta com proteção para máquinas, móveis, utensílios, mercadorias e matérias-primas diretamente relacionadas com a atividade profissional realizada pelo segurado. 

O que você diria para aquele profissional que está começando a carreira, ou que já está estabelecido, mas sonha em crescer profissionalmente? 

É claro que os resultados são muito importantes, mas relacionamento interpessoal, empatia, respeito, ética, gentileza e comunicação assertiva são fundamentais no dia a dia. Construir um networking com bons relacionamentos interpessoais deixa o profissional muito mais próximo das melhores oportunidades do mercado. 

Além disso, sair da zona de conforto é uma atitude muito importante para o desenvolvimento profissional. Desafie suas crenças limitantes, quebre seus próprios paradigmas e trace novas metas. E tudo isso deve ser feito com inteligência emocional, primordial no cotidiano. Isso porque a inteligência emocional ajuda a pessoa a gerenciar seus sentimentos e comunicá-los de uma forma compreensível, sem grandes rompantes de emoção.

Por fim, para um bom profissional, o planejamento é essencial. Ele deve ser proativo, antecipar suas ações, sempre pensando no futuro e atuando como um bom planejador. Da mesma forma, é importante investir no próprio desenvolvimento pessoal para potencializar competências e habilidades.

Você é casado, tem filhos? Conte sobre sua família. 

Quando fui transferido para Poços de Caldas, conheci minha esposa, Fabiana, com quem estou casado há 19 anos. Eu a conheci na empresa e foi uma pessoa que contribuiu muito para o meu desenvolvimento, para minha capacidade intelectual com o conhecimento que ela tem sobre a indústria de seguros e como a profissional incrível que ela é. Hoje, temos 2 filhas juntos. 

Como você consegue equilibrar sua vida profissional com a família?  

Realmente não é simples, até porque viajo muito. Porém adotei um combinado há anos com minhas filhas, em que todos os dias que não estou viajando, eu acordo bem cedo para preparar o café da manhã delas. Na noite anterior pergunto o que elas gostariam de comer e me dedico a preparar, assim como a mesa para que possamos aproveitar esse momento juntos. E quando elas ainda eram crianças, participava do processo de arrumação, tive que aprender a fazer trancinhas, secar cabelos, por exemplo. E nesses dias sempre as levo para a escola também, que é mais um momento para compartilharmos durante o percurso, aproveitamos para conversar, ouvir música e darmos boas risadas.

Eu e minha esposa nos conhecemos na indústria de seguros, ela teve e tem uma trajetória vitoriosa. Sendo assim, compreendemos e respeitamos muito a rotina e dinâmica um do outro, e aproveitamos todas as brechas na agenda para estarmos juntos. E nos finais de semana, que também acabo sendo convidado a participar de muitos eventos, costumo aceitar os convites nos quais há oportunidade de levar minha família, pois não renuncio aos finais de semana para estarmos juntos.

Quais atividades você busca realizar em família para aproveitar os momentos de lazer?  

Gostamos muito de passear com os cachorros, temos uma Weimaraner e um Yorkshire. Além disso, adoramos assistir filmes e viajar. Passamos muito tempo idealizando viagens, mas fazemos desta preparação, a melhor parte da viagem, até mesmo das que não se concretizam.

Você poderia nos contar o que faz nas horas vagas e se possui algum passatempo? 

Nas horas vagas não perco a oportunidade de fazer um treino com minha esposa e minhas filhas, assim como adoro ficar em casa.  Moro em um condomínio que tem uma conexão muito grande com a natureza. Por isso, adoro ficar em casa, curtir cada cantinho.  O problema é que quando resolvemos passar o final de semana todo em casa, sou invariavelmente convocado pela minha esposa a ajudar.